A sociologia como uma forma de arte, de Robert A. Nisbet
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2000 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Plural (São Paulo. Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/plural/article/view/75487 |
Resumo: | A sociologia, como toda ciência, é também uma forma de arte. Distintas quanto aos modos de expressão, ciência e arte possuem afinidades substanciais: ambas operam com o mesmo tipo de imaginação criativa e buscam a beleza e a verdade. Argumentando em tomo dessa ideia central, Robert Nisbet considera os cientistas-artistas europeus dos séculos XVII e XVIII, o pioneirismo da arte na expressão de transformações socioculturais e depoimentos de cientistas contemporâneos sobre o processo criativo na ciência. A histórica distinção entre uma ciência metódica, puramente racional e empírica. capaz de chegar à verdade, e uma arte excêntrica e inspirada, estritamente movida pela busca da beleza, é produto da modernidade pós-dupla revolução: a primeira ligada à associação entre ciência e tecnologia: a segunda à rejeição romântica do mundo industrial. A distinção dá origem à arte ornamental à ciência aplicada e prestadora de serviços que caracterizam o século XX, com profundos efeitos sobre n produção sociológica. Baseado na tese central de seu ‘Formação do pensamento sociológico’ (1966), Nisbet opõe as afinidades humanísticas e românticas da sociologia clássica ao predomínio do empiricismo e do formalismo metodológico da sociologia cientificista que se expande a pat1ir dos Estados Unidos. Como outros sociólogos críticos desde fins da década de 50, Nisbet lança mão da sociologia clássica para analisar - e rejeitar - as vertentes cientificistas da sociologia contemporânea em um texto obrigatório para a compreensão do desenvolvimento histórico da disciplina e de uma das principais vertentes que se enfrentam em seu interior em torno da definição do perfil da formação e da produção sociológicas ao longo de sua história |
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A sociologia, como toda ciência, é também uma forma de arte. Distintas quanto aos modos de expressão, ciência e arte possuem afinidades substanciais: ambas operam com o mesmo tipo de imaginação criativa e buscam a beleza e a verdade. Argumentando em tomo dessa ideia central, Robert Nisbet considera os cientistas-artistas europeus dos séculos XVII e XVIII, o pioneirismo da arte na expressão de transformações socioculturais e depoimentos de cientistas contemporâneos sobre o processo criativo na ciência. A histórica distinção entre uma ciência metódica, puramente racional e empírica. capaz de chegar à verdade, e uma arte excêntrica e inspirada, estritamente movida pela busca da beleza, é produto da modernidade pós-dupla revolução: a primeira ligada à associação entre ciência e tecnologia: a segunda à rejeição romântica do mundo industrial. A distinção dá origem à arte ornamental à ciência aplicada e prestadora de serviços que caracterizam o século XX, com profundos efeitos sobre n produção sociológica. Baseado na tese central de seu ‘Formação do pensamento sociológico’ (1966), Nisbet opõe as afinidades humanísticas e românticas da sociologia clássica ao predomínio do empiricismo e do formalismo metodológico da sociologia cientificista que se expande a pat1ir dos Estados Unidos. Como outros sociólogos críticos desde fins da década de 50, Nisbet lança mão da sociologia clássica para analisar - e rejeitar - as vertentes cientificistas da sociologia contemporânea em um texto obrigatório para a compreensão do desenvolvimento histórico da disciplina e de uma das principais vertentes que se enfrentam em seu interior em torno da definição do perfil da formação e da produção sociológicas ao longo de sua história |
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