The genera Boiruna and Clelia (serpentes: pseudoboini) in Paraguay and Argentina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Scott Jr., Norman J.
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Giraudo, Alejandro R., Scrocchi, Gustavo, Aquino, Aida Luz, Cacciali, Pier, Motte, Martha
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Papéis Avulsos de Zoologia (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/paz/article/view/33675
Resumo: As serpentes dos gêneros pseudoboinos Boiruna e Clelia, este último provavelmente não monofilético, estão distribuídas desde o sul da Argentina, Brasil e Uruguai até o centro do México. Seis de seus membros ocorrem no Paraguai e na Argentina: B. maculata, Clelia bicolor, C. clelia, C. plumbea, C. quimi, e C. rustica. Historicamente, existiram confusões entre as espécies de maior tamanho (B. maculata, C. clelia, C. plumbea e C. rustica) e entre as espécies pequenas (C. bicolor e C. quimi). Todas as espécies, exceto C. rustica, possuem mudanças ontogenéticas na sua coloração. As espécies podem ser diferenciadas através do seu tamanho, cor, espinhos do hemipenis, e número de escamas loreais, supralabiais, e ventrais. A maior parte da diferenciação evolutiva em Boiruna e Clelia parecem ter ocorrido na região anterior da cabeça, pelo que mostram as diferentes proporções das escamas da região loreal. Boiruna maculata é a espécie de maior amplitude ecológica; é encontrada na maioria das formações vegetais existentes ao norte do paralelo 38 no centro da Argentina, ausente apenas na região de sedimentos deltaicos da província de Buenos Aires, Argentina, e nos amplos vales e colinas onduladas do leste do Paraguai. Clelia bicolor é mais comum nos vales dos rios Paraguai e Paraná, e com alguns registros na base dos Andes no norte da Argentina. Clelia clelia distribui-se ao longo do Rio Paraguai e do baixo Paraná, e quase todo o leste do Paraguai. Clelia plumbea aparentemente é parapátrida de C. clelia ao longo do rio Paraná no sudeste do Paraguai e na província de Misiones, Argentina. O extremo leste da distribuição de C. quimi limita-se com o extremo oeste da distribuição de C. bicolor na mesma região sem que, aparentemente, haja superposição. Não existe material de referência que prove a presença de Clelia rustica no Paraguai. Na Argentina, ela é uma espécie encontrada em áreas temperadas; ao norte do paralelo 30, é encontrada na base dos Andes e nas florestas úmidas da província de Misiones. Ao sul, está amplamente distribuída além do paralelo 40.
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A maior parte da diferenciação evolutiva em Boiruna e Clelia parecem ter ocorrido na região anterior da cabeça, pelo que mostram as diferentes proporções das escamas da região loreal. Boiruna maculata é a espécie de maior amplitude ecológica; é encontrada na maioria das formações vegetais existentes ao norte do paralelo 38 no centro da Argentina, ausente apenas na região de sedimentos deltaicos da província de Buenos Aires, Argentina, e nos amplos vales e colinas onduladas do leste do Paraguai. Clelia bicolor é mais comum nos vales dos rios Paraguai e Paraná, e com alguns registros na base dos Andes no norte da Argentina. Clelia clelia distribui-se ao longo do Rio Paraguai e do baixo Paraná, e quase todo o leste do Paraguai. Clelia plumbea aparentemente é parapátrida de C. clelia ao longo do rio Paraná no sudeste do Paraguai e na província de Misiones, Argentina. O extremo leste da distribuição de C. quimi limita-se com o extremo oeste da distribuição de C. bicolor na mesma região sem que, aparentemente, haja superposição. Não existe material de referência que prove a presença de Clelia rustica no Paraguai. Na Argentina, ela é uma espécie encontrada em áreas temperadas; ao norte do paralelo 30, é encontrada na base dos Andes e nas florestas úmidas da província de Misiones. Ao sul, está amplamente distribuída além do paralelo 40. Snakes of the pseudoboine genera Clelia, which is probably polyphyletic, and Boiruna are distributed from southern Argentina, southern Brazil, and Uruguay northwards into central México. Six members occur in Paraguay and Argentina: B. maculata, Clelia bicolor, C. clelia, C. plumbea, C. quimi, and C. rustica. Historically, there has been taxonomic confusion among the larger species (B. maculata, C. clelia, C. plumbea, and C. rustica) and between the small species (C. bicolor and C. quimi). All of the species except C. rustica have distinct ontogenetic color changes. Species can be distinguished on the bases of size, color, hemipenial spines, and loreal, supralabial, and ventral scale counts. Much of the morphological evolutionary differentiation in Boiruna and Clelia seems to have taken place in the snout region, as evidenced by the differing proportions of the scales of the loreal region. Boiruna maculata has the widest ecological amplitude. It is broadly distributed in most vegetation types north of the 38th parallel in central Argentina, being absent only from the deltaic sediments of Buenos Aires Province, Argentina and the broad valleys and rolling hills of eastern Paraguay. Clelia bicolor is most common in the Paraguay and Paraná river valleys, with a few records from the Andean foothills in northern Argentina. Clelia clelia is distributed along the Río Paraguay and the lower Paraná, and is also found throughout much of eastern Paraguay. Clelia plumbea is apparently parapatric with C. clelia along the Río Paraná in southeastern Paraguay and Misiones Province, Argentina. The ranges of C. quimi to the east and C. bicolor in the west about in this same region without apparent overlap. There are no vouchered records of Clelia rustica from Paraguay. In Argentina, it is a species of temperate climates; north of the 30th parallel, it occurs in the Andean foothills and the wet forests of Misiones Province. Southwards, it is widely distributed to beyond the 40th parallel. 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