Economia solidária e reabilitação vocacional no campo da drogadição: possibilidades e limites das práticas atuais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bonadio, Alessandra Nagamine
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Silveira, Cássio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Saúde e Sociedade (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/76413
Resumo: Este artigo visa a contribuir ao debate sobre as potencialidades do trabalho no processo de recuperação de dependentes químicos. Consideramos nesta análise os princípios subjacentes à reabilitação vocacional praticada no contexto internacional, seguido da descrição das diretrizes brasileiras para a inclusão social de dependentes químicos por meio do trabalho. Por fim, procedemos a uma análise comparativa das matrizes conceituais, dos conceitos de saúde subjacentes e do potencial emancipatório em ambas as perspectivas. O material consultado foi levantado por meio de revisão bibliográfica em bases de dados da área da saúde. Já as informações sobre as diretrizes brasileiras foram coletadas nas publicações oficiais disponibilizadas on-line pelo Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho e do Emprego do Brasil. A análise do material permitiu-nos verificar que a reabilitação vocacional praticada em países da América do Norte e da Europa destina-se a usuários de serviços de saúde mental, procedendo à inclusão pelo viés da doença. Enfatiza a recolocação no mercado formal de trabalho, por meio de programas voltados ao treinamento de habilidades para obter e manter um posto de trabalho conquistado. Já as diretrizes do governo brasileiro estão pautadas nos princípios do cooperativismo e da economia solidária. Privilegia o ser humano como sujeito e finalidade maior da atividade econômica, focalizando as potencialidades e recursos do trabalho, em detrimento das limitações impostas pela doença ou pela condição socioeconômica que tenha gerado a situação de exclusão.
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