Relações Amorosas, Comportamento Sexual e Vulnerabilidade de Adolescentes Afrodescendentes e Brancos em Relação ao HIV/aids
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Saúde e Sociedade (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29689 |
Resumo: | Este estudo teve como objetivo investigar a vulnerabilidade de adolescentes brancos e afrodescendentes em relação ao HIV/aids. Para isso, investigaram-se as características socioeconômicas dos participantes e seus relacionamentos amorosos e sexuais, comportamentos de risco e prevenção, conhecimento sobre HIV/aids e atitudes frente ao uso de preservativo. O estudo foi realizado em regiões periféricas das cidades de Florianópolis, Itajaí e Balneário Camboriú e consistiu em duas etapas. A primeira foi qualitativa, na qual se utilizou entrevistas não diretivas com 36 estudantes de Ensino Médio, divididos igualitariamente por sexo e raça/cor. A segunda consistiu em um levantamento de dados com 715 adolescentes sobre relações afetivas e sexuais, condutas de risco e de proteção, conhecimento sobre HIV/aids e atitudes frente ao uso de preservativo. Observou-se que o nível sociocultural desfavorável associou-se aos afrodescendentes, enquanto o nível médio associou-se aos brancos. O conhecimento sobre aids e as atitudes frente ao uso do preservativo correlacionaram-se significativamente. Os afrodescendentes iniciam-se sexualmente mais cedo e têm mais relações amorosas esporádicas ("ficar"), porém os adolescentes brancos mantêm mais relações sexuais. Além disso, os adolescentes brancos usam menos preservativo em contexto de múltiplos parceiros e em relacionamento de namoro do que os afrodescendentes. Os resultados mostraram que, de forma geral, a maioria dos adolescentes estão vulneráveis ao HIV/aids, em função do baixo índice de conhecimento da doença, das práticas de risco, da importante presença do sexo desprotegido e de sua associação com as relações amorosas, como o namoro. |
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Relações Amorosas, Comportamento Sexual e Vulnerabilidade de Adolescentes Afrodescendentes e Brancos em Relação ao HIV/aids Romantic Relationships, Sexual Behavior and Vulnerability of African-Descending and White Adolescents Towards HIV/AIDS HIV/aidsVulnerabilidadeAdolescênciaRaça/corRelações amorosasHIV/AIDSVulnerabilityAdolescenceRace/ColorRomantic Relationships Este estudo teve como objetivo investigar a vulnerabilidade de adolescentes brancos e afrodescendentes em relação ao HIV/aids. Para isso, investigaram-se as características socioeconômicas dos participantes e seus relacionamentos amorosos e sexuais, comportamentos de risco e prevenção, conhecimento sobre HIV/aids e atitudes frente ao uso de preservativo. O estudo foi realizado em regiões periféricas das cidades de Florianópolis, Itajaí e Balneário Camboriú e consistiu em duas etapas. A primeira foi qualitativa, na qual se utilizou entrevistas não diretivas com 36 estudantes de Ensino Médio, divididos igualitariamente por sexo e raça/cor. A segunda consistiu em um levantamento de dados com 715 adolescentes sobre relações afetivas e sexuais, condutas de risco e de proteção, conhecimento sobre HIV/aids e atitudes frente ao uso de preservativo. Observou-se que o nível sociocultural desfavorável associou-se aos afrodescendentes, enquanto o nível médio associou-se aos brancos. O conhecimento sobre aids e as atitudes frente ao uso do preservativo correlacionaram-se significativamente. Os afrodescendentes iniciam-se sexualmente mais cedo e têm mais relações amorosas esporádicas ("ficar"), porém os adolescentes brancos mantêm mais relações sexuais. Além disso, os adolescentes brancos usam menos preservativo em contexto de múltiplos parceiros e em relacionamento de namoro do que os afrodescendentes. Os resultados mostraram que, de forma geral, a maioria dos adolescentes estão vulneráveis ao HIV/aids, em função do baixo índice de conhecimento da doença, das práticas de risco, da importante presença do sexo desprotegido e de sua associação com as relações amorosas, como o namoro. The present study aimed at investigating the vulnerability of white and African-descending adolescents towards HIV/AIDS. The socio-economic characteristics of participants, their romantic and sexual relationships, risk and prevention behaviors, knowledge on HIV/AIDS and attitudes towards condoms were studied for that purpose. The study was conducted in the outskirts of the cities of Florianópolis, Itajaí and Balneário Camboriú and consisted of two parts. The first one was qualitative, in which non-directive interviews with 36 secondary school students equally divided by sex and race/color were employed. The second part consisted of a survey with 715 adolescents about affective and sexual relationships, risk and protection behavior, knowledge on HIV/AIDS and attitudes towards condoms. It was observed that the unfavorable socio-cultural level was associated with the African-descending participants, while the intermediate level was linked to the whites. Knowledge on AIDS and attitudes towards condom use were significantly correlated. The African-descending begin sexual life earlier and have more episodic romantic relations ("making out"), but white adolescents have more sexual relations. Moreover white adolescents use less condoms in multiple-partner contexts and in dating relationships than the African-descending. Results indicate that in general most adolescents are vulnerable to HIV/AIDS, as a function of the low level of knowledge about the illness, risk practices, the important presence of unprotected sex and its association with romantic relationships, like dating. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2010-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/2968910.1590/S0104-12902010000600005Saúde e Sociedade; v. 19 n. supl.2 (2010); 36-50 Saúde e Sociedade; Vol. 19 No. supl.2 (2010); 36-50 Saúde e Sociedade; Vol. 19 Núm. supl.2 (2010); 36-50 1984-04700104-1290reponame:Saúde e Sociedade (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29689/31563Camargo, Brigido VizeuGiacomozzi, Andréia IsabelWachelke, João Fernando RechAguiar, Adriana deinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-07-05T01:22:18Zoai:revistas.usp.br:article/29689Revistahttp://www.scielo.br/sausocPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsaudesoc@usp.br||lena@usp.br1984-04700104-1290opendoar:2012-07-05T01:22:18Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Este estudo teve como objetivo investigar a vulnerabilidade de adolescentes brancos e afrodescendentes em relação ao HIV/aids. Para isso, investigaram-se as características socioeconômicas dos participantes e seus relacionamentos amorosos e sexuais, comportamentos de risco e prevenção, conhecimento sobre HIV/aids e atitudes frente ao uso de preservativo. O estudo foi realizado em regiões periféricas das cidades de Florianópolis, Itajaí e Balneário Camboriú e consistiu em duas etapas. A primeira foi qualitativa, na qual se utilizou entrevistas não diretivas com 36 estudantes de Ensino Médio, divididos igualitariamente por sexo e raça/cor. A segunda consistiu em um levantamento de dados com 715 adolescentes sobre relações afetivas e sexuais, condutas de risco e de proteção, conhecimento sobre HIV/aids e atitudes frente ao uso de preservativo. Observou-se que o nível sociocultural desfavorável associou-se aos afrodescendentes, enquanto o nível médio associou-se aos brancos. O conhecimento sobre aids e as atitudes frente ao uso do preservativo correlacionaram-se significativamente. Os afrodescendentes iniciam-se sexualmente mais cedo e têm mais relações amorosas esporádicas ("ficar"), porém os adolescentes brancos mantêm mais relações sexuais. Além disso, os adolescentes brancos usam menos preservativo em contexto de múltiplos parceiros e em relacionamento de namoro do que os afrodescendentes. Os resultados mostraram que, de forma geral, a maioria dos adolescentes estão vulneráveis ao HIV/aids, em função do baixo índice de conhecimento da doença, das práticas de risco, da importante presença do sexo desprotegido e de sua associação com as relações amorosas, como o namoro. |
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