Vulnerabilidades ao HIV/aids no Contexto Brasileiro: iniquidades de gênero, raça e geração

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Garcia, Sandra
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Souza, Fabiana Mendes de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Saúde e Sociedade (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29687
Resumo: OBJETIVO: Analisar o conhecimento da população sobre DST/aids, bem como os discursos sobre o uso do preservativo e das práticas sexuais. MÉTODOS: Pesquisa qualitativa com 64 indivíduos jovens e adultos, brancos e negros, sexualmente ativos, de ambos os sexos. A vulnerabilidade ao HIV/aids foi discutida a partir da perspectiva racial (negros ou brancos), geracional (entre 16 e 24 anos ou 45 e mais) e de gênero (masculino ou feminino). Foram realizadas entrevistas em profundidade com roteiro semiestruturado nas cidades de São Paulo (SP) e Recife (PE), sobre os temas: conhecimento e percepção sobre DST/aids, percepção de risco individual, negociação e uso de preservativos, iniciação sexual e práticas sexuais. RESULTADOS: Os indivíduos menos escolarizados, os homens, os mais velhos e os moradores de Recife foram os menos informados sobre DST/aids. Pessoas acima de 45 anos e os menos escolarizados possuíam conhecimento incipiente sobre as formas de transmissão e prevenção das DST/aids. O uso do preservativo entre os entrevistados de ambas as cidades foi relativamente baixo; a não utilização do preservativo entre as mulheres em relação estável foi atribuída à negativa do parceiro. Entre os entrevistados que declararam usar o preservativo, o tipo de relação estabelecida e a fase do relacionamento resultaram em padrões de uso diversificados; o uso consistente do preservativo foi mais frequente nas parcerias eventuais. CONCLUSÕES: O conhecimento incipiente aliado à prática sexual insegura coloca mulheres unidas, de baixa escolaridade, menor renda, sobretudo acima dos 45 anos, e os residentes de Recife em situação de maior vulnerabilidade às DST/aids.
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