Percepções de homens com transtornos mentais sobre risco e autocuidado face às infecções sexualmente transmissíveis
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Saúde e Sociedade (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/84886 |
Resumo: | Estudos recentes mostraram altas taxas de infecções sexualmente transmissíveis (IST) entre pessoas com transtornos mentais no Brasil. Visando contribuir para avanços nas ações de prevenção junto a essa população, neste trabalho são analisadas as percepções de homens com transtornos mentais sobre risco e autocuidado face às IST. Entrevistas abertas e em profundidade com questões sobre autocuidado em saúde sexual foram realizadas com 22 homens com transtornos mentais. Os dados das entrevistas foram analisados com base na análise estrutural de narração. Os resultados mostraram que os entrevistados pouco conhecem sobre as IST. Apesar de reconhecerem a existência de risco nas relações sexuais, o uso de preservativo é raro. O principal aspecto dificultador do uso decorreu da representação de que pessoas aparentemente sadias não representam riscos. Entre os que fizeram uso do preservativo, essa conduta esteve motivada pela proximidade de experiências de uma IST contraída. Entretanto, o uso foi prejudicado por acharem que o preservativo compromete o prazer e também pelo uso de álcool e drogas. Alguns não encontram sentido em se autocuidar, o que se mostrou atrelado ao contexto de exclusão social. Houve ainda situações em que se preferiu correr o risco de se infectar. Faz-se urgente promover saúde sexual para essa população, considerando os aspectos psicossociais envolvidos no autocuidado. |
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Percepções de homens com transtornos mentais sobre risco e autocuidado face às infecções sexualmente transmissíveis Perception of men with mental disorders about risk and self-care for sexually transmitted diseases Estudos recentes mostraram altas taxas de infecções sexualmente transmissíveis (IST) entre pessoas com transtornos mentais no Brasil. Visando contribuir para avanços nas ações de prevenção junto a essa população, neste trabalho são analisadas as percepções de homens com transtornos mentais sobre risco e autocuidado face às IST. Entrevistas abertas e em profundidade com questões sobre autocuidado em saúde sexual foram realizadas com 22 homens com transtornos mentais. Os dados das entrevistas foram analisados com base na análise estrutural de narração. Os resultados mostraram que os entrevistados pouco conhecem sobre as IST. Apesar de reconhecerem a existência de risco nas relações sexuais, o uso de preservativo é raro. O principal aspecto dificultador do uso decorreu da representação de que pessoas aparentemente sadias não representam riscos. Entre os que fizeram uso do preservativo, essa conduta esteve motivada pela proximidade de experiências de uma IST contraída. Entretanto, o uso foi prejudicado por acharem que o preservativo compromete o prazer e também pelo uso de álcool e drogas. Alguns não encontram sentido em se autocuidar, o que se mostrou atrelado ao contexto de exclusão social. Houve ainda situações em que se preferiu correr o risco de se infectar. Faz-se urgente promover saúde sexual para essa população, considerando os aspectos psicossociais envolvidos no autocuidado. Recent studies have shown high rates of sexually transmitted infections (STI) among people with mental disorders in Brazil. In order to contribute to the enhancement of preventive actions for this population, this work analyzed the perceptions of men with mental disorders of the risk and self-care regarding STIs. Open in-depth interviews on self-care and sexual health issues were held with 22 men with mental disorders. Data were examined based on the structural analysis of narration. The results showed that respondents know little about the STIs. Despite recognizing the existence of risk in sexual relations, the use of condoms was rare. The main obstacle to their use was their representation that people who appear healthy do not present risks. Among those who did use condoms, this conduct was motivated by the proximity of experiences in which STIs were contracted. However, this use was hampered by their belief that the condom diminishes the pleasure and also by the use of alcohol and drugs. Some do not find meaning in self-care, a feeling associated to the context of social exclusion. There were also situations in which the men preferred to run the risk of becoming infected. The promotion of sexual health in this population is urgent, one able to consider the psychosocial aspects involved in self-care. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2014-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/8488610.1590/S0104-12902014000200013Saúde e Sociedade; v. 23 n. 2 (2014); 523-535Saúde e Sociedade; Vol. 23 No. 2 (2014); 523-535Saúde e Sociedade; Vol. 23 Núm. 2 (2014); 523-5351984-04700104-1290reponame:Saúde e Sociedade (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/84886/87621Barbosa, Jaqueline Almeida Guimarães Freitas, Maria Imaculada de Fátima info:eu-repo/semantics/openAccess2014-09-26T16:26:00Zoai:revistas.usp.br:article/84886Revistahttp://www.scielo.br/sausocPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsaudesoc@usp.br||lena@usp.br1984-04700104-1290opendoar:2014-09-26T16:26Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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