Limites e avanços do Programa Saúde da Família de Campina Grande: um estudo a partir de representações sociais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Saúde e Sociedade (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29511 |
Resumo: | Este artigo se propõe a refletir sobre as representações sociais de profissionais do Programa Saúde da Família (PSF) de Campina Grande - PB. O objetivo principal é analisar as representações que esses profissionais constroem a respeito do Programa e do trabalho nele desenvolvido. Realizamos uma pesquisa qualitativa norteada pela Teoria das Representações Sociais. Como instrumentos de coleta de dados, utilizaram-se a observação participante e a entrevista semiestruturada. Foram entrevistados 24 profissionais, sendo três médicos, três enfermeiros, quatro auxiliares de enfermagem, dois cirurgiões-dentistas, um auxiliar de consultório dentário, dois assistentes sociais e nove agentes comunitários de saúde. Os discursos foram analisados com base na proposta de Análise de Conteúdo Temática. Observou-se que todos os entrevistados representam o PSF como uma proposta que trouxe contribuições positivas, no entanto, sublinham a ausência da integralidade e da intersetorialidade, assim como assinalam a dificuldade na organização do sistema de referência e contrarreferência para a garantia das ações com resolutividade. Em relação ao trabalho desenvolvido no Programa, os profissionais o representaram como "planejado", "organizado" e "gratificante". Porém, vários discursos ressaltaram as insatisfações salariais, o desgaste e a sobrecarga de trabalho, sugerindo que "trabalhar no PSF não é tão bom assim". As representações sociais construídas pelos entrevistados conduzem para a ideia de que não há uma harmonia entre a efetivação do programa e as diretrizes propostas pelo Ministério da Saúde. Constata-se, portanto, a necessidade de mudanças estruturais no PSF de Campina Grande, para que os objetivos dessa proposta possam, de fato, ser concretizados. |
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Limites e avanços do Programa Saúde da Família de Campina Grande: um estudo a partir de representações sociais Restrictions and improvements in the Family Health Program of Campina Grande: a study based on social representations Representações sociaisPrograma Saúde da FamíliaCondições de trabalhoSocial RepresentationsFamily Health ProgramWork Conditions Este artigo se propõe a refletir sobre as representações sociais de profissionais do Programa Saúde da Família (PSF) de Campina Grande - PB. O objetivo principal é analisar as representações que esses profissionais constroem a respeito do Programa e do trabalho nele desenvolvido. Realizamos uma pesquisa qualitativa norteada pela Teoria das Representações Sociais. Como instrumentos de coleta de dados, utilizaram-se a observação participante e a entrevista semiestruturada. Foram entrevistados 24 profissionais, sendo três médicos, três enfermeiros, quatro auxiliares de enfermagem, dois cirurgiões-dentistas, um auxiliar de consultório dentário, dois assistentes sociais e nove agentes comunitários de saúde. Os discursos foram analisados com base na proposta de Análise de Conteúdo Temática. Observou-se que todos os entrevistados representam o PSF como uma proposta que trouxe contribuições positivas, no entanto, sublinham a ausência da integralidade e da intersetorialidade, assim como assinalam a dificuldade na organização do sistema de referência e contrarreferência para a garantia das ações com resolutividade. Em relação ao trabalho desenvolvido no Programa, os profissionais o representaram como "planejado", "organizado" e "gratificante". Porém, vários discursos ressaltaram as insatisfações salariais, o desgaste e a sobrecarga de trabalho, sugerindo que "trabalhar no PSF não é tão bom assim". As representações sociais construídas pelos entrevistados conduzem para a ideia de que não há uma harmonia entre a efetivação do programa e as diretrizes propostas pelo Ministério da Saúde. Constata-se, portanto, a necessidade de mudanças estruturais no PSF de Campina Grande, para que os objetivos dessa proposta possam, de fato, ser concretizados. This article aims at examining social representations of those professionals involved with the Family Health Program (PSF - Programa Saúde da Família) in Campina Grande - state of Paraíba. Our main goal is to analyze the representations these professionals built about the Program and about the work carried out there. Ours was a qualitative research based on the Theory of Social Representations. We used participant observation and semi-structured interviews as tools for collecting data. Twenty-four professionals were interviewed: 03 medical doctors, 03 nurses, 04 assistant nurses, 02 dental surgeons, 01 dentist assistant, 02 social workers and 09 community health agents. The discourses were analyzed according to the analysis proposal of Thematic Content. It was observed that all the people interviewed represent PSF as a proposal that has brought positive contributions. Nevertheless, they also stress the absence of integrality and of actions between different sectors, as well as problems in the organization of the reference and counter-reference system in order to assure actions that have the power to solve problems. As regards the work carried out by the Program itself, the professionals represent it as "well-planned", "organized", and "gratifying". On the other hand, some of the discourses complain about low salaries, consuming work and work overload. They suggest that "working for the PSF is not so satisfying" as it may seem. The social representations built by the interviewed professionals lead to the idea that there is not harmony between the actual program and the directions proposed by the Ministry of Health. The conclusion we have reached is that the PSF in Campina Grande must undergo some structural changes so that its goals may be reached. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2009-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/2951110.1590/S0104-12902009000100006Saúde e Sociedade; v. 18 n. 1 (2009); 50-62 Saúde e Sociedade; Vol. 18 No. 1 (2009); 50-62 Saúde e Sociedade; Vol. 18 Núm. 1 (2009); 50-62 1984-04700104-1290reponame:Saúde e Sociedade (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29511/31373Leite, Rosana Farias BatistaVeloso, Thelma Maria Grisiinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-07-05T00:44:06Zoai:revistas.usp.br:article/29511Revistahttp://www.scielo.br/sausocPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsaudesoc@usp.br||lena@usp.br1984-04700104-1290opendoar:2012-07-05T00:44:06Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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