A atuação coordenadora do governo do Rio Grande do Norte no combate à covid-19: inovação em tempos de crise?
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Saúde e Sociedade (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/206978 |
Resumo: | A partir de um estudo de caso do Rio Grande do Norte, este artigo discute o papel dos estados na coordenação da saúde durante a pandemia do novo coronavírus. A ausência de coordenação federal no enfrentamento do surto pandêmico no Brasil tem sido compreendida por diversos analistas como algo inédito na federação brasileira, rompendo com um padrão recorrente de normatização e indução nacional por diferentes governos desde a Constituição de 1988. Nesse sentido, estados e municípios passaram a adotar iniciativas próprias para o enfrentamento da pandemia. A partir de uma pesquisa qualitativa baseada em dados documentais – mídia local, boletins epidemiológicos e regulamentações estaduais – e em entrevistas semiestruturadas com gestores estaduais e municipais, foi possível identificar mudanças na relação estado-municípios durante a pandemia no Rio Grande do Norte, caso marcado, historicamente, pela ausência de cooperação estadual. A pandemia, dessa forma, funcionou como um choque exógeno, que induziu uma mudança no padrão de atuação do governo estadual na saúde. Não está claro, porém, se essas alterações são pontuais ou permanentes, na medida em que o peso do autorreforço – especificação dos efeitos do legado histórico – atua como um mecanismo que produz dinâmicas inerciais de difícil rompimento com o passado. |
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A atuação coordenadora do governo do Rio Grande do Norte no combate à covid-19: inovação em tempos de crise?The coordination role of the State of Rio Grande do Norte government in response to covid-19: innovation in times of crisis? Intergovernmental relationsStatesHealthcareFederal statesCovid-19Relações intergovernamentaisEstadosSaúdeFederaçãoCovid-19A partir de um estudo de caso do Rio Grande do Norte, este artigo discute o papel dos estados na coordenação da saúde durante a pandemia do novo coronavírus. A ausência de coordenação federal no enfrentamento do surto pandêmico no Brasil tem sido compreendida por diversos analistas como algo inédito na federação brasileira, rompendo com um padrão recorrente de normatização e indução nacional por diferentes governos desde a Constituição de 1988. Nesse sentido, estados e municípios passaram a adotar iniciativas próprias para o enfrentamento da pandemia. A partir de uma pesquisa qualitativa baseada em dados documentais – mídia local, boletins epidemiológicos e regulamentações estaduais – e em entrevistas semiestruturadas com gestores estaduais e municipais, foi possível identificar mudanças na relação estado-municípios durante a pandemia no Rio Grande do Norte, caso marcado, historicamente, pela ausência de cooperação estadual. A pandemia, dessa forma, funcionou como um choque exógeno, que induziu uma mudança no padrão de atuação do governo estadual na saúde. Não está claro, porém, se essas alterações são pontuais ou permanentes, na medida em que o peso do autorreforço – especificação dos efeitos do legado histórico – atua como um mecanismo que produz dinâmicas inerciais de difícil rompimento com o passado.From a case study of the State of Rio Grande do Norte, in Brazil, this article discusses the role of states in coordinating healthcare with its local governments in the context of the new coronavirus pandemic and within a federal polity design. The absence of federal government initiatives in responding to the pandemic in Brazil have been acknowledged by several specialists as an unprecedented event in the Brazilian federation, breaking with a recurrent pattern of national coordination and regulation by different governments since the 1988 democratic Constitution. In this sense, states and municipalities had to adopt their own initiatives to respond to the pandemic. Qualitative research based on the collection of documents (local media, epidemiological reports, and state regulations) and in-depth interviews with state and municipal managers reveals significant changes in the state-municipal relationship throughout the pandemic period in Rio Grande do Norte, a state historically characterized by the lack of state coordination. The pandemic, thus, functioned as an exogenous shock, which induced changes in the pattern of state coordination in healthcare. It is unclear, however, whether these changes are one-off or permanent since the weight of increasing returns – a specification of a path dependency process – seem to work as a mechanism producing inertial dynamics of difficult disruption with the past.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2023-01-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/20697810.1590/S0104-12902022210523enSaúde e Sociedade; v. 31 n. 4 (2022); e210523enSaúde e Sociedade; Vol. 31 No. 4 (2022); e210523enSaúde e Sociedade; Vol. 31 Núm. 4 (2022); e210523en1984-04700104-1290reponame:Saúde e Sociedade (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/206978/190456Copyright (c) 2022 Saúde e Sociedadehttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessGomes, SandraSilva, André Luís Nogueira daSegatto, Catarina IanniSantos, AndersonGomes, SandraSilva, André Luís Nogueira daSegatto, Catarina IanniSantos, AndersonGomes, SandraSilva, André Luís Nogueira daSegatto, Catarina IanniSantos, Anderson2023-01-17T17:44:13Zoai:revistas.usp.br:article/206978Revistahttp://www.scielo.br/sausocPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsaudesoc@usp.br||lena@usp.br1984-04700104-1290opendoar:2023-01-17T17:44:13Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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