Fatores de risco para violência contra a mulher no contexto doméstico e coletivo
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Saúde e Sociedade (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/7602 |
Resumo: | Este trabalho descreve os fatores de risco para violência doméstica e coletiva contra a mulher, a compreensão dessas mulheres sobre a violência doméstica e coletiva e a aplicação do Modelo Calgary de Avaliação em Famílias (MCAF), em moradores de uma comunidade, em Fortaleza, Ceará. Foi um estudo de caso com 20 famílias, e, entre estas, foram escolhidas quatro que apresentaram maior potencial para violência contra a mulher, em 2005. Os resultados mostraram que as mulheres conhecem alguns fatores de risco para violência, porém aparentam não saber agir no sentido de evitá-la; as condições desfavoráveis de habitação e entorno familiar são percebidos como risco. A violência é percebida, principalmente pela mulher, como "algo comum" no cotidiano do casal. O álcool, o uso da droga ilícita, o desemprego e a baixa escolaridade também agravam a ocorrência da violência entre as famílias participantes. Conclui-se que as mulheres enfrentam, em seu cotidiano, diferentes modos de violência. Elas vivem em um sistema de isolamento social e político que pode contribuir para a reprodução de mecanismos mais complexos de violência, impedindo-as de manifestarem-se de forma mais autônoma. |
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Fatores de risco para violência contra a mulher no contexto doméstico e coletivo Risk factors for violence against women in the domestic and collective contexts FamíliasPrevençãoViolência contra a mulherModelo CalgaryFamiliesPreventionViolence Against WomenCalgary Model Este trabalho descreve os fatores de risco para violência doméstica e coletiva contra a mulher, a compreensão dessas mulheres sobre a violência doméstica e coletiva e a aplicação do Modelo Calgary de Avaliação em Famílias (MCAF), em moradores de uma comunidade, em Fortaleza, Ceará. Foi um estudo de caso com 20 famílias, e, entre estas, foram escolhidas quatro que apresentaram maior potencial para violência contra a mulher, em 2005. Os resultados mostraram que as mulheres conhecem alguns fatores de risco para violência, porém aparentam não saber agir no sentido de evitá-la; as condições desfavoráveis de habitação e entorno familiar são percebidos como risco. A violência é percebida, principalmente pela mulher, como "algo comum" no cotidiano do casal. O álcool, o uso da droga ilícita, o desemprego e a baixa escolaridade também agravam a ocorrência da violência entre as famílias participantes. Conclui-se que as mulheres enfrentam, em seu cotidiano, diferentes modos de violência. Elas vivem em um sistema de isolamento social e político que pode contribuir para a reprodução de mecanismos mais complexos de violência, impedindo-as de manifestarem-se de forma mais autônoma. This article describes risk factors for domestic and collective violence against women, these women's understanding of domestic and collective violence and the administration of the Calgary Family Assessment Model (CFAM) to community residents in the city of Fortaleza, state of Ceará. It was a case study conducted in 2005 with 20 families. Four families were selected because they showed high potential for violence against women. The results showed that the women know about some risk factors for violence; however, they apparently do not know how to act with the objective of avoiding it. Unfavorable housing and family conditions are perceived as risk factors. Violence is perceived by the woman as something common in the daily life of the couple. Alcohol, illicit drugs, unemployment and low schooling constitute aggravating factors in the occurrence of violence among the participant families. It is concluded that the women face, in their daily lives, different modes of violence. They live in a social and political isolation system that may contribute to the reproduction of more complex mechanisms of violence, preventing them from expressing themselves with autonomy. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2008-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/760210.1590/S0104-12902008000300012Saúde e Sociedade; v. 17 n. 3 (2008); 113-125 Saúde e Sociedade; Vol. 17 No. 3 (2008); 113-125 Saúde e Sociedade; Vol. 17 Núm. 3 (2008); 113-125 1984-04700104-1290reponame:Saúde e Sociedade (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/7602/9126Vieira, Luiza Jane Eyre de SouzaPordeus, Augediva Maria JucáFerreira, Renata CarneiroMoreira, Deborah PedrosaMaia, Potívea BezerraSaviolli, Kátia Costainfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-08T12:38:41Zoai:revistas.usp.br:article/7602Revistahttp://www.scielo.br/sausocPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsaudesoc@usp.br||lena@usp.br1984-04700104-1290opendoar:2012-05-08T12:38:41Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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