Preditores de não aderência ao seguimento preconizado para mulheres com lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Maria Isabel do
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Koifman, Rosalina Jorge, Mattos, Inês Echemique, Monteiro, Gina Torres Rego
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Saúde e Sociedade (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29603
Resumo: O câncer de colo uterino é um tumor de natureza multifatorial que persiste como um importante problema de saúde pública. Aderência à linha de cuidado é fator associado ao controle desse câncer. O objetivo deste estudo foi avaliar fatores associados à "Não aderência" ao seguimento preconizado para mulheres com lesão intraepitelial de alto grau (HSIL), atendidas em um serviço de saúde da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Este estudo do tipo coorte retrospectivo incluiu mulheres rastreadas por citologia, matriculadas entre 01/01/2002 e 31/12/2005 e submetidas à colposcopia. A coleta de dados terminou em 31/12/07. Foram revisados 1496 prontuários e identificadas 641 mulheres elegíveis com diagnóstico de HSIL obtido por excisão da zona de transformação do colo uterino. Após a aplicação dos critérios de exclusão, a população de estudo foi constituída por 537 (84%) mulheres, classificadas em dois grupos: "não aderentes" (29,4%), que abandonaram o seguimento, e "aderentes" (70,6%), que permaneceram no seguimento até a alta. A análise estatística foi realizada pelo teste do qui-quadrado, teste t e regressão logística. O modelo final incluiu as variáveis: ser fumante (OR 1,72), dona de casa (OR 1,56), ter realizado o exame com o uso do vídeo-colposcópio (OR 1,80), idade (OR 0,97) e antecedente de três ou mais gestações (OR 0,49). O estudo revelou um perfil de vulnerabilidade apontando para determinantes de ordem individual e organizacional. Estratégias para melhorar a aderência ao seguimento devem contemplar medidas dirigidas a fatores modificáveis do estilo de vida, como o tabagismo, e estruturais característicos dos serviços de saúde da região.
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