A interlocução da saúde mental com atenção básica no município de Vitoria/ES

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Euzilene da Silva
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Moreira, Maria Inês Badaró
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Saúde e Sociedade (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/48748
Resumo: Para contribuição ao avanço da Reforma Psiquiátrica Brasileira, uma das estratégias que vêm sendo direcionadas pelas políticas públicas é a proposição da articulação entre os serviços de atenção básica e os de saúde mental. Atualmente, a aproximação desses serviços no município de Vitória, no Espírito Santo, tem ocorrido principalmente por meio do apoio matricial. Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo analisar essa interlocução em curso neste município. Partiu-se do pressuposto de que as conquistas dessa aproximação podem inferir positivamente na vida da comunidade e trazer benefícios tanto para a prática dos profissionais quanto para os usuários. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa, realizado a partir de entrevistas semiestruturadas com 14 profissionais de diversas categorias da área de saúde inseridos em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e em uma Unidade de Saúde da Família (USF). Os resultados mostraram que a referida interlocução ocorre de forma diferente no território, com aproximações importantes, mas com grandes desafios. Entretanto, as ricas possibilidades já podem ser percebidas com indicações de que é preciso investir e acreditar na potencialidade da constituição de uma rede substitutiva entre os CAPS e a atenção básica, como forma de garantir a integralidade aos usuários com transtorno mental. Essa articulação começou a se delinear no município de Vitória-ES, com a sistematização do apoio matricial. A aposta nessa aproximação tem significado desinstitucionalizar e, assim, transformar a produção do cuidado no território.
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