Atenção farmacêutica em farmácias e drogarias: existe um processo de mudança?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Farina, Simone Sena
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Romano-Lieber, Nicolina Silvana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Saúde e Sociedade (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29507
Resumo: Para se conhecer a prática profissional de farmacêuticos que atuam em farmácias e drogarias, seus conhecimentos e percepções acerca da Atenção Farmacêutica (AF), realizou-se estudo descritivo com 91 farmacêuticos do município de Jundiaí-SP. A maioria era jovem (62,6% entre 20 e 29 anos), do sexo feminino (63,7%), graduada em instituições privadas (90,1%) e não proprietária do estabelecimento (87,9%). Desenvolviam atividades administrativas, técnicas e de atenção ao usuário, principalmente dispensação de medicamentos e orientação; 67,0% acompanhavam o tratamento farmacoterapêutico dos usuários, mas sem registrar informações. Para 62,7%, AF relacionava-se apenas à orientação e atendimento dispensados, mas tais atividades não eram realizadas de forma sistemática e organizada, como preconizado. Muitos (91,2%) consideravam necessário realizar trabalho mais intenso com os usuários, porém apontaram dificuldades como falta de tempo e de apoio dos proprietários e desinteresse dos usuários. Várias dessas dificuldades têm sido verificadas também em outros países, sugerindo que a prática da AF: (a) requer uma mudança estrutural e rearranjo de funções, uma vez que, atualmente, a estrutura e as atividades são adequadas à atividade comercial; (b) reflete uma crise de identidade profissional e, em consequência, falta de reconhecimento social e pouca inserção na equipe multiprofissional de saúde. O conhecimento sobre AF mostrou-se limitado, mas a situação pode vir a alterar-se à medida que as mudanças curriculares em curso surtam efeito na formação dos novos farmacêuticos.
id USP-6_c35d759ff1ddca04cabc682f0d57709c
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/29507
network_acronym_str USP-6
network_name_str Saúde e Sociedade (Online)
repository_id_str
spelling Atenção farmacêutica em farmácias e drogarias: existe um processo de mudança? Pharmaceutical care in pharmacies: is there a changing process? Serviços farmacêuticosProfissão farmacêuticaFarmacêuticosFarmáciaPromoção da saúdePharmaceutical ServicesPharmaceutical ProfessionPharmacistsPharmacyHealth Promotion Para se conhecer a prática profissional de farmacêuticos que atuam em farmácias e drogarias, seus conhecimentos e percepções acerca da Atenção Farmacêutica (AF), realizou-se estudo descritivo com 91 farmacêuticos do município de Jundiaí-SP. A maioria era jovem (62,6% entre 20 e 29 anos), do sexo feminino (63,7%), graduada em instituições privadas (90,1%) e não proprietária do estabelecimento (87,9%). Desenvolviam atividades administrativas, técnicas e de atenção ao usuário, principalmente dispensação de medicamentos e orientação; 67,0% acompanhavam o tratamento farmacoterapêutico dos usuários, mas sem registrar informações. Para 62,7%, AF relacionava-se apenas à orientação e atendimento dispensados, mas tais atividades não eram realizadas de forma sistemática e organizada, como preconizado. Muitos (91,2%) consideravam necessário realizar trabalho mais intenso com os usuários, porém apontaram dificuldades como falta de tempo e de apoio dos proprietários e desinteresse dos usuários. Várias dessas dificuldades têm sido verificadas também em outros países, sugerindo que a prática da AF: (a) requer uma mudança estrutural e rearranjo de funções, uma vez que, atualmente, a estrutura e as atividades são adequadas à atividade comercial; (b) reflete uma crise de identidade profissional e, em consequência, falta de reconhecimento social e pouca inserção na equipe multiprofissional de saúde. O conhecimento sobre AF mostrou-se limitado, mas a situação pode vir a alterar-se à medida que as mudanças curriculares em curso surtam efeito na formação dos novos farmacêuticos. A descriptive study was conducted with 91 pharmacists of the municipality of Jundiaí (state of São Paulo) in order to learn about the professional practice of the pharmacists who work in pharmacies and their knowledge and perceptions about Pharmaceutical Care (PC). Most of them were young (62.6% between 20 and 29 years old), female (63.7%), private institution graduates (90.1%), and were not the owners of the pharmacies (87.9%). They carried out administrative, technical and attention to patient activities, particularly providing guidance and dispensing medications; 67.0% followed their patients' pharmacotherapeutic treatment up, but did not record any information regarding it. To 62.7% of the pharmacists, PC was related only to the guidance and service provided, but those activities were not performed systematically and in an organized way, as recommended. Many (91.2%) considered necessary to work closer to their patients; however, they mentioned difficulties including lack of time, of support from the pharmacy owner, and patient's disinterest. Several of these difficulties have also been verified in other countries, suggesting that the PC practice: (a) requires a structural change and rearrangement of functions since, currently, the structure and the activities are adjusted to the commercial activity; (b) reveals a professional identity crisis and, consequently, lack of social recognition and little insertion in the multiprofessional health team. Knowledge of PC proved to be limited, but the situation can change as the ongoing curriculum changes produce an effect on the education of the new pharmacists. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2009-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/2950710.1590/S0104-12902009000100002Saúde e Sociedade; v. 18 n. 1 (2009); 7-18 Saúde e Sociedade; Vol. 18 No. 1 (2009); 7-18 Saúde e Sociedade; Vol. 18 Núm. 1 (2009); 7-18 1984-04700104-1290reponame:Saúde e Sociedade (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29507/31368Farina, Simone SenaRomano-Lieber, Nicolina Silvanainfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-07-05T00:43:34Zoai:revistas.usp.br:article/29507Revistahttp://www.scielo.br/sausocPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsaudesoc@usp.br||lena@usp.br1984-04700104-1290opendoar:2012-07-05T00:43:34Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Atenção farmacêutica em farmácias e drogarias: existe um processo de mudança?
Pharmaceutical care in pharmacies: is there a changing process?
title Atenção farmacêutica em farmácias e drogarias: existe um processo de mudança?
spellingShingle Atenção farmacêutica em farmácias e drogarias: existe um processo de mudança?
Farina, Simone Sena
Serviços farmacêuticos
Profissão farmacêutica
Farmacêuticos
Farmácia
Promoção da saúde
Pharmaceutical Services
Pharmaceutical Profession
Pharmacists
Pharmacy
Health Promotion
title_short Atenção farmacêutica em farmácias e drogarias: existe um processo de mudança?
title_full Atenção farmacêutica em farmácias e drogarias: existe um processo de mudança?
title_fullStr Atenção farmacêutica em farmácias e drogarias: existe um processo de mudança?
title_full_unstemmed Atenção farmacêutica em farmácias e drogarias: existe um processo de mudança?
title_sort Atenção farmacêutica em farmácias e drogarias: existe um processo de mudança?
author Farina, Simone Sena
author_facet Farina, Simone Sena
Romano-Lieber, Nicolina Silvana
author_role author
author2 Romano-Lieber, Nicolina Silvana
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Farina, Simone Sena
Romano-Lieber, Nicolina Silvana
dc.subject.por.fl_str_mv Serviços farmacêuticos
Profissão farmacêutica
Farmacêuticos
Farmácia
Promoção da saúde
Pharmaceutical Services
Pharmaceutical Profession
Pharmacists
Pharmacy
Health Promotion
topic Serviços farmacêuticos
Profissão farmacêutica
Farmacêuticos
Farmácia
Promoção da saúde
Pharmaceutical Services
Pharmaceutical Profession
Pharmacists
Pharmacy
Health Promotion
description Para se conhecer a prática profissional de farmacêuticos que atuam em farmácias e drogarias, seus conhecimentos e percepções acerca da Atenção Farmacêutica (AF), realizou-se estudo descritivo com 91 farmacêuticos do município de Jundiaí-SP. A maioria era jovem (62,6% entre 20 e 29 anos), do sexo feminino (63,7%), graduada em instituições privadas (90,1%) e não proprietária do estabelecimento (87,9%). Desenvolviam atividades administrativas, técnicas e de atenção ao usuário, principalmente dispensação de medicamentos e orientação; 67,0% acompanhavam o tratamento farmacoterapêutico dos usuários, mas sem registrar informações. Para 62,7%, AF relacionava-se apenas à orientação e atendimento dispensados, mas tais atividades não eram realizadas de forma sistemática e organizada, como preconizado. Muitos (91,2%) consideravam necessário realizar trabalho mais intenso com os usuários, porém apontaram dificuldades como falta de tempo e de apoio dos proprietários e desinteresse dos usuários. Várias dessas dificuldades têm sido verificadas também em outros países, sugerindo que a prática da AF: (a) requer uma mudança estrutural e rearranjo de funções, uma vez que, atualmente, a estrutura e as atividades são adequadas à atividade comercial; (b) reflete uma crise de identidade profissional e, em consequência, falta de reconhecimento social e pouca inserção na equipe multiprofissional de saúde. O conhecimento sobre AF mostrou-se limitado, mas a situação pode vir a alterar-se à medida que as mudanças curriculares em curso surtam efeito na formação dos novos farmacêuticos.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009-03-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29507
10.1590/S0104-12902009000100002
url https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29507
identifier_str_mv 10.1590/S0104-12902009000100002
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29507/31368
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública
dc.source.none.fl_str_mv Saúde e Sociedade; v. 18 n. 1 (2009); 7-18
Saúde e Sociedade; Vol. 18 No. 1 (2009); 7-18
Saúde e Sociedade; Vol. 18 Núm. 1 (2009); 7-18
1984-0470
0104-1290
reponame:Saúde e Sociedade (Online)
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Saúde e Sociedade (Online)
collection Saúde e Sociedade (Online)
repository.name.fl_str_mv Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv saudesoc@usp.br||lena@usp.br
_version_ 1800237455008333824