Riscos para doenças crônicas não transmissíveis na ótica de participantes do Vigitel
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Saúde e Sociedade (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/84897 |
Resumo: | O objetivo do presente estudo foi interpretar reflexões de grupos da população, por faixa etária, sobre risco de adoecer pelas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como parte do eixo qualitativo do projeto Vigitel que monitora a prevalência de fatores de risco para DCNT no Brasil. Procedimentos metodológicos a coleta de dados foi realizada por meio de grupos focais da amostra de Belo Horizonte, MG, de 2008, considerando que não existe, em estudos desse tipo, a necessidade de validação por amostragem abrangente. O interesse é aprofundar determinado assunto que poderá ser comparado, posteriormente, a outros estudos. Resultados mostraram que jovens conhecem os riscos para DCNT, mas consideram que viver sem arriscar-se é impossível. Sujeitos de 31 a 50 anos estão informados e conscientizados, mas querem continuar vivendo sem preocupação com a saúde, negociando, consigo mesmos, medidas pessoais de risco. Pessoas acima de 51 anos consideram riscos para DCNT inerentes à condição humana, porém maiores, devido a uma vida “desregrada”, e têm medo, buscando se cuidar centrados na assistência médica. Conclusões as reflexões dos grupos apontam representações centradas na impossibilidade de se considerar a saúde em primeiro plano e constantemente, na vida cotidiana. Existe desejo de viver prazeres e satisfações, que, muitas vezes, não são coerentes com a determinação de ser saudável. Além disso, há a necessidade humana de transgressões para se sentir vivo e mais forte que a morte. Abordagens interdisciplinares que relativizem o peso dessas representações para a incorporação de modos de vida saudáveis, coletiva e autonomamente, são fundamentais. |
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Riscos para doenças crônicas não transmissíveis na ótica de participantes do Vigitel Risks for chronic non-communicable diseases in the view of Vigitel participants O objetivo do presente estudo foi interpretar reflexões de grupos da população, por faixa etária, sobre risco de adoecer pelas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como parte do eixo qualitativo do projeto Vigitel que monitora a prevalência de fatores de risco para DCNT no Brasil. Procedimentos metodológicos a coleta de dados foi realizada por meio de grupos focais da amostra de Belo Horizonte, MG, de 2008, considerando que não existe, em estudos desse tipo, a necessidade de validação por amostragem abrangente. O interesse é aprofundar determinado assunto que poderá ser comparado, posteriormente, a outros estudos. Resultados mostraram que jovens conhecem os riscos para DCNT, mas consideram que viver sem arriscar-se é impossível. Sujeitos de 31 a 50 anos estão informados e conscientizados, mas querem continuar vivendo sem preocupação com a saúde, negociando, consigo mesmos, medidas pessoais de risco. Pessoas acima de 51 anos consideram riscos para DCNT inerentes à condição humana, porém maiores, devido a uma vida “desregrada”, e têm medo, buscando se cuidar centrados na assistência médica. Conclusões as reflexões dos grupos apontam representações centradas na impossibilidade de se considerar a saúde em primeiro plano e constantemente, na vida cotidiana. Existe desejo de viver prazeres e satisfações, que, muitas vezes, não são coerentes com a determinação de ser saudável. Além disso, há a necessidade humana de transgressões para se sentir vivo e mais forte que a morte. Abordagens interdisciplinares que relativizem o peso dessas representações para a incorporação de modos de vida saudáveis, coletiva e autonomamente, são fundamentais. The aim of this study was to interpret reflexions of population groups divided by age on the risk of suffering from Chronic Non-Communicable Diseases (CNCDs) as part of the VIGITEL project qualitative axis, that monitors the prevalence of risk factors for CNCDs in Brazil. Methodological Procedures Data collection was conducted through focus groups sampled at Belo Horizonte, Minas Gerais, in 2008, considering that there is not, in similar studies, the need for validation by comprehensive sample. The interest is to deepen this subject so that it will be possible to compare it to other studies afterwards. Results Results showed that young people know the risks of CNCDs, but consider that living without taking risks is impossible. People from 31 to 50 years old are informed and become aware, but want to continue living without health concerns, negotiating with themselves their personal measures of risk. People above 51 years consider the risks of CNCDs inherent to the human condition, but they may grow larger due to an ‘unruly’ life; they are afraid and try to care for themselves searching for health care. Conclusions The reflexions of the groups show representations that highlight the impossibility of placing health constantly in the foreground, in everyday life. There is a desire to live pleasures and satisfactions which often are not consistent with the determination of being healthy. Moreover, there is the human need of transgressions to feel alive and stronger than death. Interdisciplinary approaches able to relativize the weight of these representations in order to incorporate healthy lifestyles, collectively and autonomously, are essential. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2014-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/8489710.1590/S0104-12902014000200024Saúde e Sociedade; v. 23 n. 2 (2014); 651-663Saúde e Sociedade; Vol. 23 No. 2 (2014); 651-663Saúde e Sociedade; Vol. 23 Núm. 2 (2014); 651-6631984-04700104-1290reponame:Saúde e Sociedade (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/84897/87633Mássimo, Erika de Azevedo Leitão Freitas, Maria Imaculada de Fátima info:eu-repo/semantics/openAccess2014-09-26T16:29:16Zoai:revistas.usp.br:article/84897Revistahttp://www.scielo.br/sausocPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsaudesoc@usp.br||lena@usp.br1984-04700104-1290opendoar:2014-09-26T16:29:16Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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