Integralidade na atenção e no cuidado a saúde
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Saúde e Sociedade (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/7121 |
Resumo: | Este ensaio apresenta uma discussão sobre a Integralidade em saúde. Apoiado na constatação de que a perda do equilíbrio da saúde nos processos de adoecimento não constituiu apenas fator médico-biológico, mas também um processo vinculado à história de vida do indivíduo, da família e da sociedade, elege como ponto de partida para a reflexão os poderes e limites de atuação dos profissionais de saúde, em especial o médico. Discute a fragmentação da ciência médica e a especialização de sua prática resultante da separação dos objetos em compartimentos estanques, obrigando o esforço interdisciplinar para a apreensão da totalidade da saúde. Analisa as relações de desigualdade entre médico e paciente, defendendo o diálogo como alternativa de redução desta desigualdade. A integralidade surge como discurso contra hegemônico na formação e nas práticas médicas, adotada pelo movimento sanitário brasileiro como um conjunto de atitudes desejáveis, em especial a valorização da associação entre as práticas de saúde e as práticas sociais. Finalmente destaca caminhos para a conquista de mais integralidade, partindo da delimitação das demandas e necessidades, em interação com os recursos tecnológicos de saúde disponíveis. Nesse contexto, discute, ainda, o acesso, alertando sobre a necessidade de enfrentamento do campo da micropolítica de saúde e suas articulações, fluxos e circuitos, baseada na lógica das necessidades dos usuários do sistema e na incorporação de valores éticos e técnicos. |
id |
USP-6_da5407da63a2e2b0d3856a20dcb112b4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/7121 |
network_acronym_str |
USP-6 |
network_name_str |
Saúde e Sociedade (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Integralidade na atenção e no cuidado a saúde Integral Healthcare Cuidado integral à saúdeHumanização na relação médico-pacienteIntegralidadeIntegral HealthcareHumanized doctor-patient relationshipIntegrality Este ensaio apresenta uma discussão sobre a Integralidade em saúde. Apoiado na constatação de que a perda do equilíbrio da saúde nos processos de adoecimento não constituiu apenas fator médico-biológico, mas também um processo vinculado à história de vida do indivíduo, da família e da sociedade, elege como ponto de partida para a reflexão os poderes e limites de atuação dos profissionais de saúde, em especial o médico. Discute a fragmentação da ciência médica e a especialização de sua prática resultante da separação dos objetos em compartimentos estanques, obrigando o esforço interdisciplinar para a apreensão da totalidade da saúde. Analisa as relações de desigualdade entre médico e paciente, defendendo o diálogo como alternativa de redução desta desigualdade. A integralidade surge como discurso contra hegemônico na formação e nas práticas médicas, adotada pelo movimento sanitário brasileiro como um conjunto de atitudes desejáveis, em especial a valorização da associação entre as práticas de saúde e as práticas sociais. Finalmente destaca caminhos para a conquista de mais integralidade, partindo da delimitação das demandas e necessidades, em interação com os recursos tecnológicos de saúde disponíveis. Nesse contexto, discute, ainda, o acesso, alertando sobre a necessidade de enfrentamento do campo da micropolítica de saúde e suas articulações, fluxos e circuitos, baseada na lógica das necessidades dos usuários do sistema e na incorporação de valores éticos e técnicos. This paper discusses Integral Healthcare. Based on the realization that health imbalances stemming from diseases are due not only to medical-biological reasons, but also to processes related to the individual's life history, family, and society, this paper begins by discussing the capabilities and limitations of healthcare professionals, especially physicians. It then discusses the fragmentation of medical science and the specialization of medical practice into rigidly compartmentalized subject areas, and defends the need for interdisciplinary efforts in an integral approach to healthcare. It goes on to analyze the inequalities in doctor-patient relationships, championing dialogue as an alternative route for reducing these inequalities. Integral healthcare emerged as a way of curbing hegemony in medical training and practice, and has been adopted by the Brazilian health movement as a set of desirable attitudes, especially that of valuing the association between healthcare and social practices. In conclusion, the paper outlines ways forward to bring about more integral healthcare, starting with a discussion on user demands and needs with regard to available healthcare technological resources. It also discusses access issues within micro-level healthcare policies, systems, and flows, which need to be based on an understanding of the logic behind user needs, while also incorporating ethical and technical values. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2004-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/712110.1590/S0104-12902004000300002Saúde e Sociedade; v. 13 n. 3 (2004); 5-15 Saúde e Sociedade; Vol. 13 No. 3 (2004); 5-15 Saúde e Sociedade; Vol. 13 Núm. 3 (2004); 5-15 1984-04700104-1290reponame:Saúde e Sociedade (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/7121/8595Costa, Ana Mariainfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-02T23:41:32Zoai:revistas.usp.br:article/7121Revistahttp://www.scielo.br/sausocPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsaudesoc@usp.br||lena@usp.br1984-04700104-1290opendoar:2012-05-02T23:41:32Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Integralidade na atenção e no cuidado a saúde Integral Healthcare |
title |
Integralidade na atenção e no cuidado a saúde |
spellingShingle |
Integralidade na atenção e no cuidado a saúde Costa, Ana Maria Cuidado integral à saúde Humanização na relação médico-paciente Integralidade Integral Healthcare Humanized doctor-patient relationship Integrality |
title_short |
Integralidade na atenção e no cuidado a saúde |
title_full |
Integralidade na atenção e no cuidado a saúde |
title_fullStr |
Integralidade na atenção e no cuidado a saúde |
title_full_unstemmed |
Integralidade na atenção e no cuidado a saúde |
title_sort |
Integralidade na atenção e no cuidado a saúde |
author |
Costa, Ana Maria |
author_facet |
Costa, Ana Maria |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Costa, Ana Maria |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cuidado integral à saúde Humanização na relação médico-paciente Integralidade Integral Healthcare Humanized doctor-patient relationship Integrality |
topic |
Cuidado integral à saúde Humanização na relação médico-paciente Integralidade Integral Healthcare Humanized doctor-patient relationship Integrality |
description |
Este ensaio apresenta uma discussão sobre a Integralidade em saúde. Apoiado na constatação de que a perda do equilíbrio da saúde nos processos de adoecimento não constituiu apenas fator médico-biológico, mas também um processo vinculado à história de vida do indivíduo, da família e da sociedade, elege como ponto de partida para a reflexão os poderes e limites de atuação dos profissionais de saúde, em especial o médico. Discute a fragmentação da ciência médica e a especialização de sua prática resultante da separação dos objetos em compartimentos estanques, obrigando o esforço interdisciplinar para a apreensão da totalidade da saúde. Analisa as relações de desigualdade entre médico e paciente, defendendo o diálogo como alternativa de redução desta desigualdade. A integralidade surge como discurso contra hegemônico na formação e nas práticas médicas, adotada pelo movimento sanitário brasileiro como um conjunto de atitudes desejáveis, em especial a valorização da associação entre as práticas de saúde e as práticas sociais. Finalmente destaca caminhos para a conquista de mais integralidade, partindo da delimitação das demandas e necessidades, em interação com os recursos tecnológicos de saúde disponíveis. Nesse contexto, discute, ainda, o acesso, alertando sobre a necessidade de enfrentamento do campo da micropolítica de saúde e suas articulações, fluxos e circuitos, baseada na lógica das necessidades dos usuários do sistema e na incorporação de valores éticos e técnicos. |
publishDate |
2004 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2004-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/7121 10.1590/S0104-12902004000300002 |
url |
https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/7121 |
identifier_str_mv |
10.1590/S0104-12902004000300002 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/7121/8595 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública |
dc.source.none.fl_str_mv |
Saúde e Sociedade; v. 13 n. 3 (2004); 5-15 Saúde e Sociedade; Vol. 13 No. 3 (2004); 5-15 Saúde e Sociedade; Vol. 13 Núm. 3 (2004); 5-15 1984-0470 0104-1290 reponame:Saúde e Sociedade (Online) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Saúde e Sociedade (Online) |
collection |
Saúde e Sociedade (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
saudesoc@usp.br||lena@usp.br |
_version_ |
1800237453153402880 |