Subjetivação do idoso em materiais de educação/comunicação em saúde: uma análise na perspectiva foucaultiana
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Saúde e Sociedade (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/143608 |
Resumo: | Recentes investimentos na velhice mostram uma mudança de racionalidade que implica a construção de novas dinâmicas de poder, principalmente o biopolítico. A inauguração do discurso de “envelhecimento ativo e saudável” marca tal deslocamento do âmbito da assistência social ao da saúde, com ações de prevenção e promoção. Este artigo, fundamentado em noções foucaultianas sobre o saber/poder, com ênfase na questão do biopoder, a partir da contextualização de articulações entre processos de subjetivação da velhice acionadas em cenário neoliberal, apresenta um recorte da análise desenvolvida em uma pesquisa maior, concluída em 2013, a respeito de materiais de educação, prevenção e promoção de saúde dirigidos ao público idoso. Examina de que forma uma tecnologia de governamentalidade - a Caderneta de saúde da pessoa idosa, publicada pelo Ministério da Saúde do Brasil - viabiliza práticas de normalização de comportamentos e significados sobre saúde e velhice, atuando como um dispositivo de poder que se relaciona a discursos construídos em um determinado contexto sócio-histórico-cultural. |
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Subjetivação do idoso em materiais de educação/comunicação em saúde: uma análise na perspectiva foucaultianaElderly subjectivation in materials on health education/communication: an analysis from a Foucauldian perspectiveDiscourseBiopowerSubjectivationEducational MaterialElderlyDiscursoBiopoderSubjetivaçãoMaterial EducativoIdoso Recentes investimentos na velhice mostram uma mudança de racionalidade que implica a construção de novas dinâmicas de poder, principalmente o biopolítico. A inauguração do discurso de “envelhecimento ativo e saudável” marca tal deslocamento do âmbito da assistência social ao da saúde, com ações de prevenção e promoção. Este artigo, fundamentado em noções foucaultianas sobre o saber/poder, com ênfase na questão do biopoder, a partir da contextualização de articulações entre processos de subjetivação da velhice acionadas em cenário neoliberal, apresenta um recorte da análise desenvolvida em uma pesquisa maior, concluída em 2013, a respeito de materiais de educação, prevenção e promoção de saúde dirigidos ao público idoso. Examina de que forma uma tecnologia de governamentalidade - a Caderneta de saúde da pessoa idosa, publicada pelo Ministério da Saúde do Brasil - viabiliza práticas de normalização de comportamentos e significados sobre saúde e velhice, atuando como um dispositivo de poder que se relaciona a discursos construídos em um determinado contexto sócio-histórico-cultural. Recent investments in the elderly population show a change in the general way of thinking, which implies the construction of new power dynamics, mainly the biopolitical one. The growing discourse of “active and healthy aging” marks a displacement from the scope of social assistance to that of health, with prevention and promotion actions. In this article, backed by Foucauldian notions on power/knowledge, emphasizing the biopower matter, we put into context some articulations between old age subjectivation processes triggered in a neoliberal scenario, presenting part of an analysis made in a 2013 research, about materials of education and health prevention and promotion directed to the elders. From this, we examine the means through which a governmentality technology - the Elderly Health Handbook, of the Brazilian Ministry of Health - enables normalization practices of the behaviors and meanings concerning health and old age, acting as a power dispositive related to discourses constituted within a given sociohistorical and cultural context.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2017-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/14360810.1590/s0104-12902017161399Saúde e Sociedade; v. 26 n. 4 (2017); 943-957Saúde e Sociedade; Vol. 26 No. 4 (2017); 943-957Saúde e Sociedade; Vol. 26 Núm. 4 (2017); 943-9571984-04700104-1290reponame:Saúde e Sociedade (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/143608/138275Copyright (c) 2018 Saúde e Sociedadeinfo:eu-repo/semantics/openAccessPaulino, Luciana FernandesSiqueira, Vera Helena Ferraz deFigueiredo, Gustavo de Oliveira2018-02-19T17:33:52Zoai:revistas.usp.br:article/143608Revistahttp://www.scielo.br/sausocPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsaudesoc@usp.br||lena@usp.br1984-04700104-1290opendoar:2018-02-19T17:33:52Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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