Lições da margem: paz ecológica indígena
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Organicom (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/organicom/article/view/150579 |
Resumo: | As crises pelas quais a humanidade passa, sejam elas em âmbito ecológico, social ou humanitário, e relacionadas ao aumento da violência, tanto direta quanto estrutural, se inter-relacionam. Evidências indicam que as soluções formuladas para resolver as crises indicadas, desde o desenvolvimento e a modernização até o neoliberalismo e o desenvolvimento sustentável, não só fracassaram, mas, paradoxalmente, as exacerbaram. Inspirado nos modos de vida e práticas dos povos indígenas, especialmente dos Orang Asli (aborígines) na Malásia, este artigo ressalta uma paz ecológica que mescla o peacebuilding com estratégias ecológicas regenerativas. Nesse contexto, parte-se da ideia de que, ao levar em consideração a paz ecológica indígena, serão fomentadas soluções efetivas para a tríplice crise (ecológica, social e humanitária), implicando uma mudança paradigmática – de uma percepção antropocêntrica da natureza a uma percepção ecocêntrica; do hiperindividualismo à responsabilidade focada na comunidade; de uma perspectiva competitiva àquela focada em empatia, cooperação, compartilhamento e altruísmo; e do fetiche relacionado ao crescimento a um estilo de vida regenerativo, baseado nas necessidades. PALAVRAS-CHAVE: PAZ ECOLÓGICA INDÍGENA • PEACEBUILDING • ESTRATÉGIAS ECOLÓGICAS REGENERATIVAS. |
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Lições da margem: paz ecológica indígenaLecciones desde el margen: paz ecológica indígenaLessons from the Margin: indigenous peace ecologyIndigineous peace ecologyPeacebuildingEcological regenerative strategiesPaz ecológica indígenaPeacebuildingEstrategias ecológicas regenerativasPaz ecológicaPeacebuildingEstratégias ecológicas regenerativasAs crises pelas quais a humanidade passa, sejam elas em âmbito ecológico, social ou humanitário, e relacionadas ao aumento da violência, tanto direta quanto estrutural, se inter-relacionam. Evidências indicam que as soluções formuladas para resolver as crises indicadas, desde o desenvolvimento e a modernização até o neoliberalismo e o desenvolvimento sustentável, não só fracassaram, mas, paradoxalmente, as exacerbaram. Inspirado nos modos de vida e práticas dos povos indígenas, especialmente dos Orang Asli (aborígines) na Malásia, este artigo ressalta uma paz ecológica que mescla o peacebuilding com estratégias ecológicas regenerativas. Nesse contexto, parte-se da ideia de que, ao levar em consideração a paz ecológica indígena, serão fomentadas soluções efetivas para a tríplice crise (ecológica, social e humanitária), implicando uma mudança paradigmática – de uma percepção antropocêntrica da natureza a uma percepção ecocêntrica; do hiperindividualismo à responsabilidade focada na comunidade; de uma perspectiva competitiva àquela focada em empatia, cooperação, compartilhamento e altruísmo; e do fetiche relacionado ao crescimento a um estilo de vida regenerativo, baseado nas necessidades. PALAVRAS-CHAVE: PAZ ECOLÓGICA INDÍGENA • PEACEBUILDING • ESTRATÉGIAS ECOLÓGICAS REGENERATIVAS.Las crisis las cuales la humanidad se enfrenta, sean ellas en el contexto ecológico, social o humanitario, y relacionadas al aumento de la violencia, directa o estructural, están interrelacionadas. Evidencias señalan que las soluciones planteadas para resolverlas (las crisis señaladas), desde el desarrollo y modernización al neoliberalismo y el desarrollo sostenible, no solamente fracasaron, pero además, en paradoja, las intensificaron. Inspirados en los modos de vida y prácticas de los puebles indígenas, especialmente dos Orang Asli (aborígenes) en Malasia, este artículo destaca una paz ecológica que mezcla el peacebuilding con estrategias ecológicas regenerativas. En ese contexto, se plantea la idea de que al considerarse la paz ecológica indígena serán fomentadas soluciones efectivas para la tríplice crisis (ecológica, social y humanitaria), implicando en un cambio paradigmático - de una percepción antropocéntrica de la naturaleza a una percepción ecocéntrica, de la hiperindividualidad a la responsabilidad centrada en la comunidad, de una perspectiva competitiva a la perspectiva centrada en la empatía, cooperación, la solidaridad y el altruismo, y del fetiche relacionado al crecimiento a un estilo de vida regenerativo, basado en las necesidades. PALABRAS CLAVE: PAZ ECOLÓGICA INDÍGENA • PEACEBUILDING • ESTRATEGIAS ECOLÓGICAS REGENERATIVAS.Humanity is confronted with several inter-related crises: ecological, social or humanitarian and growing violence, both direct and structural. Much evidence indicates that solutions implemented to resolve them, from development and modernisation to neoliberalism and sustainable development, have not just failed but paradoxically have exacerbated these crises. Inspired by the life-ways and practices of Indigenous peoples, especially the Orang Asli (Aborigines) in Malaysia, this paper outlines a peace ecology that combines peacebuilding with ecological regenerative strategies. The key contention is that subscribing to an Indigenous peace ecology will foster effective solutions to triple crises, entailing a paradigmatic shift from an anthropocentric to an eco-centric perception of nature, from hyper-individualism to a community-focus responsibility, from a competitive outlook to everything to one that is focused on empathy, cooperation, sharing and altruism, and from a growth-fetish to a needs-based regenerative lifestyle. Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes2018-09-25info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/organicom/article/view/15057910.11606/issn.2238-2593.organicom.2018.150579Organicom; v. 15 n. 28 (2018): Comunicação, Estudos para a Paz e Violência Organizacional; 149-1662238-25931807-1236reponame:Organicom (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/organicom/article/view/150579/147389Copyright (c) 2018 Alberto Gomesinfo:eu-repo/semantics/openAccessGomes, Alberto2019-02-19T13:34:51Zoai:revistas.usp.br:article/150579Revistahttps://www.revistas.usp.br/organicomPUBhttps://www.revistas.usp.br/organicom/oairevistaorganicom@usp.br2238-25931807-1236opendoar:2023-01-13T10:35:47.503415Organicom (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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As crises pelas quais a humanidade passa, sejam elas em âmbito ecológico, social ou humanitário, e relacionadas ao aumento da violência, tanto direta quanto estrutural, se inter-relacionam. Evidências indicam que as soluções formuladas para resolver as crises indicadas, desde o desenvolvimento e a modernização até o neoliberalismo e o desenvolvimento sustentável, não só fracassaram, mas, paradoxalmente, as exacerbaram. Inspirado nos modos de vida e práticas dos povos indígenas, especialmente dos Orang Asli (aborígines) na Malásia, este artigo ressalta uma paz ecológica que mescla o peacebuilding com estratégias ecológicas regenerativas. Nesse contexto, parte-se da ideia de que, ao levar em consideração a paz ecológica indígena, serão fomentadas soluções efetivas para a tríplice crise (ecológica, social e humanitária), implicando uma mudança paradigmática – de uma percepção antropocêntrica da natureza a uma percepção ecocêntrica; do hiperindividualismo à responsabilidade focada na comunidade; de uma perspectiva competitiva àquela focada em empatia, cooperação, compartilhamento e altruísmo; e do fetiche relacionado ao crescimento a um estilo de vida regenerativo, baseado nas necessidades. PALAVRAS-CHAVE: PAZ ECOLÓGICA INDÍGENA • PEACEBUILDING • ESTRATÉGIAS ECOLÓGICAS REGENERATIVAS. |
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