Saída e Insucesso das Cooperativas de Crédito no Brasil: Uma Análise do Risco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Flávio Leonel de
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Diaz, Maria Dolores Montoya, Bialoskorski Neto, Sigismundo, Kalatzis, Aquiles Elie Guimarães
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
por
Título da fonte: Revista Contabilidade & Finanças (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/98099
Resumo: Este estudo tem por objetivo investigar os fatores que afetam a saída do mercado das cooperativas de crédito singulares brasileiras de 1995 a 2009; ele também identifica e lista os determinantes dos diversos tipos de saída do mercado e analisa se a rentabilidade é um fator significativo para a sobrevivência da cooperativa de crédito. Este estudo foi realizado com dados contábeis fornecidos pelo Banco Central do Brasil, derivados apenas das cooperativas individuais, ou seja, as cooperativas de crédito singulares. As demonstrações financeiras trimestrais dessas cooperativas de crédito que estavam ativas desde 1995 até o segundo trimestre de 2009 foram empregadas, totalizando 71.325 observações para 1.929 cooperativas de crédito. Com base em modelos de sobrevivência e no modelo de riscos competitivos (como os modelos de Cox, Exponencial, Weibull, Gompertz e Risco Competitivo), os resultados demonstram que não há evidências estatísticas que garantam uma correlação entre rentabilidade e sobrevivência da cooperativa de crédito. Os resultados também sugerem que o porte das cooperativas de crédito desempenha um papel fundamental para sua sobrevivência e longevidade e que seu financiamento e sua gestão de investimentos estão relacionados à sua sobrevivência e ao seu risco de saída do mercado. Em conclusão, os resultados confirmam a ideia inicial de que a dualidade inerente às cooperativas de crédito - princípios cooperativos versus eficiência econômica - poderia influenciar a estabilidade, sobrevivência e longevidade dessas instituições. Tais resultados também podem implicar que uma cooperativa de crédito que adota a lógica de um banco privado ficará mais distante de seus membros, algo que prejudicará suas futuras operações e aumentará a probabilidade de sua saída do mercado.
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