Índice de governança corporativa e desempenho de mercado: evidências no mercado acionário brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, João Eduardo
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Souza, Antônio Artur de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Revista Contabilidade & Finanças (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/216873
Resumo: Este estudo teve por objetivo construir um índice de governança corporativa para empresas brasileiras com ações negociadas pela Brasil, Bolsa, Balcão (B3) para avaliar o efeito das melhores práticas de governança em seu desempenho de mercado, entre os anos de 2010 e 2020. Apesar dos diferentes índices de governança criados para as empresas brasileiras, grande parte dos estudos empíricos empregaram proxies a partir dos Níveis Diferenciados de Governança Corporativa (NDGC) da B3. Esse cenário se deve, principalmente, à dificuldade de coleta de dados e operacionalização desses índices. Este artigo propõe um índice de governança corporativa de simples operacionalização e, logo, mais acessível quando comparado aos demais índices documentados pela literatura. A criação de um índice eficaz na avaliação da qualidade da governança corporativa das empresas brasileiras é imprescindível, dado que a influência que a governança exerce nas decisões financeiras dessas empresas é maior em países com fraca proteção legal aos investidores, como o Brasil. Os investidores compreendem que as empresas bem governadas são menos arriscadas e têm, portanto, maiores chances de recuperar seus investimentos. Assim, o índice proposto se destaca como um importante instrumento de avaliação financeira. O índice de governança proposto foi amparado em estudos anteriores que indicam os mecanismos mais eficientes na redução dos problemas de agência. Como medidas de desempenho de mercado, empregou-se o Q de Tobin e o Valor da Firma. Por fim, a análise foi realizada via modelos dos mínimos quadrados ordinários (MQO), dados em painel e modelos de regressão por meio da abordagem de variáveis instrumentais. O índice proposto se mostrou uma boa medida de governança, dado os resultados unânimes entre os modelos. Em todas as estimações, a relação entre governança corporativa e o desempenho de mercado foi positiva, atestando a confiança do mercado associada à qualidade da governança corporativa expressa pelo índice.
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Este artigo propõe um índice de governança corporativa de simples operacionalização e, logo, mais acessível quando comparado aos demais índices documentados pela literatura. A criação de um índice eficaz na avaliação da qualidade da governança corporativa das empresas brasileiras é imprescindível, dado que a influência que a governança exerce nas decisões financeiras dessas empresas é maior em países com fraca proteção legal aos investidores, como o Brasil. Os investidores compreendem que as empresas bem governadas são menos arriscadas e têm, portanto, maiores chances de recuperar seus investimentos. Assim, o índice proposto se destaca como um importante instrumento de avaliação financeira. O índice de governança proposto foi amparado em estudos anteriores que indicam os mecanismos mais eficientes na redução dos problemas de agência. Como medidas de desempenho de mercado, empregou-se o Q de Tobin e o Valor da Firma. Por fim, a análise foi realizada via modelos dos mínimos quadrados ordinários (MQO), dados em painel e modelos de regressão por meio da abordagem de variáveis instrumentais. O índice proposto se mostrou uma boa medida de governança, dado os resultados unânimes entre os modelos. Em todas as estimações, a relação entre governança corporativa e o desempenho de mercado foi positiva, atestando a confiança do mercado associada à qualidade da governança corporativa expressa pelo índice.This study aimed to build a corporate governance index for Brazilian companies with stocks traded by the Brazil Stock Exchange and Over-the-Counter Market (Brasil, Bolsa, Balcão [B3]) to evaluate the effect of the best governance practices on their market performance, between the years 2010 and 2020. Despite the different governance indexes created for Brazilian companies, most of the empirical studies used proxies based on B3’s Differential Corporate Governance Levels (DCGLs). This scenario is mainly due to difficulty in collecting data and operationalizing these indexes. This article proposes a corporate governance index that is simple to use and, therefore, more accessible when compared to other indexes documented in the literature. The creation of an effective index for assessing corporate governance quality in Brazilian companies is key, given that the influence that governance has on the financial decisions made by these companies is greater in countries with weak legal protection for investors, such as Brazil. Investors see that well-governed companies are less risky, thus they have a better chance of recouping their investments. Thus, the proposed index stands out as a major instrument of financial assessment. The proposed governance index has been supported by previous studies pointing out the most efficient mechanisms in reducing agency problems. As measures of market performance, Tobin’s Q and Firm Value were used. Finally, the analysis was performed using ordinary least squares (OLS) models, panel data, and regression models using the instrumental variables approach. The proposed index proved to be a good measure of governance, given the unanimous results among the models. In all estimations, the relationship between corporate governance and market performance was positive, attesting the market confidence associated with the corporate governance quality expressed by the index.Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária2023-10-09info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdftext/xmlhttps://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/21687310.1590/1808-057x20231756.enRevista Contabilidade & Finanças; v. 34 n. 92 (2023); e1756Revista Contabilidade & Finanças; Vol. 34 No. 92 (2023); e1756Revista Contabilidade & Finanças; Vol. 34 Núm. 92 (2023); e17561808-057X1519-7077reponame:Revista Contabilidade & Finanças (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/216873/198439https://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/216873/198438https://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/216873/198437Copyright (c) 2023 Revista Contabilidade & Finançashttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessRibeiro, João EduardoSouza, Antônio Artur de2023-12-10T12:59:24Zoai:revistas.usp.br:article/216873Revistahttp://www.revistas.usp.br/rcf/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprecont@usp.br||recont@usp.br1808-057X1519-7077opendoar:2023-12-10T12:59:24Revista Contabilidade & Finanças (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
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