Timeliness of goodwill impairment in Brazilian companies

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cappellesso, Géssica
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Niyama, Jorge Katsumi
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Revista Contabilidade & Finanças (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/204261
Resumo: O objetivo deste artigo foi examinar a tempestividade da perda por redução ao valor recuperável do goodwill percebida pelo mercado de capitais brasileiro. Apesar de muito estudada internacionalmente, a tempestividade do impairment do goodwill ainda não foi empiricamente investigada no Brasil, visto que estudos anteriores focam nas determinantes dessa perda, em sua divulgação ou no comportamento do gestor. Essa questão é relevante principalmente pelo contexto de normatização do International Accounting Standards Board (IASB), que tem discutido possibilidades de alteração no tratamento do goodwill. Também é importante para investidores, já que a falta de tempestividade afeta a utilidade da informação contábil para esses usuários. O estudo fornece indícios de que a discricionariedade do teste de impairment é usada de modo oportunista, alterando o momento do reconhecimento da perda no goodwill. Isso demonstra a necessidade de um esforço conjunto entre agentes de monitoramento e órgãos normatizadores para direcionar o uso da discricionariedade, além de mudanças no comportamento dos gestores. Também indica que a atual regra de contabilização do impairment falha em fornecer informações tempestivas, na medida em que fornece um efeito de proteção contra perdas. Foram utilizadas empresas não financeiras listadas na B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão que tinham goodwill reconhecido no período 2010-2020. A análise considerou duas variáveis dependentes, aplicando uma regressão logística para explicar o reconhecimento ou não do impairment no goodwill e um modelo tobit para predizer seu valor. Para exame da tempestividade, utilizou-se o retorno anual contemporâneo e defasado das ações. Os achados sugerem que a perda por impairment do goodwill não é reconhecida oportunamente e que os gestores atrasam seu registro em pelo menos um a dois anos, com indícios mais fortes para o reconhecimento tardio em dois anos. Também, o valor da perda pode ser influenciado por retornos ocorridos até três anos antes de seu registro.
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Também é importante para investidores, já que a falta de tempestividade afeta a utilidade da informação contábil para esses usuários. O estudo fornece indícios de que a discricionariedade do teste de impairment é usada de modo oportunista, alterando o momento do reconhecimento da perda no goodwill. Isso demonstra a necessidade de um esforço conjunto entre agentes de monitoramento e órgãos normatizadores para direcionar o uso da discricionariedade, além de mudanças no comportamento dos gestores. Também indica que a atual regra de contabilização do impairment falha em fornecer informações tempestivas, na medida em que fornece um efeito de proteção contra perdas. Foram utilizadas empresas não financeiras listadas na B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão que tinham goodwill reconhecido no período 2010-2020. A análise considerou duas variáveis dependentes, aplicando uma regressão logística para explicar o reconhecimento ou não do impairment no goodwill e um modelo tobit para predizer seu valor. Para exame da tempestividade, utilizou-se o retorno anual contemporâneo e defasado das ações. Os achados sugerem que a perda por impairment do goodwill não é reconhecida oportunamente e que os gestores atrasam seu registro em pelo menos um a dois anos, com indícios mais fortes para o reconhecimento tardio em dois anos. Também, o valor da perda pode ser influenciado por retornos ocorridos até três anos antes de seu registro.This article aimed to examine the timeliness of goodwill impairment perceived by the Brazilian capital market. Despite it being widely studied internationally, the timeliness of goodwill impairment has not yet been empirically investigated in Brazil, given that previous studies focus on the determinants of this loss, on its disclosure, or on manager behavior. This question is relevant primarily due to the context of standardization of the International Accounting Standards Board (IASB), which has discussed possibilities for altering the treatment of goodwill. It is also important for investors, since a lack of timeliness affects the utility of accounting information for these users. The study provides indications that the discretion of the impairment test is used opportunistically, altering the moment of recognition of a goodwill loss. This shows the need for a joint effort between monitoring agents and standard-setting bodies to guide the use of discretion, as well as changes in manager behavior. It also indicates that the current rule for recording impairment fails in providing timely information, as it provides a shielding effect against losses. The study used non-financial companies listed on the B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão that had goodwill recognized in the 2010-2020 period. The analysis considered two dependent variables, applying a logistic regression to explain the recognition or not of goodwill impairment and a tobit model to predict its value. To examine timeliness, the current and lagged annual returns on shares were used. The findings suggest that losses through goodwill impairment are not recognized in a timely manner and that managers delay recording them by at least one to two years, with stronger indications of late recognition in two years. In addition, the loss amount can be influenced by returns occurring up to three years before its recording.Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária2022-11-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdftext/xmlapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/20426110.1590/1808-057x20221579.enRevista Contabilidade & Finanças; v. 33 n. 90 (2022); e1579Revista Contabilidade & Finanças; Vol. 33 No. 90 (2022); e1579Revista Contabilidade & Finanças; Vol. 33 Núm. 90 (2022); e15791808-057X1519-7077reponame:Revista Contabilidade & Finanças (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/204261/187920https://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/204261/187919https://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/204261/187921Copyright (c) 2022 Revista Contabilidade & Finançashttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCappellesso, GéssicaNiyama, Jorge Katsumi2022-11-08T17:33:43Zoai:revistas.usp.br:article/204261Revistahttp://www.revistas.usp.br/rcf/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprecont@usp.br||recont@usp.br1808-057X1519-7077opendoar:2022-11-08T17:33:43Revista Contabilidade & Finanças (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
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