Fatores relacionados à liquidez estrutural dos bancos no Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng por |
Título da fonte: | Revista Contabilidade & Finanças (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/156389 |
Resumo: | O trabalho teve por fim identificar a relação do índice de liquidez estrutural (ILE) com variáveis macroeconômicas, características dos bancos e vigência do Acordo de Basileia III. Embora a discussão acadêmica sobre liquidez bancária aborde essencialmente questões de curto prazo, o monitoramento da liquidez de longo prazo permite avaliar a dependência excessiva de recursos instáveis pelos bancos e, assim, contribuir para mitigar os riscos de crises sistêmicas de liquidez, como a de 2008. Ao fornecer evidências das relações do ILE com variáveis explicativas selecionadas, o estudo insere-se no contexto das deliberações do Acordo de Basileia III, que preveem cumprimento, a partir de 2018, da exigência regulamentar do índice de liquidez (IL) de longo prazo. O modelo foi formulado com base em 14 hipóteses de pesquisa testadas por meio de regressões com dados em painel agrupadas, estimadas por mínimos quadrados, mínimos quadrados com efeitos fixos e mínimos quadrados em dois estágios com efeitos fixos. A variável dependente foi construída a partir de dados contábeis de 184 conglomerados e instituições financeiras individuais existentes no país entre junho de 2002 e dezembro de 2014. O ILE apresentou relação positiva com as variações da taxa de câmbio, reservas internacionais e depósitos compulsórios, além da rentabilidade, tamanho e especialidade principal das instituições. Foi encontrada relação negativa do ILE com as variáveis taxa básica de juros, risco-país, saldo da balança comercial, período de vigência do Acordo de Basileia III, tipo de controle do capital (público ou privado) e terem ou não capital aberto, com ações listadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA). A validação da relação dessas variáveis explanatórias com o ILE fornece uma compreensão mais ampla dos riscos aos quais instituições financeiras estão expostas, contribuindo para a análise preventiva do risco de liquidez bancária – indicador antecedente de crises financeiras, de perda de confiança e de instabilidade econômica. |
id |
USP-7_b706946a0ac5c1142caf41348b542b68 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/156389 |
network_acronym_str |
USP-7 |
network_name_str |
Revista Contabilidade & Finanças (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Fatores relacionados à liquidez estrutural dos bancos no BrasilFactors associated with the structural liquidity of banks in Brazilstructural liquiditybanking institutionsBasel IIIbanksliquidity riskliquidez estruturalinstituições bancáriasBasileia IIIbancosrisco de liquidezO trabalho teve por fim identificar a relação do índice de liquidez estrutural (ILE) com variáveis macroeconômicas, características dos bancos e vigência do Acordo de Basileia III. Embora a discussão acadêmica sobre liquidez bancária aborde essencialmente questões de curto prazo, o monitoramento da liquidez de longo prazo permite avaliar a dependência excessiva de recursos instáveis pelos bancos e, assim, contribuir para mitigar os riscos de crises sistêmicas de liquidez, como a de 2008. Ao fornecer evidências das relações do ILE com variáveis explicativas selecionadas, o estudo insere-se no contexto das deliberações do Acordo de Basileia III, que preveem cumprimento, a partir de 2018, da exigência regulamentar do índice de liquidez (IL) de longo prazo. O modelo foi formulado com base em 14 hipóteses de pesquisa testadas por meio de regressões com dados em painel agrupadas, estimadas por mínimos quadrados, mínimos quadrados com efeitos fixos e mínimos quadrados em dois estágios com efeitos fixos. A variável dependente foi construída a partir de dados contábeis de 184 conglomerados e instituições financeiras individuais existentes no país entre junho de 2002 e dezembro de 2014. O ILE apresentou relação positiva com as variações da taxa de câmbio, reservas internacionais e depósitos compulsórios, além da rentabilidade, tamanho e especialidade principal das instituições. Foi encontrada relação negativa do ILE com as variáveis taxa básica de juros, risco-país, saldo da balança comercial, período de vigência do Acordo de Basileia III, tipo de controle do capital (público ou privado) e terem ou não capital aberto, com ações listadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA). A validação da relação dessas variáveis explanatórias com o ILE fornece uma compreensão mais ampla dos riscos aos quais instituições financeiras estão expostas, contribuindo para a análise preventiva do risco de liquidez bancária – indicador antecedente de crises financeiras, de perda de confiança e de instabilidade econômica.This study aimed to identify the relationship between the Structural Liquidity Index (SLI) and macroeconomic variables, bank characteristics, and the validity period of the Basel III Agreement. Although the academic discussion on bank liquidity essentially addresses short-term issues, monitoring long-term liquidity helps assess any excessive dependency of banks on unstable resources, thus contributing to mitigating the risks of systemic liquidity crises such as that of 2008. As it provides evidence of the relationship between the SLI and the selected explanatory variables, the study can be included in the context of the discussions involving the Basel III Agreement, which establishes the implementation of the long-term liquidity index regulatory requirement as of 2018. The model was formulated based on fourteen research hypotheses, tested using panel data regressions estimated via pooled ordinary least squares, least squares with fixed effects, and two-stage least squares with fixed effects. The dependent variable was constructed based on the accounting data of 184 conglomerates and individual financial institutions operating in the country between June 2002 and December 2014. The SLI presented a positive relationship with changes in the exchange rate, international reserves, and reserve requirements, as well as with the profitability, size, and main specialization of the institution. On the other hand, we found a negative relationship between the SLI and the basic interest rate, country risk, balance of trade, validity period of the Basel III Agreement, type of equity control (private vs. government), and the bank being publicly listed on the São Paulo Stock, Commodities, and Futures Exchange (BM&FBovespa) or privately held. The validation of the relationships between these explanatory variables and the SLI provides a broader understanding of the risks to which financial institutions are exposed, contributing to the preventive analysis of bank liquidity risk – an antecedent indicator of financial crises, diminished confidence, and economic instabilityUniversidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária2019-04-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfapplication/xmlhttps://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/15638910.1590/1808-057x201806350Revista Contabilidade & Finanças; v. 30 n. 80 (2019); 252-267Revista Contabilidade & Finanças; Vol. 30 No. 80 (2019); 252-267Revista Contabilidade & Finanças; Vol. 30 Núm. 80 (2019); 252-2671808-057X1519-7077reponame:Revista Contabilidade & Finanças (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengporhttps://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/156389/151877https://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/156389/151878https://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/156389/151879Copyright (c) 2019 Revista Contabilidade & Finançasinfo:eu-repo/semantics/openAccessCardoso, Vanessa Rodrigues dos SantosCampos, Lorena AlmeidaDantas, José AlvesMedeiros, Otávio Ribeiro de2019-05-07T18:56:00Zoai:revistas.usp.br:article/156389Revistahttp://www.revistas.usp.br/rcf/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprecont@usp.br||recont@usp.br1808-057X1519-7077opendoar:2019-05-07T18:56Revista Contabilidade & Finanças (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Fatores relacionados à liquidez estrutural dos bancos no Brasil Factors associated with the structural liquidity of banks in Brazil |
title |
Fatores relacionados à liquidez estrutural dos bancos no Brasil |
spellingShingle |
Fatores relacionados à liquidez estrutural dos bancos no Brasil Cardoso, Vanessa Rodrigues dos Santos structural liquidity banking institutions Basel III banks liquidity risk liquidez estrutural instituições bancárias Basileia III bancos risco de liquidez |
title_short |
Fatores relacionados à liquidez estrutural dos bancos no Brasil |
title_full |
Fatores relacionados à liquidez estrutural dos bancos no Brasil |
title_fullStr |
Fatores relacionados à liquidez estrutural dos bancos no Brasil |
title_full_unstemmed |
Fatores relacionados à liquidez estrutural dos bancos no Brasil |
title_sort |
Fatores relacionados à liquidez estrutural dos bancos no Brasil |
author |
Cardoso, Vanessa Rodrigues dos Santos |
author_facet |
Cardoso, Vanessa Rodrigues dos Santos Campos, Lorena Almeida Dantas, José Alves Medeiros, Otávio Ribeiro de |
author_role |
author |
author2 |
Campos, Lorena Almeida Dantas, José Alves Medeiros, Otávio Ribeiro de |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cardoso, Vanessa Rodrigues dos Santos Campos, Lorena Almeida Dantas, José Alves Medeiros, Otávio Ribeiro de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
structural liquidity banking institutions Basel III banks liquidity risk liquidez estrutural instituições bancárias Basileia III bancos risco de liquidez |
topic |
structural liquidity banking institutions Basel III banks liquidity risk liquidez estrutural instituições bancárias Basileia III bancos risco de liquidez |
description |
O trabalho teve por fim identificar a relação do índice de liquidez estrutural (ILE) com variáveis macroeconômicas, características dos bancos e vigência do Acordo de Basileia III. Embora a discussão acadêmica sobre liquidez bancária aborde essencialmente questões de curto prazo, o monitoramento da liquidez de longo prazo permite avaliar a dependência excessiva de recursos instáveis pelos bancos e, assim, contribuir para mitigar os riscos de crises sistêmicas de liquidez, como a de 2008. Ao fornecer evidências das relações do ILE com variáveis explicativas selecionadas, o estudo insere-se no contexto das deliberações do Acordo de Basileia III, que preveem cumprimento, a partir de 2018, da exigência regulamentar do índice de liquidez (IL) de longo prazo. O modelo foi formulado com base em 14 hipóteses de pesquisa testadas por meio de regressões com dados em painel agrupadas, estimadas por mínimos quadrados, mínimos quadrados com efeitos fixos e mínimos quadrados em dois estágios com efeitos fixos. A variável dependente foi construída a partir de dados contábeis de 184 conglomerados e instituições financeiras individuais existentes no país entre junho de 2002 e dezembro de 2014. O ILE apresentou relação positiva com as variações da taxa de câmbio, reservas internacionais e depósitos compulsórios, além da rentabilidade, tamanho e especialidade principal das instituições. Foi encontrada relação negativa do ILE com as variáveis taxa básica de juros, risco-país, saldo da balança comercial, período de vigência do Acordo de Basileia III, tipo de controle do capital (público ou privado) e terem ou não capital aberto, com ações listadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA). A validação da relação dessas variáveis explanatórias com o ILE fornece uma compreensão mais ampla dos riscos aos quais instituições financeiras estão expostas, contribuindo para a análise preventiva do risco de liquidez bancária – indicador antecedente de crises financeiras, de perda de confiança e de instabilidade econômica. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-04-02 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/156389 10.1590/1808-057x201806350 |
url |
https://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/156389 |
identifier_str_mv |
10.1590/1808-057x201806350 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng por |
language |
eng por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/156389/151877 https://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/156389/151878 https://www.revistas.usp.br/rcf/article/view/156389/151879 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 Revista Contabilidade & Finanças info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 Revista Contabilidade & Finanças |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/pdf application/xml |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Contabilidade & Finanças; v. 30 n. 80 (2019); 252-267 Revista Contabilidade & Finanças; Vol. 30 No. 80 (2019); 252-267 Revista Contabilidade & Finanças; Vol. 30 Núm. 80 (2019); 252-267 1808-057X 1519-7077 reponame:Revista Contabilidade & Finanças (Online) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Revista Contabilidade & Finanças (Online) |
collection |
Revista Contabilidade & Finanças (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Contabilidade & Finanças (Online) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
recont@usp.br||recont@usp.br |
_version_ |
1787713777413652480 |