Qualidade de vida de estudantes de enfermagem vítimas de violência de gênero

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,Luíza Csordas Peixinho da
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Fernandes,Hugo, Hino,Paula, Taminato,Mônica, Goldman,Rosely Erlach, Adriani,Paula Arquioli, Ranzani,Camila de Morais
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Acta Paulista de Enfermagem (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002022000100404
Resumo: Resumo Objetivo Avaliar a qualidade de vida de mulheres estudantes de Enfermagem vítimas de violência de gênero e correlacionar as dimensões da qualidade de vida com os tipos de violência. Métodos Estudo transversal com 91 estudantes de Enfermagem de uma universidade pública da região Sudeste do Brasil entre setembro de 2019 e janeiro de 2020. Utilizou-se um questionário sociodemográfico, o World Health Organization Violence Against Women, seção 10, e o Abbreviated Quality of Life (WHOQOL-BREF). Resultados A maioria das estudantes eram brancas (85%), solteiras (87,9%), com idade entre 18 e 29 anos (95,6%) e residiam com familiares (74,7%). Cerca de 41,8% sofreu violência física desde os 15 anos e 30,8% violência sexual no mesmo período. Os casos de importunação sexual antes dos 15 anos ocorreram em 23,1% das participantes. Não houve domínio de qualidade de vida com médias classificadas como boas ou muito boas. Os domínios com menores classificações foram: psicológico (média 3,148) e meio ambiente (média 3,305). A violência sexual antes dos 15 anos esteve associada à menor satisfação geral com a saúde (p=0,034). Conclusão A qualidade de vida de estudantes de Enfermagem vítimas de violência de gênero requer atenção, tendo em vista a ausência de médias classificadas como “boa” ou “muito boa” nos domínios. Os efeitos da violência de gênero vão além dos danos físicos, tornando-se necessária a implementação de políticas públicas que se baseiam em estratégias de prevenção e enfrentamento desse problema de saúde pública para que as vítimas deste agravo possam ter uma melhor qualidade de vida.
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