Preditores de piora da mobilidade ao final da internação em hospital de referência em doenças infectocontagiosas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Ane Carolline Gonzaga
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Araújo, Isabella Ribeiro, Vento, Daniella Alves, Guimaraes, Viviane Assunção
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Fisioterapia e Pesquisa
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view/192129
Resumo: As doenças infectocontagiosas podem gerar complicações motoras e funcionais, prejudicando a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Além disso, observa-se que a própria internação hospitalar é uma causa importante de declínio funcional dos pacientes. Nesses casos, a fisioterapia visa preservar e restaurar a integralidade de órgãos e funções, promovendo a manutenção da amplitude de movimento, o ganho de força muscular, o treino de trocas posturais e de marcha, assim como a prática de exercícios aeróbios e a melhora da expansibilidade torácica de indivíduos hospitalizados. Os objetivos deste estudo foram descrever o perfil epidemiológico dos pacientes em um hospital de doenças infectocontagiosas e identificar preditores de piora motora ao final da internação. Trata-se de um estudo retrospectivo baseado na análise de prontuários de pacientes internados em 2016 que necessitaram de fisioterapia. Foram coletadas variáveis socioeconômicas e clínicas e realizada análise estatística descritiva e regressão logística binária para determinar os fatores preditores de piora da mobilidade ao final da internação. Foram avaliados 638 prontuários eletrônicos de pacientes internados de janeiro a dezembro de 2016 que necessitaram de fisioterapia, com prevalência do sexo masculino (66,6%) e mediana de idade de 42 anos; 50,8% dos pacientes eram portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Foram encontrados cinco fatores de risco para piora da mobilidade ao final da internação: idade, número de internações prévias, uso de ventilação mecânica, ser portador do HIV e presença de doenças oportunistas. Diante dos achados, observase a importância da atuação fisioterapêutica voltada para a melhora funcional em pacientes que cursam com internação hospitalar.
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Nesses casos, a fisioterapia visa preservar e restaurar a integralidade de órgãos e funções, promovendo a manutenção da amplitude de movimento, o ganho de força muscular, o treino de trocas posturais e de marcha, assim como a prática de exercícios aeróbios e a melhora da expansibilidade torácica de indivíduos hospitalizados. Os objetivos deste estudo foram descrever o perfil epidemiológico dos pacientes em um hospital de doenças infectocontagiosas e identificar preditores de piora motora ao final da internação. Trata-se de um estudo retrospectivo baseado na análise de prontuários de pacientes internados em 2016 que necessitaram de fisioterapia. Foram coletadas variáveis socioeconômicas e clínicas e realizada análise estatística descritiva e regressão logística binária para determinar os fatores preditores de piora da mobilidade ao final da internação. Foram avaliados 638 prontuários eletrônicos de pacientes internados de janeiro a dezembro de 2016 que necessitaram de fisioterapia, com prevalência do sexo masculino (66,6%) e mediana de idade de 42 anos; 50,8% dos pacientes eram portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Foram encontrados cinco fatores de risco para piora da mobilidade ao final da internação: idade, número de internações prévias, uso de ventilação mecânica, ser portador do HIV e presença de doenças oportunistas. Diante dos achados, observase a importância da atuação fisioterapêutica voltada para a melhora funcional em pacientes que cursam com internação hospitalar.Infectious diseases may lead to motor and functional complications, impairing the quality of life of affected individuals. Moreover, hospitalization itself is considered an important cause of functional decline in patients. In these cases, physiotherapy aims to preserve and restore the integrity of organs and functions, promoting the maintenance of range of motion, the gain of muscle strength, the training of postural changes and gait, as well as the practice of aerobic exercises and the improvement of thoracic expandability in hospitalized individuals. This study aimed to describe the epidemiological profile of patients at a reference hospital for infectious analysis of medical records of patients hospitalized in 2016 who required physiotherapy. Data consisted of socioeconomic and clinical variables, and the predictors of mobility impairment after hospitalization were determined by descriptive statistics and binary logistic regression. Among the 638 electronic medical records of patients hospitalized from January to December 2016 who required physiotherapy, 66.6% were men with median age of 42 years and 50.8% were HIV-positive. We verified five risk factors for mobility impairment after hospitalization: age, number of previous hospitalizations, use of mechanical ventilation, HIV-infected patients, and presence of opportunistic infections. Our findings point to the importance of physiotherapy for improving functional mobility in hospitalized patients. diseases and identify predictors of mobility impairment after hospitalization This is a retrospective study based on the analysis of medical records of patients hospitalized in 2016 who required physiotherapy. Data consisted of socioeconomic and clinical variables, and the predictors of mobility impairment after hospitalization were determined by descriptive statistics and binary logistic regression. Among the 638 electronic medical records of patients hospitalized from January to December 2016 who required physiotherapy, 66.6% were men with median age of 42 years and 50.8% were HIV-positive. We verified five risk factors for mobility impairment after hospitalization: age, number of previous hospitalizations, use of mechanical ventilation, HIV-infected patients, and presence of opportunistic infections. Our findings point to the importance of physiotherapy for improving functional mobility in hospitalized patients.Las enfermedades infectocontagiosas pueden ocasionar complicaciones motoras y funcionales, perjudicando la calidad de vida de las personas afectadas. Además, se observa que la propia hospitalización es una causa importante del deterioro funcional de los pacientes. En estos casos, la fisioterapia tiene como objetivo preservar y restaurar la integralidad de órganos y funciones, promoviendo el mantenimiento de la amplitud de movimiento, la ganancia de fuerza muscular, el entrenamiento de cambios posturales y de marcha, así como la práctica de ejercicios aeróbicos y la mejora de expansión torácica de los pacientes hospitalizados. Los objetivos de este estudio fueron describir el perfil epidemiológico de los pacientes en un hospital para enfermedades infectocontagiosas, así como identificar los predictores de empeoramiento motor al final de la hospitalización. Este es un estudio retrospectivo con base en el análisis de historias clínicas de pacientes hospitalizados en 2016 que requirieron fisioterapia. Se recogieron variables socioeconómicas y clínicas y se realizó análisis estadístico descriptivo y regresión logística binaria para determinar los factores predictores de empeoramiento de la movilidad al final de la hospitalización. Se evaluaron 638 historias clínicas electrónicas de pacientes hospitalizados en el período de enero a diciembre de 2016 que requirieron fisioterapia, con prevalencia de varones (66,6%) y una mediana de edad de 42 años; el 50,8% de los pacientes tenían el virus de la inmunodeficiencia humana (VIH). Se encontraron cinco factores de riesgo de empeoramiento de la movilidad al final de la hospitalización: edad, número de hospitalizaciones previas, uso de ventilación mecánica, ser VIH positivo y presencia de enfermedades oportunistas. Los hallazgos evidencian la importancia de la fisioterapia dirigida a la mejora funcional en los pacientes hospitalizados.Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina2023-02-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view/19212910.1590/1809-2950/20021528012021Fisioterapia e Pesquisa; Vol. 28 No. 1 (2021); 70-76Fisioterapia e Pesquisa; Vol. 28 Núm. 1 (2021); 70-76Fisioterapia e Pesquisa; v. 28 n. 1 (2021); 70-762316-91171809-2950reponame:Fisioterapia e Pesquisainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view/192129/177051https://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view/192129/177052Copyright (c) 2021 Ferreira ACG, Araujo IR, Vento DA, Guimaraes VAhttps://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessFerreira, Ane Carolline Gonzaga Araújo, Isabella Ribeiro Vento, Daniella Alves Guimaraes, Viviane Assunção 2023-05-26T12:46:28Zoai:revistas.usp.br:article/192129Revistahttp://www.revistas.usp.br/fpuspPUBhttps://www.revistas.usp.br/fpusp/oai||revfisio@usp.br2316-91171809-2950opendoar:2023-05-26T12:46:28Fisioterapia e Pesquisa - Universidade de São Paulo (USP)false
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