Relação entre síndrome de ansiedade por separação e castração em cães

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Assis, Luiza Cervenka Bueno de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-27032023-163335/
Resumo: O número de cães nos lares brasileiros está cada vez maior. Todavia, os cãos passam mais tempo sozinhos, devido ao estilo de vida dos seus tutores. Um dos problemas de comportamento mais comuns, relatados pelos tutores é a Síndrome de Ansiedade por Separação (SAS). Os fatores que influenciam, o diagnóstico e o tratamento desse problema comportamental ainda são imprecisos. Castração, idade, sexo do animal, apego ao tutor, despedida do tutor ao sair e os brinquedos oferecidos são algumas das variáveis que podem determinar o aparecimento ou não de sinais de SAS. O diagnóstico de SAS depende, na maioria dos casos, única e exclusivamente, da observação do tutor, por meio de questionários. Essa ferramenta deve ser clara, compreensível a todos e com opções de respostas que contemplem todas as realidades. Os principais questionários utilizados para SAS são C-Barq, C-barq + DOQOL e CHQLS-15, PANAS, S&G, MCPQ-R, QI-SASA e Questionário de Lincoln para SAS. Diante deste cenário, o presente trabalho teve como objetivos: fazer um levantamento de cães brasileira com SAS, bem como avaliar quais são os fatores que mais influenciam nos sinais desta síndrome e verificar se, questionário, cortisol salivar e vídeos comportamentais unidos são ferramentas de análise importantes para o diagnóstico em questão. Um novo questionário foi proposto, nominado AASC (Ansiedade e Angústia por Separação em Cães), contendo 39 questões sobre comportamento do cão na presença e ausência de seu tutor. A fim de avaliar quais os fatores podem influenciar na SAS, 3272 tutores responderam ao questionário AASC. Dentre todos os respondentes, 24 cães foram selecionados (12 com pelo menos um sinal de SAS e 12 sem sinais positivos); todos tiveram amostras salivares coletadas para mensuração do cortisol com e sem a presença do tutor e seus comportamentos observados por meio de vídeos, na chegada e saída do tutor. Dentre todas as variáveis observadas, a castração, idade da castração, idade do cão, frequência com que ele recebe novos brinquedos junto ao tutor e os brinquedos ou comidas deixadas antes da saída foram as que mais influenciaram nos sinais de SAS. Cães castrados precocemente apresentaram mais chances de desenvolver a síndrome. O cortisol não se mostrou um bom preditor para diagnóstico de SAS. Os comportamentos apresentados pelo cão na chegada do tutor parecem ser a forma mais precisa de avaliar como ele irá reagir quando sozinho. Mais estudos se fazem necessários para avaliar o histórico de vida do animal, a fim de compreender melhor quais outros fatores influenciam na SAS, e prevenir este problema comportamental que afeta o bem-estar de cães e tutores.
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spelling Relação entre síndrome de ansiedade por separação e castração em cãesRelationship between separation anxiety syndrome and castration in dogsAnsiedade por separaçãoBehaviorCastraçãoCastrationComportamentoCortisolCortisolGonadectomiaGonadectomyQuestionárioQuestionnaireSeparation anxietyO número de cães nos lares brasileiros está cada vez maior. Todavia, os cãos passam mais tempo sozinhos, devido ao estilo de vida dos seus tutores. Um dos problemas de comportamento mais comuns, relatados pelos tutores é a Síndrome de Ansiedade por Separação (SAS). Os fatores que influenciam, o diagnóstico e o tratamento desse problema comportamental ainda são imprecisos. Castração, idade, sexo do animal, apego ao tutor, despedida do tutor ao sair e os brinquedos oferecidos são algumas das variáveis que podem determinar o aparecimento ou não de sinais de SAS. O diagnóstico de SAS depende, na maioria dos casos, única e exclusivamente, da observação do tutor, por meio de questionários. Essa ferramenta deve ser clara, compreensível a todos e com opções de respostas que contemplem todas as realidades. Os principais questionários utilizados para SAS são C-Barq, C-barq + DOQOL e CHQLS-15, PANAS, S&G, MCPQ-R, QI-SASA e Questionário de Lincoln para SAS. Diante deste cenário, o presente trabalho teve como objetivos: fazer um levantamento de cães brasileira com SAS, bem como avaliar quais são os fatores que mais influenciam nos sinais desta síndrome e verificar se, questionário, cortisol salivar e vídeos comportamentais unidos são ferramentas de análise importantes para o diagnóstico em questão. Um novo questionário foi proposto, nominado AASC (Ansiedade e Angústia por Separação em Cães), contendo 39 questões sobre comportamento do cão na presença e ausência de seu tutor. A fim de avaliar quais os fatores podem influenciar na SAS, 3272 tutores responderam ao questionário AASC. Dentre todos os respondentes, 24 cães foram selecionados (12 com pelo menos um sinal de SAS e 12 sem sinais positivos); todos tiveram amostras salivares coletadas para mensuração do cortisol com e sem a presença do tutor e seus comportamentos observados por meio de vídeos, na chegada e saída do tutor. Dentre todas as variáveis observadas, a castração, idade da castração, idade do cão, frequência com que ele recebe novos brinquedos junto ao tutor e os brinquedos ou comidas deixadas antes da saída foram as que mais influenciaram nos sinais de SAS. Cães castrados precocemente apresentaram mais chances de desenvolver a síndrome. O cortisol não se mostrou um bom preditor para diagnóstico de SAS. Os comportamentos apresentados pelo cão na chegada do tutor parecem ser a forma mais precisa de avaliar como ele irá reagir quando sozinho. Mais estudos se fazem necessários para avaliar o histórico de vida do animal, a fim de compreender melhor quais outros fatores influenciam na SAS, e prevenir este problema comportamental que afeta o bem-estar de cães e tutores.The number of dogs in Brazilian homes is increasing. However, dogs spend more time alone due to their owner ’s lifestyle. One of the most common behavior problems reported by dog owners is Separation Anxiety Syndrome (SAS). Nevertheless, the factors that influence the diagnosis and treatment of this behavior problem are still vague. Castration, age, sex of the animal, attachment to their owner, saying goodbye when leaving, and toys offered are some of the variables that can determine the appearance or not of signs of SAS. The diagnosis of SAS depends, in most cases, only and exclusively on the owner\'s observation, guided by questionnaires. This tool must be clear, comprehensible to all and with options of answers that contemplate all realities. The main questionnaires used for SAS are C-Barq, C-barq + DOQOL and CHQLS-15, PANAS, S&G, MCPQ-R, IQ-SASA and Lincoln Questionnaire for SAS. Given that, the present work aimed to know the brazilian dogs reality with SAS, evaluate which factores influence the most SAS signs e verify if the questionnaire, salivar cortisol and behavior videos together are useful tools to analyse important mesures to this issue. A new questionnaire was proposed, named as AASC (Dog’s Separation Anxiety and Anguish). In order to assess which factors can influence SAS, 3,272 owners answered the ASSC questionnaire. Beside all the answers, 24 dogs were selected (12 with one or more signs of SAS and 12 with no positive sign); all of them had their saliva collected for cortisol measurement with and without the presence of their owner and the behaviors analysed throw video, when the owner arrives and when he goes away. Among all the variables, castration, age at castration, dog ’s age, frequency with which dogs receive new toys from their tutores, and toys or food left before going away were the factors that most influenced signs of SAS. Earlier castration was associated with more chance to present SAS. Cortisol was not a good predictor for the diagnosis of SAS. The behaviors presented by the dog when the owner arrives seem to be the most accurate way to assess how it will react when left alone. More studies are needed to evaluate the animal ’s life history, in order to better understand what other factors influence SAS, and to prevent this behavioral problem that affects the well-being of dogs and guardians.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPizzutto, Cristiane SchilbachAssis, Luiza Cervenka Bueno de2023-01-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-27032023-163335/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-05-08T15:01:59Zoai:teses.usp.br:tde-27032023-163335Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-05-08T15:01:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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