Prevalência e caracterização do trismo em pacientes tratados por câncer de cabeça e pescoço
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-08122014-152458/ |
Resumo: | Introdução: O câncer de cabeça e pescoço acomete diversas estruturas do trato aerodigestivo superior e seu tratamento pode ser multimodal ou exclusivo envolvendo cirurgia (CR), radioterapia (RDT) e quimioterapia (QT). O câncer assim como seu tratamento pode levar a diversas alterações funcionais, entre elas a limitação na abertura da boca, o trismo. Esta complicação geralmente afeta hábitos de vida diária, como alimentação e higiene oral. Assim, pode haver significativo impacto na qualidade de vida. Objetivos: Avaliar pacientes com câncer de cabeça e pescoço submetidos a tratamento cirúrgico e/ou radioquimioterápico quanto à presença de trismo, identificar a prevalência de trismo e características comuns para o seu desenvolvimento nestes pacientes, além do seu impacto na qualidade de vida. Material e Método: Estudo descritivo que avaliou pacientes do A.C. Camargo Cancer Center, tratados por câncer de cabeça e pescoço. A avaliação foi composta de anamnese, medida de máxima abertura vertical (MAV) bucal com um paquímetro, avaliação da dor pela Escala Visual Analógica (EVA) e avaliação da qualidade de vida pelo questionário de qualidade de vida da Universidade de Washington. Foram incluídos no estudo 313 participantes entre 19 e 89 anos, de ambos os sexos, diagnosticados e tratados por câncer de boca, orofaringe, seios paranasais ou nasofaringe. Foram excluídos aqueles que apresentavam recidivas ou comorbidades não controladas. Resultados: A prevalência do trismo na amostra estudada foi de 30%. O maior número de indivíduos com trismo esteve presente nos grupos que apresentavam tumores em estádio clínico mais avançado (T3, 37%; T4, 55%) que realizaram tratamento curativo combinado (CR+RDT+QT, 43%; CR+RDT, 39%; RDT+QT, 39%), e que necessitaram de sonda de alimentação enteral por mais tempo (Com trismo, Média = 71 dias; Sem trismo, Média = 44 dias). Estes dados foram significativos na análise multivariada. O trismo não apresentou relação significativa com a idade (p=0,26) ou gênero (p=0,13) dos indivíduos, localização do tumor (p=0,139), dose total (p=0,92) e modalidade da RDT (p=0,078). A necessidade de realização de reconstrução cirúrgica (p=0,0032) e a realização de fisioterapia para tratamento do trismo (p=0,0394) foram variáveis que também apresentaram significativa relação com o trismo. Pacientes que apresentaram trismo tinham significativamente pior qualidade de vida. Conclusão: Fatores relacionados ao tumor, assim como seu tratamento apresentaram papel significativo no desenvolvimento do trismo. Esta é uma complicação que afeta quase 1/3 dos pacientes tratados por câncer de cabeça e pescoço e compromete signficativamente a qualidade de vida |
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Prevalência e caracterização do trismo em pacientes tratados por câncer de cabeça e pescoçoPrevalence and characterization of trismus in patients treated for head and neck cancerAvaliaçãoEvaluationHead and neck neoplasmsNeoplasias de cabeça e pescoçoQualidade de vidaQuality of lifeRadioterapiaRadiotherapyTerapêuticaTherapeuticsTrismoTrismo/complicaçõesTrismusTrismus/complicationsIntrodução: O câncer de cabeça e pescoço acomete diversas estruturas do trato aerodigestivo superior e seu tratamento pode ser multimodal ou exclusivo envolvendo cirurgia (CR), radioterapia (RDT) e quimioterapia (QT). O câncer assim como seu tratamento pode levar a diversas alterações funcionais, entre elas a limitação na abertura da boca, o trismo. Esta complicação geralmente afeta hábitos de vida diária, como alimentação e higiene oral. Assim, pode haver significativo impacto na qualidade de vida. Objetivos: Avaliar pacientes com câncer de cabeça e pescoço submetidos a tratamento cirúrgico e/ou radioquimioterápico quanto à presença de trismo, identificar a prevalência de trismo e características comuns para o seu desenvolvimento nestes pacientes, além do seu impacto na qualidade de vida. Material e Método: Estudo descritivo que avaliou pacientes do A.C. Camargo Cancer Center, tratados por câncer de cabeça e pescoço. A avaliação foi composta de anamnese, medida de máxima abertura vertical (MAV) bucal com um paquímetro, avaliação da dor pela Escala Visual Analógica (EVA) e avaliação da qualidade de vida pelo questionário de qualidade de vida da Universidade de Washington. Foram incluídos no estudo 313 participantes entre 19 e 89 anos, de ambos os sexos, diagnosticados e tratados por câncer de boca, orofaringe, seios paranasais ou nasofaringe. Foram excluídos aqueles que apresentavam recidivas ou comorbidades não controladas. Resultados: A prevalência do trismo na amostra estudada foi de 30%. O maior número de indivíduos com trismo esteve presente nos grupos que apresentavam tumores em estádio clínico mais avançado (T3, 37%; T4, 55%) que realizaram tratamento curativo combinado (CR+RDT+QT, 43%; CR+RDT, 39%; RDT+QT, 39%), e que necessitaram de sonda de alimentação enteral por mais tempo (Com trismo, Média = 71 dias; Sem trismo, Média = 44 dias). Estes dados foram significativos na análise multivariada. O trismo não apresentou relação significativa com a idade (p=0,26) ou gênero (p=0,13) dos indivíduos, localização do tumor (p=0,139), dose total (p=0,92) e modalidade da RDT (p=0,078). A necessidade de realização de reconstrução cirúrgica (p=0,0032) e a realização de fisioterapia para tratamento do trismo (p=0,0394) foram variáveis que também apresentaram significativa relação com o trismo. Pacientes que apresentaram trismo tinham significativamente pior qualidade de vida. Conclusão: Fatores relacionados ao tumor, assim como seu tratamento apresentaram papel significativo no desenvolvimento do trismo. Esta é uma complicação que afeta quase 1/3 dos pacientes tratados por câncer de cabeça e pescoço e compromete signficativamente a qualidade de vidaIntroduction: Head and neck cancer (HNC) affects several structures the upper aerodigestive tract and its treatment can be uni or multimodal. It may involve surgery (S), radiotherapy (RT) and chemotherapy (CT). Cancer and its treatment can lead to several functional changes, including limitation of mouth opening, diagnosed as trismus. This complication usually affects daily living habits, such as food intake and oral hygiene. Thus, there may be a significant impact on quality of life. Purpose: To evaluate patients with HNC who underwent surgery and / or chemoradiotherapy for the presence of trismus, indentify characteristics associated with this complication and its impact on quality of life. Materials and Methods: This is a descriptive study assessing trismus in HNC patients treated at A. C. Camargo Cancer Center. The evaluations consisted of an interview, measurement of mouth opening with a caliper, pain assessment by visual analogue scale (VAS) and quality of life evaluation with the University of Washington Quality of Life Questionnaire. The study included 313 participants aged 19-89 years, of both genders, diagnosed and treated for cancer of the mouth, oropharynx, paranasal sinuses or nasopharynx. Patients who had relapses or uncontrolled comorbidities were not considered eligible for the study. Results: The prevalence of trismus in the sample was 30%. Trismus was more frequent in the groups that had more advanced clinical stage (37%, T3; 55%, T4), who underwent combined curative treatment (S + RT + CT, 43%; S + RT, 39%; RT + CT, 39%), and those who required enteral feeding tube for longer periods (with trismus, Mean = 71 days; No trismus, Mean = 44 days). These data were confirmed by multivariate analysis. No relationship was found between the presence of trismus and age (p = 0.26) or gender (p = 0.13), tumor location (p = 0.139), total dose (p = 0.92) and modality of RT (p = 0.078). The presence of trismus was correlated with surgical reconstruction (p = 0.0032) and physical therapy to treat trismus (p = 0.0394). Patients with trismus had significantly worse quality of life (UW composite scores) (p=0.021). Conclusion: Factors related to the tumor, as well as their treatment had a significant role in the development of trismus. This sequelae occurs in one third of the treated head and neck cancer patients and significantly impact quality of lifeBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPKowalski, Luiz PauloGonçalves, Mayara2014-09-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-08122014-152458/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:55Zoai:teses.usp.br:tde-08122014-152458Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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