Ciclagem de nutrientes e variações do microclima em plantações de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden manejadas através de desbastes progressivos.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kolm, Luciana
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-30072002-151746/
Resumo: O presente trabalho aborda a ciclagem de nutrientes e aspectos do microclima em plantações de Eucalyptus grandis de 20 anos, manejadas pelo método CCT, em 3 intensidades de desbaste (T0 = 0%, T1 = 67% e T2 = 83% de desbaste). As áreas de estudo localizam-se na Fazenda Santa Terezinha, propriedade da empresa Eucatex S.A., no município de Bofete - SP. O clima da região é do tipo Cwa, segundo a classificação de Köpen, e o solo é classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo transição para Areia Quartzosa. Em relação aos aspectos microclimáticos, verificou-se que os tratamentos desbastados (T1 e T2) interceptaram menos luz que os tratamento testemunha (T0). Seus valores de radiação fotossinteticamente ativa e ILR (%) foram, em geral, maiores que os do T0. As temperaturas mensais variaram pouco entre os tratamentos. O T2 apresentou a maior amplitude térmica, e as temperaturas médias foram ligeiramente superiores às dos demais tratamentos. Em todas as profundidades (0-5, 6-30 e 31-60 cm), o T0 manteve os maiores teores de umidade do solo. A deposição de serapilheira (estudada de outubro de 1998 a setembro de 1999) foi estatisticamente semelhante entre os tratamentos, embora os tratamentos com desbaste (T1 e T2) tenham depositado quantias ligeiramente maiores. Os teores de nutrientes e a sua transferência, pela deposição mensal de serapilheira, foram em geral mais altos nos tratamentos com desbaste. As taxas de deposição anual nos tratamentos T0, T1 e T2 foram de 10,2; 10,9; 10,4 t/ha/ano, respectivamente. A biomassa de serapilheira acumulada sobre o solo foi de 18,1 t/ha no T0, 13,4 t/ha no T1 e 14,8 t/ha no T2. Nos tratamentos com desbaste, os teores médios anuais de nutrientes da serapilheira acumulada foram geralmente iguais ou maiores que os do T0; porém, seus estoques foram inferiores aos do T0. A decomposição da serapilheira foi mais rápida nos tratamentos com desbaste, provocando menores acúmulos desta sobre o solo. Os estoques de P, K, Ca e Mg no solo foram superiores nos tratamentos desbastados (principalmente no T1). Devido à sua lenta velocidade de decomposição e imobilização dos nutrientes na camada de serapilheira, o T0 apresentou os menores estoques de nutrientes no solo (exceto para N). A aplicação de desbastes progressivos em povoamentos de eucaliptos, quando manejados em regimes de ciclos mais longos do que usualmente vem sendo aplicados atualmente (5 - 6 anos), podem favorecer a reciclagem dos nutrientes que entram no ecossistema, conservando mais eficientemente seus estoques no sistema (solo + serapilheira) e contribuindo para manter a produtividade do sítio.
id USP_00d8a495fe83ec2bca57cacbf4459664
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-30072002-151746
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Ciclagem de nutrientes e variações do microclima em plantações de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden manejadas através de desbastes progressivos.Nutrient cycling and variations of microclimate within a eucalyptus grandis hill ex maiden plantation of a progressive thinning management.ciclagem de nutrientedecomposiçãodecompositiondesbasteecologia florestaleucaliptoeucalyptusforest ecologymicroclimamicroclimatenutrient cyclingthinningO presente trabalho aborda a ciclagem de nutrientes e aspectos do microclima em plantações de Eucalyptus grandis de 20 anos, manejadas pelo método CCT, em 3 intensidades de desbaste (T0 = 0%, T1 = 67% e T2 = 83% de desbaste). As áreas de estudo localizam-se na Fazenda Santa Terezinha, propriedade da empresa Eucatex S.A., no município de Bofete - SP. O clima da região é do tipo Cwa, segundo a classificação de Köpen, e o solo é classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo transição para Areia Quartzosa. Em relação aos aspectos microclimáticos, verificou-se que os tratamentos desbastados (T1 e T2) interceptaram menos luz que os tratamento testemunha (T0). Seus valores de radiação fotossinteticamente ativa e ILR (%) foram, em geral, maiores que os do T0. As temperaturas mensais variaram pouco entre os tratamentos. O T2 apresentou a maior amplitude térmica, e as temperaturas médias foram ligeiramente superiores às dos demais tratamentos. Em todas as profundidades (0-5, 6-30 e 31-60 cm), o T0 manteve os maiores teores de umidade do solo. A deposição de serapilheira (estudada de outubro de 1998 a setembro de 1999) foi estatisticamente semelhante entre os tratamentos, embora os tratamentos com desbaste (T1 e T2) tenham depositado quantias ligeiramente maiores. Os teores de nutrientes e a sua transferência, pela deposição mensal de serapilheira, foram em geral mais altos nos tratamentos com desbaste. As taxas de deposição anual nos tratamentos T0, T1 e T2 foram de 10,2; 10,9; 10,4 t/ha/ano, respectivamente. A biomassa de serapilheira acumulada sobre o solo foi de 18,1 t/ha no T0, 13,4 t/ha no T1 e 14,8 t/ha no T2. Nos tratamentos com desbaste, os teores médios anuais de nutrientes da serapilheira acumulada foram geralmente iguais ou maiores que os do T0; porém, seus estoques foram inferiores aos do T0. A decomposição da serapilheira foi mais rápida nos tratamentos com desbaste, provocando menores acúmulos desta sobre o solo. Os estoques de P, K, Ca e Mg no solo foram superiores nos tratamentos desbastados (principalmente no T1). Devido à sua lenta velocidade de decomposição e imobilização dos nutrientes na camada de serapilheira, o T0 apresentou os menores estoques de nutrientes no solo (exceto para N). A aplicação de desbastes progressivos em povoamentos de eucaliptos, quando manejados em regimes de ciclos mais longos do que usualmente vem sendo aplicados atualmente (5 - 6 anos), podem favorecer a reciclagem dos nutrientes que entram no ecossistema, conservando mais eficientemente seus estoques no sistema (solo + serapilheira) e contribuindo para manter a produtividade do sítio.This study characterizes nutrient cycling and microclimate conditions within a 20-year-old Eucalyptus grandis plantation with three thinning intensity treatments of Correlated Curve Trend (CCT) management method (T0 = 0%, T1 = 67% and T2 = 83% of thinning intensity). This project was located in Bofete - SP, in the Santa Terezinha Farm, of Eucatex S.A. The climate of site is Cwa, according to Köpen classification, and the type soil is a Haplustox with a transition to Quartz Psamment. In respect to microclimate measurements, the thinned treatments (T1 and T2) intercepted less light than the non-thinned treatment (T0). Its photosynthetic radiation and IRL (%) were generally higher then the T0’values. Montly temperature fluctuations were minimal among the treatments. T2 presented the highest thermical fluctuation, and their temperatures were higher than the other treatments. At all soil depths (0-5, 6-30 and 31-60 cm), the moisture contents were greater in T0. Litter production (measured from October, 1998 to September, 1999) was similar among the treatments, but there was somewhat more litterfall in thinned treatments (T1 and T2). Annual litterfall in treatments T0, T1 and T2 were 10.22, 10.87 and 10.39 t/ha/year respectively. The concentration of nutrients and their return through litterfall were generally greater in thinned treatments. Biomass of forest floor litter was 18.13 t/ha in T0, 13.43 t/ha in T1 and 14.83 t/ha in T2. Thinned treatments had equal to or higher than annual concentrations of forest floor litter when compared with T0. However, the amount of nutrients was less than T0. Litter decomposition was faster in the thinned treatments, and there was less forest floor litter in thinned treatments. Soil P, K, Ca and Mg contents were higher in thinned treatments, especially in T1. Due to its slow forest floor litter decomposition and its consequent nutrient immobilization, T0 had lower soil nutrient contents, except for N. The use of thinning practices in long rotation can improve nutrient cycling of atmospheric input, conserve the amount of nutrients in the soil-litter system and improve the site productivity.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPoggiani, FabioKolm, Luciana2001-05-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-30072002-151746/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-04-11T16:25:37Zoai:teses.usp.br:tde-30072002-151746Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-04-11T16:25:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Ciclagem de nutrientes e variações do microclima em plantações de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden manejadas através de desbastes progressivos.
Nutrient cycling and variations of microclimate within a eucalyptus grandis hill ex maiden plantation of a progressive thinning management.
title Ciclagem de nutrientes e variações do microclima em plantações de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden manejadas através de desbastes progressivos.
spellingShingle Ciclagem de nutrientes e variações do microclima em plantações de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden manejadas através de desbastes progressivos.
Kolm, Luciana
ciclagem de nutriente
decomposição
decomposition
desbaste
ecologia florestal
eucalipto
eucalyptus
forest ecology
microclima
microclimate
nutrient cycling
thinning
title_short Ciclagem de nutrientes e variações do microclima em plantações de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden manejadas através de desbastes progressivos.
title_full Ciclagem de nutrientes e variações do microclima em plantações de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden manejadas através de desbastes progressivos.
title_fullStr Ciclagem de nutrientes e variações do microclima em plantações de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden manejadas através de desbastes progressivos.
title_full_unstemmed Ciclagem de nutrientes e variações do microclima em plantações de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden manejadas através de desbastes progressivos.
title_sort Ciclagem de nutrientes e variações do microclima em plantações de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden manejadas através de desbastes progressivos.
author Kolm, Luciana
author_facet Kolm, Luciana
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Poggiani, Fabio
dc.contributor.author.fl_str_mv Kolm, Luciana
dc.subject.por.fl_str_mv ciclagem de nutriente
decomposição
decomposition
desbaste
ecologia florestal
eucalipto
eucalyptus
forest ecology
microclima
microclimate
nutrient cycling
thinning
topic ciclagem de nutriente
decomposição
decomposition
desbaste
ecologia florestal
eucalipto
eucalyptus
forest ecology
microclima
microclimate
nutrient cycling
thinning
description O presente trabalho aborda a ciclagem de nutrientes e aspectos do microclima em plantações de Eucalyptus grandis de 20 anos, manejadas pelo método CCT, em 3 intensidades de desbaste (T0 = 0%, T1 = 67% e T2 = 83% de desbaste). As áreas de estudo localizam-se na Fazenda Santa Terezinha, propriedade da empresa Eucatex S.A., no município de Bofete - SP. O clima da região é do tipo Cwa, segundo a classificação de Köpen, e o solo é classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo transição para Areia Quartzosa. Em relação aos aspectos microclimáticos, verificou-se que os tratamentos desbastados (T1 e T2) interceptaram menos luz que os tratamento testemunha (T0). Seus valores de radiação fotossinteticamente ativa e ILR (%) foram, em geral, maiores que os do T0. As temperaturas mensais variaram pouco entre os tratamentos. O T2 apresentou a maior amplitude térmica, e as temperaturas médias foram ligeiramente superiores às dos demais tratamentos. Em todas as profundidades (0-5, 6-30 e 31-60 cm), o T0 manteve os maiores teores de umidade do solo. A deposição de serapilheira (estudada de outubro de 1998 a setembro de 1999) foi estatisticamente semelhante entre os tratamentos, embora os tratamentos com desbaste (T1 e T2) tenham depositado quantias ligeiramente maiores. Os teores de nutrientes e a sua transferência, pela deposição mensal de serapilheira, foram em geral mais altos nos tratamentos com desbaste. As taxas de deposição anual nos tratamentos T0, T1 e T2 foram de 10,2; 10,9; 10,4 t/ha/ano, respectivamente. A biomassa de serapilheira acumulada sobre o solo foi de 18,1 t/ha no T0, 13,4 t/ha no T1 e 14,8 t/ha no T2. Nos tratamentos com desbaste, os teores médios anuais de nutrientes da serapilheira acumulada foram geralmente iguais ou maiores que os do T0; porém, seus estoques foram inferiores aos do T0. A decomposição da serapilheira foi mais rápida nos tratamentos com desbaste, provocando menores acúmulos desta sobre o solo. Os estoques de P, K, Ca e Mg no solo foram superiores nos tratamentos desbastados (principalmente no T1). Devido à sua lenta velocidade de decomposição e imobilização dos nutrientes na camada de serapilheira, o T0 apresentou os menores estoques de nutrientes no solo (exceto para N). A aplicação de desbastes progressivos em povoamentos de eucaliptos, quando manejados em regimes de ciclos mais longos do que usualmente vem sendo aplicados atualmente (5 - 6 anos), podem favorecer a reciclagem dos nutrientes que entram no ecossistema, conservando mais eficientemente seus estoques no sistema (solo + serapilheira) e contribuindo para manter a produtividade do sítio.
publishDate 2001
dc.date.none.fl_str_mv 2001-05-29
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-30072002-151746/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-30072002-151746/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815257503492997120