Estudo do efeito in vitro de extratos do rizoma de Dorstenia asaroides Hook. sobre fatores cariogênicos de Streptococcus mutans

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: D'Angelis, Carlos Eduardo Mendes
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-20092011-142907/
Resumo: Dorstenia asaroides Hook. é um erva perene, conhecida como carapiá, utilizada na medicina popular contra uma variedade de enfermidades. Este estudo teve como objetivo obter e caracterizar o perfil fitoquímico de frações orgânicas (hexânica, acetato e clorofórmica) do extrato de rizomas de D. asaroides, bem como avaliar o efeito in vitro sobre Streptococcus mutans ATCC 25175 (multiplicação, potencial acidogênico e biofilme) e analisar a citotoxicidade destas frações. Os extratos estudados foram obtidos a partir do extrato bruto (rizomas tratados com etanol). A fração hexânica (FrH) revelou a presença de ácidos graxos e/ou seus ésteres metílicos ou etílicos, além de um esteróide, campesterol e triterpenos. A fração acetato (FrA) é composta principalmente de furanocumarina e um triterpeno, já a fração clorofórmica (FrC) é composta pelas furanocumarinas: isopsoraleno e/ou psoraleno e bergapteno. As frações que apresentaram maior valor de inibição do potencial acidogênico foram FrH e FrA, ambas com 100% de inibição na concentração de 12,5mg/mL. A concentração inibitório mínima (CIM) para FrH e FrC foi igual a 80µg/mL, e 50µg/mL para FrA. Nos estudos de biofilme, verificou-se que a partir de 3h de incubação S. mutans foi capaz de aderir a superfícies de vidro e aço inoxidável, formando biofilme em 9h de incubação com populações médias de 3,41 Log de UFC/cm2 nas lâminas de vidro e de 4,84 Log de UFC/cm2 nas lâminas de aço inoxidável. Os melhores resultados de controle de biofilme foram obtidos com a fração FrA, a qual apresentou diferenças significativas em relação ao controle. As frações hexânica e acetato não se mostraram citotóxicas em concentrações inferiores a 6,25µg/mL. Já para a fração clorofórmica, não houve citotoxicidade em concentrações menores que 25µg/mL. Os resultados obtidos com as frações FrH, FrA e FrC do extrato de rizomas de D. asaroides mostram-se promissores, uma vez que apresentaram potencial anticariogênico sobre S. mutans.
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