Efeito da laminação a frio na reversão parcial da martensita em austenita durante tratamento térmico de envelhecimento de aço maraging 350.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3133/tde-05042021-160157/ |
Resumo: | Os aços maraging são aços de ultra alta resistência mecânica, cujo principal mecanismo de aumento de resistência mecânica é o endurecimento por precipitação, que ocorre durante o tratamento térmico de envelhecimento aplicado após a têmpera. O envelhecimento em tempos muito prolongados e temperaturas muito altas pode acarretar coalescimento e crescimento dos precipitados e, com isso, diminuição da resistência mecânica, tal fenômeno é classificado como superenvelhecimento. Diferentemente de outros materiais endurecíveis por precipitação, associada à essa transformação, também pode ocorrer a reversão parcial de martensita em austenita. Neste trabalho, foram estudados a formação da austenita revertida, que ocorre principalmente entre 600 e 700 ºC, assim como o efeito da deformação a frio aplicada depois da têmpera no aço maraging 350. Foram utilizadas várias técnicas de análise microestrutural, tais como microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura e difração de elétrons retroespalhados (EBSD) que permitiram analisar a morfologia da martensita e austenita revertida, além de avaliar a orientação cristalográfica do material. Difração de raios-X ex situ e in situ foram utilizadas para identificar e quantificar a fração volumétrica das fases presentes, esta última ainda permitiu quantificar a mudança do parâmetro de rede dessas fases e largura a meia altura do pico durante o tratamento de reversão da austenita. Medidas de microdureza Vickers e de ferritoscopia foram utilizadas para comparação da quantificação da austenita revertida com os outros métodos especificados. Os resultados mostram que a presença da deformação alterou a quantidade de austenita revertida ao fim do processo de envelhecimento e, além disso, proporcionou a recristalização do material para envelhecimentos a 700 °C. Confirmou-se também que a formação da austenita revertida ocorre simultaneamente à formação de determinados precipitados. |
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Efeito da laminação a frio na reversão parcial da martensita em austenita durante tratamento térmico de envelhecimento de aço maraging 350.Effect of cold rolling on partial reversion of martensite in austenite during aging heat treatment of maraging 350 steel.AgingCold deformationMaraging steelMateriais ferrososMetalografia microscópicaReverted austeniteTratamento térmicoOs aços maraging são aços de ultra alta resistência mecânica, cujo principal mecanismo de aumento de resistência mecânica é o endurecimento por precipitação, que ocorre durante o tratamento térmico de envelhecimento aplicado após a têmpera. O envelhecimento em tempos muito prolongados e temperaturas muito altas pode acarretar coalescimento e crescimento dos precipitados e, com isso, diminuição da resistência mecânica, tal fenômeno é classificado como superenvelhecimento. Diferentemente de outros materiais endurecíveis por precipitação, associada à essa transformação, também pode ocorrer a reversão parcial de martensita em austenita. Neste trabalho, foram estudados a formação da austenita revertida, que ocorre principalmente entre 600 e 700 ºC, assim como o efeito da deformação a frio aplicada depois da têmpera no aço maraging 350. Foram utilizadas várias técnicas de análise microestrutural, tais como microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura e difração de elétrons retroespalhados (EBSD) que permitiram analisar a morfologia da martensita e austenita revertida, além de avaliar a orientação cristalográfica do material. Difração de raios-X ex situ e in situ foram utilizadas para identificar e quantificar a fração volumétrica das fases presentes, esta última ainda permitiu quantificar a mudança do parâmetro de rede dessas fases e largura a meia altura do pico durante o tratamento de reversão da austenita. Medidas de microdureza Vickers e de ferritoscopia foram utilizadas para comparação da quantificação da austenita revertida com os outros métodos especificados. Os resultados mostram que a presença da deformação alterou a quantidade de austenita revertida ao fim do processo de envelhecimento e, além disso, proporcionou a recristalização do material para envelhecimentos a 700 °C. Confirmou-se também que a formação da austenita revertida ocorre simultaneamente à formação de determinados precipitados.Maraging are ultra-high mechanical strength steels, whose main operating hardening mechanism is precipitation hardening, which occurs during the heat treatment of aging applied after quenching. Aging at very long times and higher temperatures can lead to the coarsening of precipitates and, as a result, decreases mechanical strength, this phenomenon is classified as overaging. Unlikely other precipitation hardenable materials, associated with precipitation, partial reversion of martensite into austenite may also occur. In this work we studied the formation of reversed austenite in a maraging 350, which occurs at higher temperatures, especially between 600 and 700 °C, and the effect of cold deformation applied after quenching. Ex-situ and in-situ X-ray diffraction were carried out to identify and quantify the phases in the material, and the later enabled to quantify the lattice parameter and full width at half maximum variation during the aging treatments. Vickers microhardness and ferritoscopy measurements were carried out to compare with the reverted austenite quantification results obtained by Xray diffraction. Some results showed that deformation changed the reverted austenite amount at the end of aging treatments, and it enabled the material recrystallization at 700 °C/ 30 min. It was confirmed that the reverted austenite formation occurs simultaneously with the formation of certain precipitates.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPadilha, Angelo FernandoFeitosa, Ana Larissa Melo2020-02-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3133/tde-05042021-160157/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-04-06T15:33:01Zoai:teses.usp.br:tde-05042021-160157Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-04-06T15:33:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Os aços maraging são aços de ultra alta resistência mecânica, cujo principal mecanismo de aumento de resistência mecânica é o endurecimento por precipitação, que ocorre durante o tratamento térmico de envelhecimento aplicado após a têmpera. O envelhecimento em tempos muito prolongados e temperaturas muito altas pode acarretar coalescimento e crescimento dos precipitados e, com isso, diminuição da resistência mecânica, tal fenômeno é classificado como superenvelhecimento. Diferentemente de outros materiais endurecíveis por precipitação, associada à essa transformação, também pode ocorrer a reversão parcial de martensita em austenita. Neste trabalho, foram estudados a formação da austenita revertida, que ocorre principalmente entre 600 e 700 ºC, assim como o efeito da deformação a frio aplicada depois da têmpera no aço maraging 350. Foram utilizadas várias técnicas de análise microestrutural, tais como microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura e difração de elétrons retroespalhados (EBSD) que permitiram analisar a morfologia da martensita e austenita revertida, além de avaliar a orientação cristalográfica do material. Difração de raios-X ex situ e in situ foram utilizadas para identificar e quantificar a fração volumétrica das fases presentes, esta última ainda permitiu quantificar a mudança do parâmetro de rede dessas fases e largura a meia altura do pico durante o tratamento de reversão da austenita. Medidas de microdureza Vickers e de ferritoscopia foram utilizadas para comparação da quantificação da austenita revertida com os outros métodos especificados. Os resultados mostram que a presença da deformação alterou a quantidade de austenita revertida ao fim do processo de envelhecimento e, além disso, proporcionou a recristalização do material para envelhecimentos a 700 °C. Confirmou-se também que a formação da austenita revertida ocorre simultaneamente à formação de determinados precipitados. |
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