Efeito da temperatura na biologia de três raças de Meloidogyne incognita (Tylenchida - Meloidogynidae) em cafeeiro (Coffea arabica L.) e estimativa do número de gerações para o Estado de São Paulo
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Data de Publicação: | 1989 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20231122-093402/ |
Resumo: | A biologia das raças 1,2 e 4 de M. incognita foi estudada em mudas de cafeeiro arábico Mundo Novo 376/4. O ensaio para cada raça foi inteiramente casualizado com 5 tratamentos ou seja, 4 em temperaturas constantes em câmaras de crescimento a 20, 24, 28 e 32° C, e um em temperatura ambiente de campo (média de 21,9° C, com desvio padrão de 1,9°C, mínima de 18,9°C e máxima de 26,5°C). O trabalho constou de 2 partes: uma sobre a viabilidade dos ovos das raças in vitro, nas mesmas condições e temperaturas acima citadas e, outra sobre a biologia propriamente dita. Para a biologia inocularam-se em média 5.000 ovos e eventuais larvas por recipiente. Aos 16 dias iniciou-se a coleta que continuou até aos 60 dias, à razão de duas repetições a cada 4 dias, por raça e temperatura, totalizando 360 plantas. Quanto à eclosão total de larvas in vitro, para a raça 1 foi observada eficiência acima de 80% em todas as temperaturas das câmaras de crescimento, diferindo apenas entre si quanto ao número de dias para o seu nascimento. Para as raças 2 e 4 a eficiência variou entre 70 e 80% nos intervalos de temperatura entre 20 e 28°C, e que também diferiram entre si quanto ao período de nascimento. Na temperatura de campo a eficiência de eclosão foi sensivelmente mais baixa, sendo que seu período de incubação foi ainda mais longo. A porcentagem de nascimento total foi de apenas 67,7% para a raça 1; 46,6% para a 2; e 53,5% para a 4. Quanto à porcentagem de penetração do número de larvas nas raízes as temperaturas mais baixas (20, 24°C e temperatura de campo), foram as mais favoráveis, enquanto que as mais elevadas (28 e 32° C) reduziram o período de penetração. Quando comparados com a raça 1, a raça 2 teve 67% e a 4, apenas 52% de eficiência do número de larvas que penetraram nas raízes. Para o desenvolvimento do nematóide nas raízes as temperaturas de 28 e 32° C foram igualmente favoráveis para as raças 1 e 2 e, embora com menor tempo, também para a raça 4. Nestas temperaturas o período de crescimento foi sensivelmente reduzido. A exemplo da redução do período de desenvolvimento, o ciclo total também teve comportamento similar às temperaturas de 28 e 32 ° C para as 3 raças. No tocante à pré-postura, para as raças 1, 2 e 4 foram necessários 28, 32 e 36 dias, respectivamente. Para o tratamento de campo (Tc) em função das oscilações de temperatura e necessidades da constante térmica (K) os períodos de postura prolongaram-se para 36, 40 e 52 dias, respectivamente, para as raças 1, 2 e 4. As exigências térmicas (K) das raças 1, 2 e 4 foram, respectivamente, 534, 580 e 718 graus dias. A estimativa do número de gerações nas diferentes isotermas do Estado de São Paulo na profundidade do solo entre 5 e 40 cm, mostrou que a raça 1 pode reproduzir-se à razão de 6,0 a 12,3 gerações anuais ; a raça 2, entre 5,5 a 11,7 e, a raça 4 entre 4,5 a 9,4. Foi concluído que as três raças estudadas embora tenham o melhor desenvolvimento na mesma faixa térmica (28-32° C) apresentaram constantes térmicas diferentes. Portanto também são distintas em sua biologia pelo parâmetro temperatura. |
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Efeito da temperatura na biologia de três raças de Meloidogyne incognita (Tylenchida - Meloidogynidae) em cafeeiro (Coffea arabica L.) e estimativa do número de gerações para o Estado de São PauloEffect of temperature in the biology of three races of Meloidogyne incognita (Tylenchida - Meloidogynidae) on coffee (Coffea arabica L.) and estimation of the number of generations for the State of São Paulo, BrazilBIOLOGIACAFÉNEMATOIDES PARASITOS DE PLANTASRAIZTEMPERATURAA biologia das raças 1,2 e 4 de M. incognita foi estudada em mudas de cafeeiro arábico Mundo Novo 376/4. O ensaio para cada raça foi inteiramente casualizado com 5 tratamentos ou seja, 4 em temperaturas constantes em câmaras de crescimento a 20, 24, 28 e 32° C, e um em temperatura ambiente de campo (média de 21,9° C, com desvio padrão de 1,9°C, mínima de 18,9°C e máxima de 26,5°C). O trabalho constou de 2 partes: uma sobre a viabilidade dos ovos das raças in vitro, nas mesmas condições e temperaturas acima citadas e, outra sobre a biologia propriamente dita. Para a biologia inocularam-se em média 5.000 ovos e eventuais larvas por recipiente. Aos 16 dias iniciou-se a coleta que continuou até aos 60 dias, à razão de duas repetições a cada 4 dias, por raça e temperatura, totalizando 360 plantas. Quanto à eclosão total de larvas in vitro, para a raça 1 foi observada eficiência acima de 80% em todas as temperaturas das câmaras de crescimento, diferindo apenas entre si quanto ao número de dias para o seu nascimento. Para as raças 2 e 4 a eficiência variou entre 70 e 80% nos intervalos de temperatura entre 20 e 28°C, e que também diferiram entre si quanto ao período de nascimento. Na temperatura de campo a eficiência de eclosão foi sensivelmente mais baixa, sendo que seu período de incubação foi ainda mais longo. A porcentagem de nascimento total foi de apenas 67,7% para a raça 1; 46,6% para a 2; e 53,5% para a 4. Quanto à porcentagem de penetração do número de larvas nas raízes as temperaturas mais baixas (20, 24°C e temperatura de campo), foram as mais favoráveis, enquanto que as mais elevadas (28 e 32° C) reduziram o período de penetração. Quando comparados com a raça 1, a raça 2 teve 67% e a 4, apenas 52% de eficiência do número de larvas que penetraram nas raízes. Para o desenvolvimento do nematóide nas raízes as temperaturas de 28 e 32° C foram igualmente favoráveis para as raças 1 e 2 e, embora com menor tempo, também para a raça 4. Nestas temperaturas o período de crescimento foi sensivelmente reduzido. A exemplo da redução do período de desenvolvimento, o ciclo total também teve comportamento similar às temperaturas de 28 e 32 ° C para as 3 raças. No tocante à pré-postura, para as raças 1, 2 e 4 foram necessários 28, 32 e 36 dias, respectivamente. Para o tratamento de campo (Tc) em função das oscilações de temperatura e necessidades da constante térmica (K) os períodos de postura prolongaram-se para 36, 40 e 52 dias, respectivamente, para as raças 1, 2 e 4. As exigências térmicas (K) das raças 1, 2 e 4 foram, respectivamente, 534, 580 e 718 graus dias. A estimativa do número de gerações nas diferentes isotermas do Estado de São Paulo na profundidade do solo entre 5 e 40 cm, mostrou que a raça 1 pode reproduzir-se à razão de 6,0 a 12,3 gerações anuais ; a raça 2, entre 5,5 a 11,7 e, a raça 4 entre 4,5 a 9,4. Foi concluído que as três raças estudadas embora tenham o melhor desenvolvimento na mesma faixa térmica (28-32° C) apresentaram constantes térmicas diferentes. Portanto também são distintas em sua biologia pelo parâmetro temperatura.The biology of the races 1, 2 and 4 of Meloidogyne incognita 376/4 coffee seedlings was studied . The experiment was set up in completely randomized design with 5 treatments, being 4 at constant temperatures (20, 24, 28 and 32° C) in growing chambers, and one at field temperature (mean of 21.9° C; standard deviation 1.9° C; minimum of 18.9°C and maximum of 26.5°C). The results were as follows: The total hatching of larvae of race 1 showed an efficiency higher than 80% at all temperatures in the growing chambers, although differing among themselves as to number of days to hatch. For races 2 and 4 the highest efficiency ranged from 70 to 80% at temperature intervals between 20 and 28°C, and also differing among themselves as to the hatching period. At field temperature the efficiency of hatching was lower and the period even longer. The percentage of total hatching was 67.7% for race 1, 46.6% for race 2, and 53.3% for race 4. The lower temperatures (20, 24°C and field temperature) favored the percentage of penetration of the larvae into the roots, while the higher ones (28 and 32°C) stimulated the speed of penetration. Compared to race 1, races 2 and 4 presented, respectively, 67% and 52% of efficiency of the number of penetrating larvae. Concerning the nematode development in the roots, the temperatures of 28 and 32°C were equally favorable for races 1 and 2, and, although with lower speed , for race 4 as well. At these temperatures (28 and 32° C) the growing period was sensibly reduced. This reduction was also observed in the life cycles of the three races at 28 and 32° C. The beginning of the egg laying periods were 28 days for race 1, 32 days for race 2, and 36 days for race 4. Due to temperature oscillation and the requirements of the thermal constant (K), the egg laying periods, in the field conditions, were 36, 40 and 52 days for races 1, 2, and 4, respectively. The thermal requirements of the races 1, 2 and 4 were 534, 580 and 718 degree days, respectively. The estimated number of generations at different isotherms of the State of São Paulo, at soil depth between 5 and 40 centimeters, indicated that the race 1 could reproduce at the rate of 6.0 to 12.3 generations per year; race 2 between 5.5 and 11.7, and race 4 between 4.5 and 9.4 generations per year.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLordello, Luiz Gonzaga EngelbergJaehn, Anario1989-01-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20231122-093402/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-11-24T17:42:06Zoai:teses.usp.br:tde-20231122-093402Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-11-24T17:42:06Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A biologia das raças 1,2 e 4 de M. incognita foi estudada em mudas de cafeeiro arábico Mundo Novo 376/4. O ensaio para cada raça foi inteiramente casualizado com 5 tratamentos ou seja, 4 em temperaturas constantes em câmaras de crescimento a 20, 24, 28 e 32° C, e um em temperatura ambiente de campo (média de 21,9° C, com desvio padrão de 1,9°C, mínima de 18,9°C e máxima de 26,5°C). O trabalho constou de 2 partes: uma sobre a viabilidade dos ovos das raças in vitro, nas mesmas condições e temperaturas acima citadas e, outra sobre a biologia propriamente dita. Para a biologia inocularam-se em média 5.000 ovos e eventuais larvas por recipiente. Aos 16 dias iniciou-se a coleta que continuou até aos 60 dias, à razão de duas repetições a cada 4 dias, por raça e temperatura, totalizando 360 plantas. Quanto à eclosão total de larvas in vitro, para a raça 1 foi observada eficiência acima de 80% em todas as temperaturas das câmaras de crescimento, diferindo apenas entre si quanto ao número de dias para o seu nascimento. Para as raças 2 e 4 a eficiência variou entre 70 e 80% nos intervalos de temperatura entre 20 e 28°C, e que também diferiram entre si quanto ao período de nascimento. Na temperatura de campo a eficiência de eclosão foi sensivelmente mais baixa, sendo que seu período de incubação foi ainda mais longo. A porcentagem de nascimento total foi de apenas 67,7% para a raça 1; 46,6% para a 2; e 53,5% para a 4. Quanto à porcentagem de penetração do número de larvas nas raízes as temperaturas mais baixas (20, 24°C e temperatura de campo), foram as mais favoráveis, enquanto que as mais elevadas (28 e 32° C) reduziram o período de penetração. Quando comparados com a raça 1, a raça 2 teve 67% e a 4, apenas 52% de eficiência do número de larvas que penetraram nas raízes. Para o desenvolvimento do nematóide nas raízes as temperaturas de 28 e 32° C foram igualmente favoráveis para as raças 1 e 2 e, embora com menor tempo, também para a raça 4. Nestas temperaturas o período de crescimento foi sensivelmente reduzido. A exemplo da redução do período de desenvolvimento, o ciclo total também teve comportamento similar às temperaturas de 28 e 32 ° C para as 3 raças. No tocante à pré-postura, para as raças 1, 2 e 4 foram necessários 28, 32 e 36 dias, respectivamente. Para o tratamento de campo (Tc) em função das oscilações de temperatura e necessidades da constante térmica (K) os períodos de postura prolongaram-se para 36, 40 e 52 dias, respectivamente, para as raças 1, 2 e 4. As exigências térmicas (K) das raças 1, 2 e 4 foram, respectivamente, 534, 580 e 718 graus dias. A estimativa do número de gerações nas diferentes isotermas do Estado de São Paulo na profundidade do solo entre 5 e 40 cm, mostrou que a raça 1 pode reproduzir-se à razão de 6,0 a 12,3 gerações anuais ; a raça 2, entre 5,5 a 11,7 e, a raça 4 entre 4,5 a 9,4. Foi concluído que as três raças estudadas embora tenham o melhor desenvolvimento na mesma faixa térmica (28-32° C) apresentaram constantes térmicas diferentes. Portanto também são distintas em sua biologia pelo parâmetro temperatura. |
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