Estudos sobre infecções pelos vírus da hepatite B (HBV), hepatite C (HCV), hepatite delta (HDV) e vírus GB-C (GBV-C) em diferentes regiões da América do Sul
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5147/tde-13012012-082814/ |
Resumo: | As hepatites virais estão entre as mais importantes pandemias mundiais da atualidade. Existem várias causas de hepatite, entre elas, o vírus da hepatite B (HBV), o vírus da hepatite C (HCV) e o vírus da Hepatite Delta (HDV). Da mesma forma, o vírus GB-C (GBV-C) é importante na coinfecção com outros vírus, como o HIV. Nesse estudo, várias regiões da América do Sul foram analisadas. Na Colômbia, os estados do Amazonas e Magdalena foram encontradas como regiões hiperendêmicas para HBV. O genótipo F3 (75%) foi o mais prevalente. Determinou-se que o subgenótipo F3 é o mais antigo dos subgenótipos F. No estado de Chocó, encontrou-se o subgenótipo A1 (52,1%) como o mais prevalente. Surpreendentemente, nesse mesmo estado foram encontrados nove casos autóctones de infecção pelo genótipo E (39,1%). Para o HCV, em Bogotá, encontrou-se o subtipo 1b (82,8%) como o mais prevalente. Da mesma forma, estimou-se que esse subtipo foi introduzido por volta de 1950 e se propagou exponencialmente entre 1970 a 1990. O HDV foi identificado em casos de hepatite fulminante do estado de Amazonas, todos classificados como genótipo 3. Se determinou que o HDV/3 se espalhou exponencialmente a partir de 1950 a 1970 na América do Sul e depois desta época, esta infecção deixou de aumentar, provavelmente devido a introdução de vacinação contra o HBV. GBV-C foi procurado em doadores de sangue colombianos infectados com HCV e/ou HBV de Bogotá e em povos indígenas com infecção pelo HBV no Amazonas. A análise filogenética revelou a presença do genótipo 2a como o mais prevalente entre os doadores de sangue e o 3 nos povos indígenas estudados. A presença do genótipo 3 na população indígena foi previamente relatada na região de Santa Marta, na Colômbia e nos povos indígenas da Venezuela e da Bolívia. No Chile, foi realizado um estudo com 21 pacientes cronicamente infectados pelo HBV sem tratamento antiviral prévio. Todas as sequências obtidas eram do subgenótipo F1b e se agrupavam em quatro diferentes grupos, sugerindo que diferentes linhagens desse subgenótipo estão circulando no Chile. No Brasil, no estado de Rondônia, para o HCV, encontramos o subtipo 1b (50,0%) como o mais frequente. Esse foi o primeiro relato sobre os genótipos do HCV neste estado. Para o HBV, o subgenótipo A1 (37,0%) foi o mais frequente. Os resultados do estado de Rondônia são consistentes com outros estudos no Brasil, mostrando a presença de vários genótipos do HBV, refletindo a origem mista da população Brasileira. Estudando o estado do Maranhão, avaliamos a frequência da infecção pelo HBV e seus genótipos. Foram encontradas 4 sequencias genótipo A1 que agruparam com outras sequências reportadas do Brasil. Em outro estudo, caracterizamos os subgenótipos do HBV em 68 pacientes com hepatite crônica B em Pernambuco, encontrando 78,7% de presença do subgenótipo A1. Finalmente, em um estudo realizado com amostras da cidade de São Paulo, encontramos um caso de HBV genótipo C em um brasileiro nativo, sendo essa a primeira sequência completa do genoma de HBV/C2 notificados no Brasil |
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Estudos sobre infecções pelos vírus da hepatite B (HBV), hepatite C (HCV), hepatite delta (HDV) e vírus GB-C (GBV-C) em diferentes regiões da América do SulStudies on viral infections by hepatitis B virus (HBV), hepatitis C virus (HCV), hepatitis delta virus (HDV) and GB virus C (GBV-C) in different regions of South AmericaBlood donorsBrasilBrazilChileChileColombiaColômbiaDoadores de sangueEpidemiologiaEpidemiologyGB virus CHepatite BHepatite CHepatitis BHepatitis CHepatitis Delta Virus (HDV)IndigenousPopulação indígenaVírus Delta da Hepatite (HDV)Vírus GB-CAs hepatites virais estão entre as mais importantes pandemias mundiais da atualidade. Existem várias causas de hepatite, entre elas, o vírus da hepatite B (HBV), o vírus da hepatite C (HCV) e o vírus da Hepatite Delta (HDV). Da mesma forma, o vírus GB-C (GBV-C) é importante na coinfecção com outros vírus, como o HIV. Nesse estudo, várias regiões da América do Sul foram analisadas. Na Colômbia, os estados do Amazonas e Magdalena foram encontradas como regiões hiperendêmicas para HBV. O genótipo F3 (75%) foi o mais prevalente. Determinou-se que o subgenótipo F3 é o mais antigo dos subgenótipos F. No estado de Chocó, encontrou-se o subgenótipo A1 (52,1%) como o mais prevalente. Surpreendentemente, nesse mesmo estado foram encontrados nove casos autóctones de infecção pelo genótipo E (39,1%). Para o HCV, em Bogotá, encontrou-se o subtipo 1b (82,8%) como o mais prevalente. Da mesma forma, estimou-se que esse subtipo foi introduzido por volta de 1950 e se propagou exponencialmente entre 1970 a 1990. O HDV foi identificado em casos de hepatite fulminante do estado de Amazonas, todos classificados como genótipo 3. Se determinou que o HDV/3 se espalhou exponencialmente a partir de 1950 a 1970 na América do Sul e depois desta época, esta infecção deixou de aumentar, provavelmente devido a introdução de vacinação contra o HBV. GBV-C foi procurado em doadores de sangue colombianos infectados com HCV e/ou HBV de Bogotá e em povos indígenas com infecção pelo HBV no Amazonas. A análise filogenética revelou a presença do genótipo 2a como o mais prevalente entre os doadores de sangue e o 3 nos povos indígenas estudados. A presença do genótipo 3 na população indígena foi previamente relatada na região de Santa Marta, na Colômbia e nos povos indígenas da Venezuela e da Bolívia. No Chile, foi realizado um estudo com 21 pacientes cronicamente infectados pelo HBV sem tratamento antiviral prévio. Todas as sequências obtidas eram do subgenótipo F1b e se agrupavam em quatro diferentes grupos, sugerindo que diferentes linhagens desse subgenótipo estão circulando no Chile. No Brasil, no estado de Rondônia, para o HCV, encontramos o subtipo 1b (50,0%) como o mais frequente. Esse foi o primeiro relato sobre os genótipos do HCV neste estado. Para o HBV, o subgenótipo A1 (37,0%) foi o mais frequente. Os resultados do estado de Rondônia são consistentes com outros estudos no Brasil, mostrando a presença de vários genótipos do HBV, refletindo a origem mista da população Brasileira. Estudando o estado do Maranhão, avaliamos a frequência da infecção pelo HBV e seus genótipos. Foram encontradas 4 sequencias genótipo A1 que agruparam com outras sequências reportadas do Brasil. Em outro estudo, caracterizamos os subgenótipos do HBV em 68 pacientes com hepatite crônica B em Pernambuco, encontrando 78,7% de presença do subgenótipo A1. Finalmente, em um estudo realizado com amostras da cidade de São Paulo, encontramos um caso de HBV genótipo C em um brasileiro nativo, sendo essa a primeira sequência completa do genoma de HBV/C2 notificados no BrasilViral hepatitis are among the major pandemics in the world nowadays. There are many causes of hepatitis, including hepatitis B virus (HBV), hepatitis C virus (HCV) and hepatitis delta virus (HDV). Similarly, GB virus C (GBV-C) is a relevant agent in co-infection with HIV. In this study, several regions of South America were studied. In Colombia, the states of Amazonas and Magdalena were identified as highly endemic areas for HBV. Genotype F3 (75%) was the most prevalent. It was determined that subgenotype F3 is the oldest among all F subgenotypes. In the state of Chocó, subgenotype A1 (52.1%) was the most prevalent. Surprisingly, nine indigenous cases of infection by genotype E (39.1%) were found in this state. For HCV, in Bogotá, subtype 1b (82.8%) was the most frequent. Likewise, it was estimated that this subtype was introduced around 1950 and spread exponentially from 1970 to 1990. HDV has been identified in cases of fulminant hepatitis in the state of Amazonas, all of them classified as genotype 3. It was determined that the HDV/3 spread exponentially from 1950 to 1970 in South America and after this time, this infection stopped to increase, probably due to introduction of vaccination against HBV. GBV-C was sought in Colombian blood donors infected with HCV and/or HBV in Bogotá and indigenous peoples with HBV infection in the Amazon. The phylogenetic analysis revealed the presence of genotype 3 as the most prevalent among blood donors and in three studied indigenous people. The presence of genotype 3 in the indigenous population has been previously reported in the region of Santa Marta, Colombia, and in the indigenous peoples of Venezuela and Bolivia. In Chile, a study was carried out with 21 patients chronically infected with HBV without any prior antiviral treatment. All sequences obtained belonged to subgenotype F1b and clustered into four different groups, suggesting that different strains that are circulating in Chile. In Brazil, the state of Rondônia, we found HCV subtype 1b (50.0%) as the most frequent. This was the first report on HCV genotypes in this state. For HBV, subgenotype A1 (37.0%) was the most frequent. The results of the state of Rondônia are consistent with other studies carried out in Brazil, showing the presence of several HBV genotypes, reflecting the mixed origin of the Brazilian population. Studying the state of Maranhão, we evaluated the frequency of HBV infection and its genotypes and we found 4 genotype A1 sequences that grouped with other sequences reported in Brazil. In another study, we characterized HBV subgenotypes in 68 patients with chronic hepatitis B in Pernambuco and we found subgenotype A1 in 78.7% cases. Finally, in a study of samples from São Paulo, we found a case of HBV genotype C in a native Brazilian patient and this is the first complete genome sequence of HBV/C2 reported in BrazilBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPinho, João Renato RebelloMora, Monica Viviana Alvarado2011-10-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5147/tde-13012012-082814/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:30Zoai:teses.usp.br:tde-13012012-082814Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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