Reprodutibilidade intraexaminador da inspeção visual e da palpação vaginal na aferição da capacidade de contração voluntária dos músculos do assoalho pélvico em mulheres

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pena, Caroline Caetano
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-23082020-102231/
Resumo: A inspeção visual e a palpação vaginal são métodos comumente usados por fisioterapeutas na avaliação da capacidade de contração voluntária dos músculos do assoalho pélvico (MAP), entretanto em alguns casos a palpação vaginal não é tolerada por algumas mulheres, tornando a inspeção visual uma opção para identificação da capacidade de contração dos MAP. A capacidade de contração dos MAP é um pré-requisito essencial para o treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) que representa primeira linha de tratamento da incontinência urinária em mulheres. Entretanto, não há consenso na literatura quanto à reprodutibilidade intraexaminador da inspeção visual e da palpação vaginal na aferição da capacidade de contração voluntária dos MAP. Trata-se de um estudo de teste-reteste que tem como objetivo avaliar a reprodutibilidade intraexaminador da inspeção visual, palpação vaginal e manometria vaginal na aferição da capacidade de contração voluntária dos MAP, verificar a associação entre inspeção visual e palpação vaginal e avaliar correlação entre manometria vaginal e inspeção visual e palpação vaginal. As participantes do estudo foram avaliadas duas vezes, com um intervalo de sete dias entre as avaliações, pela mesma avaliadora. A capacidade de contração voluntária dos MAP foi avaliada pela inspeção visual e a palpação vaginal seguindo a definição da Sociedade Internacional de Continência e em relação à manometria vaginal foram solicitadas três contrações voluntárias máximas e o valor em cmH2O foi registrado. O coeficiente de Kappa foi utilizado para verificar a reprodutibilidade intraexaminador da inspeção visual e da palpação vaginal, o coeficiente de correlação intraclasse foi utilizado para verificar a reprodutibilidade intraexaminador da manometria vaginal, o teste Qui-quadrado foi utilizado para comparar os achados da inspeção visual e palpação vaginal nas duas avaliações e o coeficiente de correlação ponto biserial foi utilizado para comparar os valores obtidos pela manometria vaginal e inspeção visual e palpação vaginal. Em todos os testes estatísticos foi adotado um nível de significância de p< 0,05. Foram incluídas no estudo 44 mulheres cuja média de idade foi de 40,4 (±16,92) anos e IMC médio de 27,8 (±5,60) kg/m2. Foi encontrada reprodutibilidade intraexaminador substancial para a inspeção visual (k=0,73; p=<0,001) e palpação vaginal (k= 0,74; p=<0,001) e excelente reprodutibilidade intraexaminador para a manometria vaginal (ICC3,3= 0,93; p= <0,001). Além disso, foi encontrada associação significativa entre a inspeção visual e a palpação vaginal nas duas avaliações (X2=27,01; X2= 16,36; p=<0,001) e correlação positiva moderada entre os valores obtidos pela manometria vaginal e inspeção visual (rpd= 0,46 e 0,42 na primeira e segunda avaliação, respectivamente; p=<0,001) e palpação vaginal (rpd= 0,53 e 0,67 na primeira e segunda avaliação, respectivamente; p=<0,001).
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A capacidade de contração dos MAP é um pré-requisito essencial para o treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) que representa primeira linha de tratamento da incontinência urinária em mulheres. Entretanto, não há consenso na literatura quanto à reprodutibilidade intraexaminador da inspeção visual e da palpação vaginal na aferição da capacidade de contração voluntária dos MAP. Trata-se de um estudo de teste-reteste que tem como objetivo avaliar a reprodutibilidade intraexaminador da inspeção visual, palpação vaginal e manometria vaginal na aferição da capacidade de contração voluntária dos MAP, verificar a associação entre inspeção visual e palpação vaginal e avaliar correlação entre manometria vaginal e inspeção visual e palpação vaginal. As participantes do estudo foram avaliadas duas vezes, com um intervalo de sete dias entre as avaliações, pela mesma avaliadora. A capacidade de contração voluntária dos MAP foi avaliada pela inspeção visual e a palpação vaginal seguindo a definição da Sociedade Internacional de Continência e em relação à manometria vaginal foram solicitadas três contrações voluntárias máximas e o valor em cmH2O foi registrado. O coeficiente de Kappa foi utilizado para verificar a reprodutibilidade intraexaminador da inspeção visual e da palpação vaginal, o coeficiente de correlação intraclasse foi utilizado para verificar a reprodutibilidade intraexaminador da manometria vaginal, o teste Qui-quadrado foi utilizado para comparar os achados da inspeção visual e palpação vaginal nas duas avaliações e o coeficiente de correlação ponto biserial foi utilizado para comparar os valores obtidos pela manometria vaginal e inspeção visual e palpação vaginal. Em todos os testes estatísticos foi adotado um nível de significância de p< 0,05. Foram incluídas no estudo 44 mulheres cuja média de idade foi de 40,4 (±16,92) anos e IMC médio de 27,8 (±5,60) kg/m2. Foi encontrada reprodutibilidade intraexaminador substancial para a inspeção visual (k=0,73; p=<0,001) e palpação vaginal (k= 0,74; p=<0,001) e excelente reprodutibilidade intraexaminador para a manometria vaginal (ICC3,3= 0,93; p= <0,001). Além disso, foi encontrada associação significativa entre a inspeção visual e a palpação vaginal nas duas avaliações (X2=27,01; X2= 16,36; p=<0,001) e correlação positiva moderada entre os valores obtidos pela manometria vaginal e inspeção visual (rpd= 0,46 e 0,42 na primeira e segunda avaliação, respectivamente; p=<0,001) e palpação vaginal (rpd= 0,53 e 0,67 na primeira e segunda avaliação, respectivamente; p=<0,001).Visual inspection and vaginal palpation are methods commonly used by physical therapists to assess the ability of voluntary contraction of the pelvic floor muscles (PFM), however in some cases, vaginal palpation is not tolerated by some women, making visual inspection an option for identifying the ability to perform a voluntary PFM contraction. The ability to perform a PFM contraction is an essential prerequisite for pelvic floor muscle training (PFMT), which represents the first line of treatment for urinary incontinence in women. However, there is no consensus in the literature regarding the intra-examiner reproducibility of visual inspection and vaginal palpation in assessing the ability to perform a voluntary PFM contraction. This is a test-retest study that aims to evaluate the intra-examiner reproducibility of visual inspection, vaginal palpation and vaginal manometry to measure the ability to perform a voluntary PFM contraction, to verify the association between visual inspection and vaginal palpation and to evaluate the correlation between vaginal manometry and visual inspection and vaginal palpation. Study participants were assessed twice, with an interval of 7 days between assessments, by the same examiner. The ability to perfom a voluntary PFM was assessed by visual inspection and vaginal palpation following the definition of the International Continence Society and in relation to vaginal manometry, three maximum voluntary contractions were requested and the value in cmH2O was recorded. The Kappa coefficient was used to verify the intra-examiner reproducibility of the visual inspection and vaginal palpation, the intraclass correlation coefficient was used to check the intra-examiner reproducibility of the vaginal manometry values, the Chi-square test was used to compare the findings of the visual inspection and vaginal palpation in both evaluations and the biserial point correlation coefficient was used to compare the values obtained by vaginal manometry and visual inspection and vaginal palpation. In all statistical tests, a significance level of p <0.05 was adopted. The study included 44 women whose average age was 40,4 (± 16.92) years and average BMI of 27.8 (± 5.60) kg/m2. Substantial reproducibility was found for visual inspection (k = 0.73; p = <0.001) and vaginal palpation (k = 0.74; p = <0.001) and excellent intra-examiner reproducibility for vaginal manometry (ICC3.3 = 0. 93; p = <0.001). In addition, a significant association was found between visual inspection and vaginal palpation in the two assessments (X2 = 27.01; X2 = 16.36; p = <0.001) and a moderate positive correlation between the values obtained by vaginal manometry and visual inspection (rpd = 0.46 and 0.42 in the first and second assessment, respectively; p = <0.001) and vaginal palpation (rpd = 0.53 and 0.67 in the first and second assessment, respectively; p = <0.001).Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFerreira, Cristine Homsi JorgePena, Caroline Caetano2020-05-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-23082020-102231/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-10-22T21:02:02Zoai:teses.usp.br:tde-23082020-102231Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-10-22T21:02:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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