Saúde no cárcere na perspectiva do agente penitenciário de Santarém-Pará
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7143/tde-22022021-104900/ |
Resumo: | Introdução: Há escassez de estudos que tomam esta perspectiva, do cuidado em saúde no sistema prisional, particularmente os produzidos sobre a saúde das pessoas privadas de liberdade, na perspectiva do agente penitenciário, tendo como cenário o estado do Pará, o que justificou a relevância da realização do presente estudo. Objetivo: descrever e analisar a percepção e a concepção dos agentes penitenciários de Santarém do Pará sobre saúde da pessoa privada de liberdade. Método: Trata-se de pesquisa exploratória, descritiva e interpretativa, de abordagem qualitativa. Foi desenvolvida com 33 agentes penitenciários (homens e mulheres) do Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura e do Centro de Recuperação Feminino de Santarém do Pará. Foram realizados seis grupos, cujas falas foram gravadas, transcritas e categorizadas conforme análise de conteúdo, utilizando-se o software Nvivo 11 pro student. A análise resultou nas categoriais: a) perfil, condições de vida e trabalho do agente penitenciário; b) A concepção do agente penitenciário sobre sua saúde e sobre a saúde da pessoa privada de liberdade e; c) O direito à saúde e a saúde carcerária na perspectiva do agente penitenciário. Resultados: o perfil sociodemográfico e das condições de vida e trabalho dos agentes penitenciários caracteriza péssimas condições de vida e trabalho e as repercussões que este trabalho impõe sobre sua relação na sociedade, com destaque à família. Os trabalhadores agentes penitenciários possuem faixa etária de 23 a 58 anos, entre solteiros, casados e em união estável, homens e mulheres, mas em sua maioria do gênero masculino, com raça/cor autodeclarada em pardos, brancos e negros e naturais do Pará. Trazendo os eixos analíticos da vulnerabilidade, no componente individual deve ser levado em conta o local social pelo indivíduo. Da mesma forma, nas perspectivas de abordagem programática e social, a vulnerabilidade permite a integralização da análise da situação de saúde e de diferentes possibilidades de intervenção, sempre contemplando a participação individual. Conclusão: a percepção e a concepção dos Agentes Penitenciários de Santarém do Pará sobre saúde da pessoa privada de liberdade é de que não se inscreve como direito, mas como uma concessão. Abre-se para novas investigações sobre a saúde dos trabalhadores agentes penitenciários em Santarém, sobre a saúde dos privados de liberdade, em particular a vulnerabilidade às doenças transmissíveis, e sobre as formas de enfrentamento e de resposta às necessidades de saúde no sistema penitenciário. |
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Saúde no cárcere na perspectiva do agente penitenciário de Santarém-ParáHealth in prison from the perspective of the Santarém-Pará prison guardAgente penitenciárioCorrectional officerEnfermagemNursingPrison healthSaúde no cárcereVulnerabilidadeVulnerabilityIntrodução: Há escassez de estudos que tomam esta perspectiva, do cuidado em saúde no sistema prisional, particularmente os produzidos sobre a saúde das pessoas privadas de liberdade, na perspectiva do agente penitenciário, tendo como cenário o estado do Pará, o que justificou a relevância da realização do presente estudo. Objetivo: descrever e analisar a percepção e a concepção dos agentes penitenciários de Santarém do Pará sobre saúde da pessoa privada de liberdade. Método: Trata-se de pesquisa exploratória, descritiva e interpretativa, de abordagem qualitativa. Foi desenvolvida com 33 agentes penitenciários (homens e mulheres) do Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura e do Centro de Recuperação Feminino de Santarém do Pará. Foram realizados seis grupos, cujas falas foram gravadas, transcritas e categorizadas conforme análise de conteúdo, utilizando-se o software Nvivo 11 pro student. A análise resultou nas categoriais: a) perfil, condições de vida e trabalho do agente penitenciário; b) A concepção do agente penitenciário sobre sua saúde e sobre a saúde da pessoa privada de liberdade e; c) O direito à saúde e a saúde carcerária na perspectiva do agente penitenciário. Resultados: o perfil sociodemográfico e das condições de vida e trabalho dos agentes penitenciários caracteriza péssimas condições de vida e trabalho e as repercussões que este trabalho impõe sobre sua relação na sociedade, com destaque à família. Os trabalhadores agentes penitenciários possuem faixa etária de 23 a 58 anos, entre solteiros, casados e em união estável, homens e mulheres, mas em sua maioria do gênero masculino, com raça/cor autodeclarada em pardos, brancos e negros e naturais do Pará. Trazendo os eixos analíticos da vulnerabilidade, no componente individual deve ser levado em conta o local social pelo indivíduo. Da mesma forma, nas perspectivas de abordagem programática e social, a vulnerabilidade permite a integralização da análise da situação de saúde e de diferentes possibilidades de intervenção, sempre contemplando a participação individual. Conclusão: a percepção e a concepção dos Agentes Penitenciários de Santarém do Pará sobre saúde da pessoa privada de liberdade é de que não se inscreve como direito, mas como uma concessão. Abre-se para novas investigações sobre a saúde dos trabalhadores agentes penitenciários em Santarém, sobre a saúde dos privados de liberdade, em particular a vulnerabilidade às doenças transmissíveis, e sobre as formas de enfrentamento e de resposta às necessidades de saúde no sistema penitenciário.Introduction: There is a scarcity of studies that take the perspective of health care in the prison system, particularly those produced about the health of people deprived of liberty, from the perspective of the correctional officer, considering the state of Pará, which justified the relevance of the present study. Objective: To describe and analyze the perception and conception of correctional officers in Santarém, Pará, about the health of the person deprived of liberty. Method: This is an exploratory, descriptive and interpretative research with a qualitative approach. It was developed with 33 correctional officers (men and women) from the Silvio Hall de Moura Agricultural Recovery Center and from the Female Recovery Center in Santarém, Pará. Six groups were conducted, whose speeches were recorded, transcribed and categorized by content analysis, using the Nvivo 11 Pro Student software. The analysis resulted in the following categories: a) profile, living and working conditions of the correctional officer; b) the conception of the correctional officer about his health and about the health of the person deprived of liberty and; c) the right to health and prison health from the perspective of the correctional officer. Results: the sociodemographic and living and working conditions profile of prison officers characterizes the terrible living and working conditions and the repercussions that this work imposes on their relationship in society, especially regarding their families. The correctional officers are between 23 and 58 years old, between single, married and in a stable union, men and women, but mostly male, with self-declared race / color in brown, white and black, and native of Pará. Bringing the analytical axes of vulnerability, the individual component must consider the social location by the individual. Likewise, from the perspective of the programmatic and social approach, vulnerability allows the analysis of the health situation and different intervention possibilities, always contemplating individual participation. Conclusion: the perception and conception of the correctional officers of Santarém, Pará, about the health of the person deprived of liberty is that it is not registered as a right, but as a concession. New research opens on the health of correctional officers in Santarém, the health of those deprived of their liberty, specially their vulnerability to communicable diseases, and on ways of coping and responding to health needs in the prison system.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPNichiata, Lucia Yasuko IzumiSilva, Irlaine Maria Figueira da2019-11-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7143/tde-22022021-104900/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-02-24T16:56:02Zoai:teses.usp.br:tde-22022021-104900Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-02-24T16:56:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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