Estudo da eficácia de uma armadilha para o monitoramento do mosquito Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6142/tde-23082021-155137/ |
Resumo: | Introdução: O Aedes aegypti é o principal vetor transmissor do vírus causador da dengue, Chikungunya, Zika Vírus e vírus da Febre Amarela urbana no Brasil, tendo uma ampla distribuição em países de clima quente e úmido. Atualmente, novas metodologias são necessárias para o controle do Aedes aegypti (Diptera Culicidae) diante de recentes surtos e re-emergência destes vetores. Entre os métodos de controle dos culicídeos as armadilhas de oviposição vem sendo testadas e avaliadas em vários países, principalmente no Brasil. Objetivo: Testar a eficácia de um novo recipiente proposto como armadilha de oviposição de fêmeas do mosquito Aedes aegypti, comparando-o com a tradicional armadilha ovitrampa na Unidade Faculdade de Saúde Pública, Campus Quadrilátero da Sáude e Direito/USP. Métodos: Foram selecionadas quatro áreas no campus da Faculdade de Saúde Pública para instalação mensal de quatro armadilhas ovitrampa e quatro recipientes novos, a 1,00 metro do solo, totalizando oito armadilhas, com a finalidade de testar a eficiência na postura de ovos por fêmea do Aedes aegypti. O estudo ocorreu ao longo do ano 2019, entre os meses de fevereiro e setembro, compreendendo os períodos sazonais Primavera-Verão, Outono-Inverno de 2019. Resultados: Após as coletas, comparou-se o desempenho de todas as armadilhas e seus substratos com presença ou não de ovos nas palhetas das ovitrampa e no recipiente novo, e também sua sensibilidade. Para analisar a eficiência das armadilhas ovitrampa optou-se pelo cálculo do Índice de Positividade de ovitrampa (IPO) onde o número de armadilhas positivas é dividido pelo número de ovitrampas inspecionadas x 100; (IDO) Índice de Densidade de ovos, onde o Total de ovos nas paletas dividido pelo Total de armadilhas positivas; (IMO) Índice Médio de Ovos, onde o número de ovos coletados dividido pelo número de ovitrampa inspecionada. Desta forma, para cada amostragem, foram calculados os valores correspondentes aos Índices citados sendo que os meses mais representativos para ovos de Aedes aegypti coletados pela ovitrampa foram mês de março (661ovos) e maio (624 ovos), onde foram registrados uma media de 295,6 ovos de Aedes aegypti. Os valores mais expressivos para IPO e IDO (62,5%; 41,3% respectivamente) foram registrados no período de verão de 2019 com um total de 661 ovos de Aedes aegypti, enquanto o maior número de ovos coletados no inverno chegou a 110, embora nas demais áreas observou-se um número razoável de ovos coletados. Conclusão: O recipiente novo se mostrou negativo para todas as amostras na postura de ovos pela fêmea do Aedes aegypti. A armadilha convencional Ovitrampa foi positiva durante todo o período de estudo indicando a presença de fêmeas de Aedes aegypti no ambiente. O novo recipiente não pode ser considerado uma armadilha de oviposição. |
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Estudo da eficácia de uma armadilha para o monitoramento do mosquito Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)Study of the efficacy of a trap for monitoring the mosquito Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)Aedes aegyptiAedes aegyptiArmadilhaEggsLarvaLarvaeOvitrampaOvitrapOvosTrapIntrodução: O Aedes aegypti é o principal vetor transmissor do vírus causador da dengue, Chikungunya, Zika Vírus e vírus da Febre Amarela urbana no Brasil, tendo uma ampla distribuição em países de clima quente e úmido. Atualmente, novas metodologias são necessárias para o controle do Aedes aegypti (Diptera Culicidae) diante de recentes surtos e re-emergência destes vetores. Entre os métodos de controle dos culicídeos as armadilhas de oviposição vem sendo testadas e avaliadas em vários países, principalmente no Brasil. Objetivo: Testar a eficácia de um novo recipiente proposto como armadilha de oviposição de fêmeas do mosquito Aedes aegypti, comparando-o com a tradicional armadilha ovitrampa na Unidade Faculdade de Saúde Pública, Campus Quadrilátero da Sáude e Direito/USP. Métodos: Foram selecionadas quatro áreas no campus da Faculdade de Saúde Pública para instalação mensal de quatro armadilhas ovitrampa e quatro recipientes novos, a 1,00 metro do solo, totalizando oito armadilhas, com a finalidade de testar a eficiência na postura de ovos por fêmea do Aedes aegypti. O estudo ocorreu ao longo do ano 2019, entre os meses de fevereiro e setembro, compreendendo os períodos sazonais Primavera-Verão, Outono-Inverno de 2019. Resultados: Após as coletas, comparou-se o desempenho de todas as armadilhas e seus substratos com presença ou não de ovos nas palhetas das ovitrampa e no recipiente novo, e também sua sensibilidade. Para analisar a eficiência das armadilhas ovitrampa optou-se pelo cálculo do Índice de Positividade de ovitrampa (IPO) onde o número de armadilhas positivas é dividido pelo número de ovitrampas inspecionadas x 100; (IDO) Índice de Densidade de ovos, onde o Total de ovos nas paletas dividido pelo Total de armadilhas positivas; (IMO) Índice Médio de Ovos, onde o número de ovos coletados dividido pelo número de ovitrampa inspecionada. Desta forma, para cada amostragem, foram calculados os valores correspondentes aos Índices citados sendo que os meses mais representativos para ovos de Aedes aegypti coletados pela ovitrampa foram mês de março (661ovos) e maio (624 ovos), onde foram registrados uma media de 295,6 ovos de Aedes aegypti. Os valores mais expressivos para IPO e IDO (62,5%; 41,3% respectivamente) foram registrados no período de verão de 2019 com um total de 661 ovos de Aedes aegypti, enquanto o maior número de ovos coletados no inverno chegou a 110, embora nas demais áreas observou-se um número razoável de ovos coletados. Conclusão: O recipiente novo se mostrou negativo para todas as amostras na postura de ovos pela fêmea do Aedes aegypti. A armadilha convencional Ovitrampa foi positiva durante todo o período de estudo indicando a presença de fêmeas de Aedes aegypti no ambiente. O novo recipiente não pode ser considerado uma armadilha de oviposição.Introduction: Aedes aegypti is the main transmitting vector of dengue, chikungunya, Zika virus and urban yellow fever virus in Brazil, having a wide distribution in countries with hot and humid climate. Currently, new methodologies are needed to control Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) in the face of recent outbreaks of these vectors. Among the culicide control methods the traps have been tested and evaluated in several countries, mainly in Brazil. Objective: To test the efficacy of a new container proposed as an oviposition trap of females of the Aedes aegypti mosquito, comparing it with the traditional ovitrap, on the campus where the School of Public Health/USP is located. Methods: Four areas were selected on the campus of the School of Public Health to install monthly four ovitraps and four new containers with distance of 3 meters and a height of 1.00 meters from the ground, totaling eight traps for the purpose of testing posture efficiency of eggs per female of Aedes aegypti. The study took place throughout the year from February to September comprising the seasonal periods of Spring-Summer and Fall-Winter of 2019. Results: After the collections, the performance of all traps and their substrates with or without eggs in the ovitrap reeds and in the new container was compared, as well as their sensitivity. To analyze the efficiency of ovitraps, we opted for the calculation of the ovitrap Positivity Index (IPO) where the number of positive traps is divided by the number of inspected ovitraps x 100; (IDO) Egg Density Index, where Total eggs in palettes divided by Total positive traps; (IMO) Average Egg Index where the number of eggs collected divided by the number of eggs inspected. Thus, the most representative months for Aedes aegypti eggs collected by ovitrap was in March (661eggs) and May (624eggs) where an average of 295.6 eggs of Aedes aegypti were recorded. The most significant values for IPO and IDO (62.5%; 41.3% respectively) were recorded in the summer of 2019 with a total of 661 Aedes aegypti eggs, while the largest number of eggs collected in winter reached 110, although in the other areas they presented a reasonable number of eggs collected. Conclusion The new container was negative for all samples in egg laying by Aedes aegypti female. The conventional device Ovitrap was positive throughout the study period indicating the presence of females of Aedes aegypti in the environment. The new container can not be considered an oviposition trap.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMarrelli, Mauro ToledoCordeiro, José Ubirantan2021-04-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6142/tde-23082021-155137/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-08-23T18:56:02Zoai:teses.usp.br:tde-23082021-155137Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-08-23T18:56:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: O Aedes aegypti é o principal vetor transmissor do vírus causador da dengue, Chikungunya, Zika Vírus e vírus da Febre Amarela urbana no Brasil, tendo uma ampla distribuição em países de clima quente e úmido. Atualmente, novas metodologias são necessárias para o controle do Aedes aegypti (Diptera Culicidae) diante de recentes surtos e re-emergência destes vetores. Entre os métodos de controle dos culicídeos as armadilhas de oviposição vem sendo testadas e avaliadas em vários países, principalmente no Brasil. Objetivo: Testar a eficácia de um novo recipiente proposto como armadilha de oviposição de fêmeas do mosquito Aedes aegypti, comparando-o com a tradicional armadilha ovitrampa na Unidade Faculdade de Saúde Pública, Campus Quadrilátero da Sáude e Direito/USP. Métodos: Foram selecionadas quatro áreas no campus da Faculdade de Saúde Pública para instalação mensal de quatro armadilhas ovitrampa e quatro recipientes novos, a 1,00 metro do solo, totalizando oito armadilhas, com a finalidade de testar a eficiência na postura de ovos por fêmea do Aedes aegypti. O estudo ocorreu ao longo do ano 2019, entre os meses de fevereiro e setembro, compreendendo os períodos sazonais Primavera-Verão, Outono-Inverno de 2019. Resultados: Após as coletas, comparou-se o desempenho de todas as armadilhas e seus substratos com presença ou não de ovos nas palhetas das ovitrampa e no recipiente novo, e também sua sensibilidade. Para analisar a eficiência das armadilhas ovitrampa optou-se pelo cálculo do Índice de Positividade de ovitrampa (IPO) onde o número de armadilhas positivas é dividido pelo número de ovitrampas inspecionadas x 100; (IDO) Índice de Densidade de ovos, onde o Total de ovos nas paletas dividido pelo Total de armadilhas positivas; (IMO) Índice Médio de Ovos, onde o número de ovos coletados dividido pelo número de ovitrampa inspecionada. Desta forma, para cada amostragem, foram calculados os valores correspondentes aos Índices citados sendo que os meses mais representativos para ovos de Aedes aegypti coletados pela ovitrampa foram mês de março (661ovos) e maio (624 ovos), onde foram registrados uma media de 295,6 ovos de Aedes aegypti. Os valores mais expressivos para IPO e IDO (62,5%; 41,3% respectivamente) foram registrados no período de verão de 2019 com um total de 661 ovos de Aedes aegypti, enquanto o maior número de ovos coletados no inverno chegou a 110, embora nas demais áreas observou-se um número razoável de ovos coletados. Conclusão: O recipiente novo se mostrou negativo para todas as amostras na postura de ovos pela fêmea do Aedes aegypti. A armadilha convencional Ovitrampa foi positiva durante todo o período de estudo indicando a presença de fêmeas de Aedes aegypti no ambiente. O novo recipiente não pode ser considerado uma armadilha de oviposição. |
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