Estudo comparativo entre progênies de meios irmãos de milho e seus respectivos cruzamentos com um testador

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Illg, Rolf Dieter
Data de Publicação: 1969
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20240301-154549/
Resumo: Foi estudada a correlação entre o comportamento de progênies de meios irmãos de milho e os respectivos cruzamentos entre essas progênies com uma variedade testadora. No presente estudo são utilizadas duas variedades de milho: Piramex e Cateto. Da variedade Piramex foram selecionadas 81 espigas de uma população de polinização livre, correspondendo cada espiga a uma progênie de meios irmãos. Em 1965-1966, uma parte das sementes de cada progênie foi plantada espiga por fileira e cruzada com a variedade testadora Cateto em lote isolado de despendoamento. Da maneira idêntica foram selecionadas 100 espigas de uma população do Cateto. Parte das sementes de cada espiga foi plantada espiga por fileira ou cruzada com a variedade Piramex. Em 1966-1967 foram plantados dois ensaios em lático com parcelas subdivididas (um para cada variedade), com quatro repetições, onde as sub-parcelas A correspondem as progênies como tais, e as sub-parcelas B correspondem as mesmas progênies cruzadas com o testador. Como algumas parcelas foram perdidas, as análises da variância foram feitas como blocos ao acaso com parcelas subdivididas. Foi efetuado o cálculo da correlação entre as sub-parcelas A e B de cada um dos experimentos, para se poder analisar a correlação entre as progênies como tais, onde se manifestam em maior proporção genes do efeitos aditivos, e as progênies cruzadas com um testador, o que reflete em grande parte os efeitos gênicos não aditivos para produtividade. Dos dados desse trabalho pode-se tirar as seguintes conclusões: 1. Em média houve um elevado valor da heterose nos cruzamentos entre as duas variedades, sendo de 24,2% no cruzamento das progênies Piramex x Cateto o do 13,2% no cruzamento das progênies Cateto x Piramex. 2. Houve maior diferença entre as produções das progênies do Cateto os seus respectivos cruzamentos com a variedade testadora do que entre as progênies Piramox e seus respectivos cruzamentos, devido ao fato do que as progênies Piramox são do alta produtividade, e as progênies do Cateto são de baixa produtividade. 3. Observa-se variabilidade genética, da ordem de 5,01% entre as progênies do Piramox quanto à sua capacidade de combinação com a variedade Cateto, sendo, porém, reduzida a sua variabilidade genética entre essas progênies como tais que é ao redor de 3,87%. 4. No milho Cateto por outro lado, observa-se maior variabilidade genética entre as progênies como tais, da ordem de 6,16% do que entre as mesmas progênies quando cruzadas com a variedade Piramex, onde foi de apenas 1,73%. 5. As progênies de meios irmãos Piramex, além de apresentarem maior variabilidade genética nos cruzamentos (5,01%), também deram produções maiores (6,21 kg/10m2</sup) do que as progênies de meios irmãos Cateto cruzadas com Piramex (5,66kg/10m2). O milho Piramex tem assim alta capacidade especifica de combinação com o Cateto, e ainda suficiente variabilidade genética para que essa capacidade especifica de combinação seja aumentada. 6. Os dados mostram uma correlação altamente significativa entre as produções das progênies como tais e as produções das mesmas progênies quando cruzadas com a variedade contrastante. Isso indica que o melhoramento intrapopulacional pode ser acompanhado pelo melhoramento interpopulacional, não havendo incompatibilidade entre ambos. Esta conclusão é uma boa indicação de que um esquema de seleção recorrente reciproca baseado em famílias de meios irmãos, deve ser bastante eficiente quanto ao progresso a ser alcançado.
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