Biologia comparada e controle de qualidade de Heliothis virescens (Fabr., 1781) (Lepidoptera - Noctuidae) em dietas natural e artificial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Augusta Carolina de Camargo Carmello Moreti
Data de Publicação: 1980
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/D.11.1980.tde-20220207-185830
Resumo: Este trabalho foi realizado com o objetivo de estudar a biologia da lagarta-da-maçã, Heliothis virescens (Fabr. 1781) em dieta natural (folhas de algodoeiro da cultivar IAC-17) comparada àquela em dieta artificial (à base de germe de trigo). Procedeu-se paralelamente a um controle de qualidade das populações por gerações sucessivas, a fim de fornecer informações para a manutenção ininterrupta de colônias vigorosas em laboratório, para estudos básicos desta praga. O estudo foi conduzido a 24 ± 2°C, 60 70% de UR e fotoperíodo de 14 horas. Houve um alongamento das fases de lagarta, pré-pupa, pupa e adultos até que os insetos iniciaram a sua adaptação às condições artificiais de criação, enquanto a fase de ovo não sofreu alterações, tendo sempre a duração de três dias. A viabilidade das fases de ovo, lagarta e pupa foi diretamente influenciada pela alimentação e pela diminuição da taxa de variabilidade genética, sendo maior em dieta artificial e na primeira geração. O número de ínstares larvais foi variável de cinco a seis, aumentando a cada geração o número de lagartas com seis instares. O peso das pupas de machos em dieta artificial foi maior do que das fêmeas, ocorrendo o inverso no substrato natural. Em média o peso das pupas foi maior em dieta artificial do que na natural. A porcentagem de pupas e adultos deformados, inicialmente foi maior em dieta artificial, mas nas últimas gerações, foi muito maior em dieta natural. De uma maneira geral ocorreram mais machos do que fêmeas e a maioria delas foi acasalada apenas uma vez, podendo todavia ocorrer acasalamentos múltiplos. Até o sexto dia de postura, em ambos os substratos alimentares, foram obtidos mais de 80% de ovos. As folhas do algodoeiro não foram nutricionalmente adequadas, permitindo a manutenção de colônias de insetos em laboratório somente até a quarta geração. Desta forma os insetos se adaptaram melhor ao alimento artificial, sendo possível a manutenção de insetos em laboratório por oito gerações, a partir das quais deve-se fazer um cruzamento da população de laboratório com a do campo, para que seja mantida a qualidade da criação. O vigor da população de laboratório pôde ser medido, através do peso e porcentagem de deformação de pupas e pela porcentagem de adultos deformados.
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Procedeu-se paralelamente a um controle de qualidade das populações por gerações sucessivas, a fim de fornecer informações para a manutenção ininterrupta de colônias vigorosas em laboratório, para estudos básicos desta praga. O estudo foi conduzido a 24 ± 2°C, 60 70% de UR e fotoperíodo de 14 horas. Houve um alongamento das fases de lagarta, pré-pupa, pupa e adultos até que os insetos iniciaram a sua adaptação às condições artificiais de criação, enquanto a fase de ovo não sofreu alterações, tendo sempre a duração de três dias. A viabilidade das fases de ovo, lagarta e pupa foi diretamente influenciada pela alimentação e pela diminuição da taxa de variabilidade genética, sendo maior em dieta artificial e na primeira geração. O número de ínstares larvais foi variável de cinco a seis, aumentando a cada geração o número de lagartas com seis instares. O peso das pupas de machos em dieta artificial foi maior do que das fêmeas, ocorrendo o inverso no substrato natural. Em média o peso das pupas foi maior em dieta artificial do que na natural. A porcentagem de pupas e adultos deformados, inicialmente foi maior em dieta artificial, mas nas últimas gerações, foi muito maior em dieta natural. De uma maneira geral ocorreram mais machos do que fêmeas e a maioria delas foi acasalada apenas uma vez, podendo todavia ocorrer acasalamentos múltiplos. Até o sexto dia de postura, em ambos os substratos alimentares, foram obtidos mais de 80% de ovos. As folhas do algodoeiro não foram nutricionalmente adequadas, permitindo a manutenção de colônias de insetos em laboratório somente até a quarta geração. Desta forma os insetos se adaptaram melhor ao alimento artificial, sendo possível a manutenção de insetos em laboratório por oito gerações, a partir das quais deve-se fazer um cruzamento da população de laboratório com a do campo, para que seja mantida a qualidade da criação. O vigor da população de laboratório pôde ser medido, através do peso e porcentagem de deformação de pupas e pela porcentagem de adultos deformados. This research was carried out for studying the biology of the tobacco budworm on natural diet (cotton leaves of the cultivar IAC-17) compared to those reared on artificial diet (taking wheat as basis). Along the rearing period a control of the quality of populations by succeeding generations was made in order to provide data for the continuous maintenance of vigorous colonies in laboratory, for basic studies of this pest. The experiment was maintained under the following conditions: 24 ± 2°C, 60 70% R.H. and 14 - hour photoperiod. A delay in the larva, pre-pupa, pupa and adult stages was observed until the insects initiated their adaptation to the rearing artificial conditions. The egg stage did not under go alteration, having always the same 3 - day development period. The viability of the egg, larva and pupal stage was directly influenced by feeding and by the lowering of the genetic variability rate, being highest on artificial diet and in the first generation. The number of larval instars varied from five to six and the number of six-instar larvae increased in each generation. The weight of male pupae from artificial diet was higher than that of female pupae, occuring an inverse on natural diet. The weight of pupae from artificial diet was higher than those from natural diet. The percentage of malformed pupae and adult was initially higher on artificial diet but in the last generations it was higher on natural diet. There was an occurrence of more males than females and most of the females mated only once, though multiple mating could be observed. More than 80 per cent of the eggs were obtained until the sixth day of oviposition. The cotton leaves were not nutritionally adequated once they did not allow the rearing of larvae beyond the fourth generation. The insects were better adapted to the artificial food, and therefore it is possibleto maintain them in laboratory for eight generations. From this on it is necessary to breed them with wild populations from the field for maintaining the quality of the rearing.The vigour of the laboratory population could be measured through the weight and percentage of malformation of pupae and by the percentage of malformed adults. https://doi.org/10.11606/D.11.1980.tde-20220207-185830info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T19:41:50Zoai:teses.usp.br:tde-20220207-185830Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T13:02:47.242124Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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