Análise das relações inter-regionais e intersetoriais na economia brasileira em 1985: uma aplicação de insumo-produto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1998 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20191220-122035/ |
Resumo: | Neste trabalho, é construído um sistema de insumo-produto inter-regional para a economia do Brasil, que é usado para estudar as relações inter-regionais e intersetoriais para o ano de 1985. A obtenção da matriz de insumo-produto, inter-regional brasileira dá-se via desagregação da matriz nacional de insumo-produto do IBGE para 1985, em 05 regiões, conforme critério do IBGE (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul). O procedimento de desagregação realiza-se através de: a) informações dos censos econômicos do IBGE, para 1985; e b) das matrizes do Norte, Silva et al. (1994) e do Nordeste, Silva et al. (1992), ambas para 1985. A base metodológica adotada segue o modelo inter-regional desenvolvido por Isard (1951), bem como as técnicas de obtenção de coeficientes inter-regionais, coeficiente locacional e das matrizes biproporcionais. A análise tem o objetivo de identificar encadeamentos e elos de ligações inter-regionais e intersetoriais, setores-chave, pólos dinâmicos e alguns impactos de demanda final sobre setores e respectivas regiões. Para tal, faz-se uso dos resultados da aplicação dos métodos de índices de ligações de Rasmussen (1956) e Hirschman (1958), do enfoque de campo de influência de Sonis e Hewings (1989 e 1994), dos índices puros de ligações e integração de abordagens alternativas de Guilhoto, Hewings e Sonis (GHS) (1997). Com base nestas teorias, a pesquisa apresenta, como principais conclusões, a identificação de setores chave para as cinco regiões estudadas, conforme se segue: Região Nordeste: Metalurgia, Refino de Petróleo, Químicos Diversos e Indústria Têxtil; Região Sudeste: Metalurgia, Mecânica, Refino de Petróleo e Material de Transporte; Região Sul: Agropecuária, Outros Produtos Alimentares, Refino de Petróleo e Vestuário e Calçados; Região Norte: Agropecuária, Mineração e de Material Elétrico; Região Centro-Oeste; Agropecuária, Mineral não Metálico e Outros Produtos Alimentares. A região Sudeste revela-se quase que inteiramente independente do resto do Brasil. A sua dinâmica basta para o seu desenvolvimento; por outro lado, sua integração na economia é altamente desejável. As regiões Sul e Nordeste, alternam-se na segunda posição em termos de dinâmica de suas estruturas econômicas, seguidas das regiões Norte e Centro-Oeste. Um dos destaques dos resultados refere-se à existência de um forte intercâmbio entre a região Nordeste e a região Norte. |
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Análise das relações inter-regionais e intersetoriais na economia brasileira em 1985: uma aplicação de insumo-produtoThe interregional and intersectoral relations in the Brazilian economy in 1985: an input-output approachBRASILECONOMIA REGIONALRELAÇÕES ECONÔMICASSETOR AGRÍCOLASETOR INDUSTRIALNeste trabalho, é construído um sistema de insumo-produto inter-regional para a economia do Brasil, que é usado para estudar as relações inter-regionais e intersetoriais para o ano de 1985. A obtenção da matriz de insumo-produto, inter-regional brasileira dá-se via desagregação da matriz nacional de insumo-produto do IBGE para 1985, em 05 regiões, conforme critério do IBGE (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul). O procedimento de desagregação realiza-se através de: a) informações dos censos econômicos do IBGE, para 1985; e b) das matrizes do Norte, Silva et al. (1994) e do Nordeste, Silva et al. (1992), ambas para 1985. A base metodológica adotada segue o modelo inter-regional desenvolvido por Isard (1951), bem como as técnicas de obtenção de coeficientes inter-regionais, coeficiente locacional e das matrizes biproporcionais. A análise tem o objetivo de identificar encadeamentos e elos de ligações inter-regionais e intersetoriais, setores-chave, pólos dinâmicos e alguns impactos de demanda final sobre setores e respectivas regiões. Para tal, faz-se uso dos resultados da aplicação dos métodos de índices de ligações de Rasmussen (1956) e Hirschman (1958), do enfoque de campo de influência de Sonis e Hewings (1989 e 1994), dos índices puros de ligações e integração de abordagens alternativas de Guilhoto, Hewings e Sonis (GHS) (1997). Com base nestas teorias, a pesquisa apresenta, como principais conclusões, a identificação de setores chave para as cinco regiões estudadas, conforme se segue: Região Nordeste: Metalurgia, Refino de Petróleo, Químicos Diversos e Indústria Têxtil; Região Sudeste: Metalurgia, Mecânica, Refino de Petróleo e Material de Transporte; Região Sul: Agropecuária, Outros Produtos Alimentares, Refino de Petróleo e Vestuário e Calçados; Região Norte: Agropecuária, Mineração e de Material Elétrico; Região Centro-Oeste; Agropecuária, Mineral não Metálico e Outros Produtos Alimentares. A região Sudeste revela-se quase que inteiramente independente do resto do Brasil. A sua dinâmica basta para o seu desenvolvimento; por outro lado, sua integração na economia é altamente desejável. As regiões Sul e Nordeste, alternam-se na segunda posição em termos de dinâmica de suas estruturas econômicas, seguidas das regiões Norte e Centro-Oeste. Um dos destaques dos resultados refere-se à existência de um forte intercâmbio entre a região Nordeste e a região Norte.In this work it is built an input-output interregional system for the Brazilian economy which is used to study the interregional and intersectoral relations for the year of 1985. The interregional input-output matrix for the Brazilian economy is obtained by breaking down national input-output table (IBGE, 1991) at the level of the five macro regions (North, Northeast, Middle-West, Southeast and South). In the process of disaggregation it is made use of: a) the information contained in the economic census for 1985; and b) the Northeast Silva et al. (1992) and the North Silva et al. (1994) input-output matrices built for 1985. The methodological source is based in the interregional model developed by Isard (1951), it is also made use of the techniques of location quotients as well as biproportional matrices. The main goal in the process of this analysis was to identify how the sectors and regions do interact among themselves, in such way that it would be possible to identify key sector, dynamic regions, and how the final demand do impact the different regions in the system. To do so it made use of the Rasmussen (1956) and Hirschman (1958) linkages, the field of influence approach developed by Sonis and Hewings (1989 and 1994), and the pure linkages and alternatives techniques of identifying integration among regions and sectors developed by Guilhoto, Hewings and Sonis (GHS) (1997). Based on the above theories in this work it was possible to identify key sectors in each of the five regions, which are as follow: Northeast; Refined Petroleum, Textile Products, Chemical Products and Metallurgy. Southeast; Metallurgy, Machinery, Refined Petroleum and Transport Equipment. South; Agriculture, Food Products, Refined Petroleum and Clotting and Footwear. Middle-West; Agriculture, Non Metallic Minerals and Food Products. North; Agriculture, Mining and Electrical Equipment. As a general findings one gets that the Southeast region shows the greatest independence among the Brazilian regions with it own dynamic being enough to sustain its growth, however it has an important role in the productive process of the other regions. The South and Northeast alternated themselves as the second most important region in the economy, followed by the Middle-West and the North region. There also seems to have na strong trade link among the Northeast and North regions.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGuilhoto, Joaquim Jose MartinsCrocomo, Francisco Constantino1998-09-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20191220-122035/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-12-21T01:05:01Zoai:teses.usp.br:tde-20191220-122035Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-12-21T01:05:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Neste trabalho, é construído um sistema de insumo-produto inter-regional para a economia do Brasil, que é usado para estudar as relações inter-regionais e intersetoriais para o ano de 1985. A obtenção da matriz de insumo-produto, inter-regional brasileira dá-se via desagregação da matriz nacional de insumo-produto do IBGE para 1985, em 05 regiões, conforme critério do IBGE (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul). O procedimento de desagregação realiza-se através de: a) informações dos censos econômicos do IBGE, para 1985; e b) das matrizes do Norte, Silva et al. (1994) e do Nordeste, Silva et al. (1992), ambas para 1985. A base metodológica adotada segue o modelo inter-regional desenvolvido por Isard (1951), bem como as técnicas de obtenção de coeficientes inter-regionais, coeficiente locacional e das matrizes biproporcionais. A análise tem o objetivo de identificar encadeamentos e elos de ligações inter-regionais e intersetoriais, setores-chave, pólos dinâmicos e alguns impactos de demanda final sobre setores e respectivas regiões. Para tal, faz-se uso dos resultados da aplicação dos métodos de índices de ligações de Rasmussen (1956) e Hirschman (1958), do enfoque de campo de influência de Sonis e Hewings (1989 e 1994), dos índices puros de ligações e integração de abordagens alternativas de Guilhoto, Hewings e Sonis (GHS) (1997). Com base nestas teorias, a pesquisa apresenta, como principais conclusões, a identificação de setores chave para as cinco regiões estudadas, conforme se segue: Região Nordeste: Metalurgia, Refino de Petróleo, Químicos Diversos e Indústria Têxtil; Região Sudeste: Metalurgia, Mecânica, Refino de Petróleo e Material de Transporte; Região Sul: Agropecuária, Outros Produtos Alimentares, Refino de Petróleo e Vestuário e Calçados; Região Norte: Agropecuária, Mineração e de Material Elétrico; Região Centro-Oeste; Agropecuária, Mineral não Metálico e Outros Produtos Alimentares. A região Sudeste revela-se quase que inteiramente independente do resto do Brasil. A sua dinâmica basta para o seu desenvolvimento; por outro lado, sua integração na economia é altamente desejável. As regiões Sul e Nordeste, alternam-se na segunda posição em termos de dinâmica de suas estruturas econômicas, seguidas das regiões Norte e Centro-Oeste. Um dos destaques dos resultados refere-se à existência de um forte intercâmbio entre a região Nordeste e a região Norte. |
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