A antinomia da teoria do conhecimento de Schopenhauer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Katia Cilene da Silva Santos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.8.2017.tde-24102017-124238
Resumo: Este trabalho versa sobre a antinomia da faculdade de conhecimento, também conhecida como paradoxo de Zeller, que Schopenhauer refere no primeiro livro de O mundo como Vontade e representação. Essa questão tem sido bastante discutida na história do pensamento schopenhaueriano e permanece ainda hoje como um problema em aberto. Desde os primeiros leitores de Schopenhauer, a antinomia da faculdade de conhecimento foi apontada como um problema de solução difícil, quando não impossível, e explicada de maneiras diversas. Algumas vezes, apontou-se a heterogeneidade das teorias sobre as quais o pensamento schopenhaueriano se ergue; em outras, a antinomia foi atribuída a erros de interpretação da filosofia kantiana; por vezes, remeteram-na a um dualismo em que se chocam materialismo e idealismo, ou realismo e idealismo, e há ainda outras visões. Nesta tese, propomos uma interpretação alternativa, que toma as dificuldades da filosofia schopenhaueriana como constitutivas, e, sem pretender justificá-la nem impugná-la, busca sua compreensão a partir das questões teóricas com as quais o filósofo se defrontou. Como resultado, encontramos que Schopenhauer evidencia a insuficiência tanto do idealismo quanto do realismo para a explicação completa e correta do mundo, bem como a mútua exigência entre ambos. A complementaridade entre os pontos de vista opostos do idealismo e do realismo impõe que sejam articulados, embora sua combinação origine os diversos problemas presentes na obra schopenhaueriana, entre os quais está a antinomia da faculdade de conhecimento. Adicionalmente, analisamos outras questões e dificuldades que surgiram no pensamento de Schopenhauer, algumas mencionadas pelo filósofo, outras não.
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