Efeitos fisiológicos provocados pelo fungicida Fluxapiroxade, isolado e em mistura com a Piraclostrobina, na cultura de soja
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-25062014-093337/ |
Resumo: | Além do controle de fungos fitopatogênicos, muitos fungicidas produzem efeitos fisiológicos positivos na planta, contribuindo para a melhoria da produtividade da cultura mesmo na ausência de doenças. O objetivo deste trabalho foi verificar se o fungicida Fluxapiroxade, aplicado de forma isolada e e em mistura com a Piraclostrobina, exerce algum efeito fisiológico na cultura de soja. Para tal, foram conduzidos dois experimentos (I - em campo e II - em câmara de crescimento), em blocos ao acaso, comparando seis tratamentos: [1] Testemunha, [2] Ciproconazol (100 g.ha-1 i.a), [3] Piraclostrobina (100 g.ha-1 i.a.), [4] Fluxapiroxade (50 g.ha-1 i.a.), [5] Fluxapiroxade (50 g.ha-1 i.a.) + Piraclostrobina (100 g.ha-1 i.a.) e [6] Piraclostrobina (75 g.ha-1 i.a). No experimento I, os tratamentos foram aplicados em R1 e R5.1, sendo avaliadas(os): a atividade das enzimas antioxidantes (superóxido dismutase, guaiacol peroxidase e catalase) no primeiro, quarto e sétimo dia após cada aplicação; o índice de área foliar aos 20 dias após cada aplicação; a massa de matéria seca de folha, haste e órgãos reprodutivos aos 20 dias após cada aplicação; o número de vagens por planta em R6, a produtividade e a massa de 1000 grãos. No experimento II, os tratamentos foram aplicados em V7 e foram avaliadas: a fotossíntese líquida, a respiração, a condutância estomática, a transpiração e a temperatura foliar das plantas, um dia após a aplicação, por meio de um analisador infra-vermelho de gás (IRGA). Não foram observadas alterações no índice de área foliar, massa de matéria seca, respiração, transpiração, condutância estomática, temperatura foliar, número de vagens e massa de 1000 grãos para o tratamento Fluxapiroxade, tanto isolado como em mistura com a Piraclostrobina. Porém, a aplicação do Fluxapiroxade isolado reduziu a atividade das enzimas antioxidantes e também a produtividade, embora tenha elevado a taxa fotossintética líquida. Em mistura com a Piraclostrobina, houve uma redução da atividade das enzimas antioxidantes, o que refletiu em uma tendência de prejuízo à produtividade. Por outro lado, o fungicida Piraclostrobina (75 g.ha-1) apresentou maiores massa de matéria seca de flor, atividade das enzimas antioxidantes, taxa fotossintética líquida e produtividade, o que sugere uma atuação benéfica desse fungicida no metabolismo fotossintético e antioxidante da planta. Na dose de 100 g.ha-1, entretanto, a Piraclostrobina reduziu a atividade das enzimas antioxidantes e a produtividade, parecendo exercer efeito contrário àquele observado para a dose de 75 g.ha-1, embora não tenha apresentado qualquer sintoma de fitotoxicidade. |
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Efeitos fisiológicos provocados pelo fungicida Fluxapiroxade, isolado e em mistura com a Piraclostrobina, na cultura de sojaPhysiological effects promoted by fungicide Fluxapyroxad, alone and mixed with Pyraclostrobin, in soybeanCarboxamidasCarboxamidesEstrobilurinasStrobilurinsTriazóisTriazolesAlém do controle de fungos fitopatogênicos, muitos fungicidas produzem efeitos fisiológicos positivos na planta, contribuindo para a melhoria da produtividade da cultura mesmo na ausência de doenças. O objetivo deste trabalho foi verificar se o fungicida Fluxapiroxade, aplicado de forma isolada e e em mistura com a Piraclostrobina, exerce algum efeito fisiológico na cultura de soja. Para tal, foram conduzidos dois experimentos (I - em campo e II - em câmara de crescimento), em blocos ao acaso, comparando seis tratamentos: [1] Testemunha, [2] Ciproconazol (100 g.ha-1 i.a), [3] Piraclostrobina (100 g.ha-1 i.a.), [4] Fluxapiroxade (50 g.ha-1 i.a.), [5] Fluxapiroxade (50 g.ha-1 i.a.) + Piraclostrobina (100 g.ha-1 i.a.) e [6] Piraclostrobina (75 g.ha-1 i.a). No experimento I, os tratamentos foram aplicados em R1 e R5.1, sendo avaliadas(os): a atividade das enzimas antioxidantes (superóxido dismutase, guaiacol peroxidase e catalase) no primeiro, quarto e sétimo dia após cada aplicação; o índice de área foliar aos 20 dias após cada aplicação; a massa de matéria seca de folha, haste e órgãos reprodutivos aos 20 dias após cada aplicação; o número de vagens por planta em R6, a produtividade e a massa de 1000 grãos. No experimento II, os tratamentos foram aplicados em V7 e foram avaliadas: a fotossíntese líquida, a respiração, a condutância estomática, a transpiração e a temperatura foliar das plantas, um dia após a aplicação, por meio de um analisador infra-vermelho de gás (IRGA). Não foram observadas alterações no índice de área foliar, massa de matéria seca, respiração, transpiração, condutância estomática, temperatura foliar, número de vagens e massa de 1000 grãos para o tratamento Fluxapiroxade, tanto isolado como em mistura com a Piraclostrobina. Porém, a aplicação do Fluxapiroxade isolado reduziu a atividade das enzimas antioxidantes e também a produtividade, embora tenha elevado a taxa fotossintética líquida. Em mistura com a Piraclostrobina, houve uma redução da atividade das enzimas antioxidantes, o que refletiu em uma tendência de prejuízo à produtividade. Por outro lado, o fungicida Piraclostrobina (75 g.ha-1) apresentou maiores massa de matéria seca de flor, atividade das enzimas antioxidantes, taxa fotossintética líquida e produtividade, o que sugere uma atuação benéfica desse fungicida no metabolismo fotossintético e antioxidante da planta. Na dose de 100 g.ha-1, entretanto, a Piraclostrobina reduziu a atividade das enzimas antioxidantes e a produtividade, parecendo exercer efeito contrário àquele observado para a dose de 75 g.ha-1, embora não tenha apresentado qualquer sintoma de fitotoxicidade.Beyond the control of plant pathogenic fungi, many fungicides produce positive physiological effects on plants, contributing to crop yield even in the absence of disease. The objective of this research is to verify if the fungicide Fluxapyroxad, alone and mixed with Pyraclostrobin, has a physiological effect on soybean. Two experiments were carried out (I - field and II - growth chamber), in a randomized block, comparing six treatments: [1] Control, [2] Ciproconazol (100 g.ha-1 a.i.), [3] Pyraclostrobin (100 g.ha-1 a.i.), [4] Fluxapyroxad (50 g.ha-1 a.i.), [5] Fluxapyroxad (50 g.ha-1 a.i.) + Pyraclostrobin (100 g.ha-1 a.i.) and [6] Pyraclostrobin (75 g.ha-1 a.i.). Experiment I was conducted with five replications and treatments were sprayed on the leaves, at stages R1 and R5.1. The activity of antioxidant enzymes (superoxide dismutase, catalase and guaiacol peroxidase) was measured on the first, fourth and seventh day after each application. The leaf area index and the leaf, stem and flower/pod dry matter were measured 20 days after each application. The number of pods per plant, yield and weight of 1000 seeds were also measured. Experiment II was conducted with four replications and treatments were sprayed only at V7, due to limitation of space in the growth chamber. Net photosynthesis, respiration, stomatal conductance, transpiration and leaf temperature were measured one day after the application, by a \"Infra-Red Gas analyser\" (IRGA). No changes in leaf area index, dry matter, respiration, transpiration, stomatal conductance, leaf temperature, number of pods or weight of 1000 seeds were observed for the treatment Fluxapyroxad, neither alone nor in combination with Pyraclostrobin. The application of Fluxapyroxad alone reduced both the activity of antioxidant enzymes and yield, although net photosynthesis was increased. Fluxapyroxad + Pyraclostrobin reduced the activity of antioxidant enzymes and showed a tendency to reduce yield. Moreover, the treatment with Pyraclostrobin (75 g.ha-1) was superior in terms of flower dry matter, antioxidant enzyme activity, net photosynthetic rate and yield, suggesting that this fungicide may have a positive effect on photosynthetic and antioxidative metabolism of the soybean plant. Pyraclostrobin (100 g.ha-1), however, reduced antioxidant enzyme activity and yield, which suggests that an elevation in the Pyraclostrobin dose promotes the opposite effect of that observed for the recommended dose, although no phytotoxicity symptoms have appeared.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPDourado Neto, DurvalCarrijo, Daniela Resende2014-06-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-25062014-093337/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:49Zoai:teses.usp.br:tde-25062014-093337Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Além do controle de fungos fitopatogênicos, muitos fungicidas produzem efeitos fisiológicos positivos na planta, contribuindo para a melhoria da produtividade da cultura mesmo na ausência de doenças. O objetivo deste trabalho foi verificar se o fungicida Fluxapiroxade, aplicado de forma isolada e e em mistura com a Piraclostrobina, exerce algum efeito fisiológico na cultura de soja. Para tal, foram conduzidos dois experimentos (I - em campo e II - em câmara de crescimento), em blocos ao acaso, comparando seis tratamentos: [1] Testemunha, [2] Ciproconazol (100 g.ha-1 i.a), [3] Piraclostrobina (100 g.ha-1 i.a.), [4] Fluxapiroxade (50 g.ha-1 i.a.), [5] Fluxapiroxade (50 g.ha-1 i.a.) + Piraclostrobina (100 g.ha-1 i.a.) e [6] Piraclostrobina (75 g.ha-1 i.a). No experimento I, os tratamentos foram aplicados em R1 e R5.1, sendo avaliadas(os): a atividade das enzimas antioxidantes (superóxido dismutase, guaiacol peroxidase e catalase) no primeiro, quarto e sétimo dia após cada aplicação; o índice de área foliar aos 20 dias após cada aplicação; a massa de matéria seca de folha, haste e órgãos reprodutivos aos 20 dias após cada aplicação; o número de vagens por planta em R6, a produtividade e a massa de 1000 grãos. No experimento II, os tratamentos foram aplicados em V7 e foram avaliadas: a fotossíntese líquida, a respiração, a condutância estomática, a transpiração e a temperatura foliar das plantas, um dia após a aplicação, por meio de um analisador infra-vermelho de gás (IRGA). Não foram observadas alterações no índice de área foliar, massa de matéria seca, respiração, transpiração, condutância estomática, temperatura foliar, número de vagens e massa de 1000 grãos para o tratamento Fluxapiroxade, tanto isolado como em mistura com a Piraclostrobina. Porém, a aplicação do Fluxapiroxade isolado reduziu a atividade das enzimas antioxidantes e também a produtividade, embora tenha elevado a taxa fotossintética líquida. Em mistura com a Piraclostrobina, houve uma redução da atividade das enzimas antioxidantes, o que refletiu em uma tendência de prejuízo à produtividade. Por outro lado, o fungicida Piraclostrobina (75 g.ha-1) apresentou maiores massa de matéria seca de flor, atividade das enzimas antioxidantes, taxa fotossintética líquida e produtividade, o que sugere uma atuação benéfica desse fungicida no metabolismo fotossintético e antioxidante da planta. Na dose de 100 g.ha-1, entretanto, a Piraclostrobina reduziu a atividade das enzimas antioxidantes e a produtividade, parecendo exercer efeito contrário àquele observado para a dose de 75 g.ha-1, embora não tenha apresentado qualquer sintoma de fitotoxicidade. |
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