Relação entre o embasamento cristalino e os sedimentos basais do Subgrupo Itararé na região de Sorocaba-Salto de Pirapora - SP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Massoli, Marcos
Data de Publicação: 1991
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-03112015-152406/
Resumo: Este trabalho tem por objetivo apresentar contribuição à estratigrafia e evolução ambiental da parte inferior do Subgrupo Itararé na região de Sorocaba. Considerando-se a predominância de corpos rochosos em determinados níveis estratigráficos do Subgrupo Itararé, subdividiu-se o mesmo em quatro conjuntos litológicos, denominados, a partir da base, 1, 2, 3, e 4. Para tanto, foi de grande importância a elaboração de seções geológicas de superfície, bem como a obtenção de perfil detalhado de uma sondagem realizada para captação de água subterrânea. O conjunto litológico 1 compreende essencialmente diamictitos de matriz arenosa, depositados em ambiente com influência glacial sobre o embasamento cristalino, no qual pode ser constatada superfície polida, com estrias para N55 °W. Sobrejacente ao conjunto litológico 1 e ao embasamento cristalino, situa-se uma sequencia de clásticos essencialmente finos, depositados em condições subaquáticas, com influência marinha no topo. Sobreposto aos conjuntos litológicos 1 e 2 e transgredindo em direção ao embasamento cristalino, encontra-se um pacote essencialmente arenoso, originado em planícies de lavagem, aluviais e flúvio-deltaicas, denominado conjunto litológico 3, no qual assentam-se siltitos depositados, possivelmente, em planícies de inundação, considerados conjunto litológico 4. Dispostos irregularmente sobre os conjuntos 3 e 4 encontram-se diamictitos maciços, de origem glacial, representando o final da sedimentação do Subgrupo Itararé na área estudada. Constatou-se no km 132 da rodovia SP-264, no extremo sul da área, a ocorrência de rocha metabásica (epidosito) pertencente ao Grupo São Roque, cuja superfície polida e estriada e sua morfologia, ainda que parcialmente recoberta por sedimentos, permitiram interpretá-la como \"moutonnée\". As feições glaciais originaram-se da glaciação responsável pela deposição do conjunto litológico 1, no Carbonífero. A cerca de 180 m do contato do Subgrupo Itararé com o embasamento cristalino, no topo do conjunto litológico 2, afloram sedimentos contendo fósseis marinhos datados do Carbonífero Superior. O estudo da paleotopografia do embasamento permitiu a constatação de elevações e depressões que condicionaram a deposição dos sedimentos do Subgrupo Itararé, além de possibilitarem nova interpretação quanto à posição estratigráfica dos corpos rochosos ocorrentes na área. O conceito que se adotava até então admitia o empilhamento vertical dos litossomas a partir da borda da bacia para o interior. Na realidade, sedimentos da área estudada, localizados na margem leste da bacia, são de topo, recobrindo, por \"onlap\", sedimentos mais antigos.
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Sobrejacente ao conjunto litológico 1 e ao embasamento cristalino, situa-se uma sequencia de clásticos essencialmente finos, depositados em condições subaquáticas, com influência marinha no topo. Sobreposto aos conjuntos litológicos 1 e 2 e transgredindo em direção ao embasamento cristalino, encontra-se um pacote essencialmente arenoso, originado em planícies de lavagem, aluviais e flúvio-deltaicas, denominado conjunto litológico 3, no qual assentam-se siltitos depositados, possivelmente, em planícies de inundação, considerados conjunto litológico 4. Dispostos irregularmente sobre os conjuntos 3 e 4 encontram-se diamictitos maciços, de origem glacial, representando o final da sedimentação do Subgrupo Itararé na área estudada. Constatou-se no km 132 da rodovia SP-264, no extremo sul da área, a ocorrência de rocha metabásica (epidosito) pertencente ao Grupo São Roque, cuja superfície polida e estriada e sua morfologia, ainda que parcialmente recoberta por sedimentos, permitiram interpretá-la como \"moutonnée\". As feições glaciais originaram-se da glaciação responsável pela deposição do conjunto litológico 1, no Carbonífero. A cerca de 180 m do contato do Subgrupo Itararé com o embasamento cristalino, no topo do conjunto litológico 2, afloram sedimentos contendo fósseis marinhos datados do Carbonífero Superior. O estudo da paleotopografia do embasamento permitiu a constatação de elevações e depressões que condicionaram a deposição dos sedimentos do Subgrupo Itararé, além de possibilitarem nova interpretação quanto à posição estratigráfica dos corpos rochosos ocorrentes na área. O conceito que se adotava até então admitia o empilhamento vertical dos litossomas a partir da borda da bacia para o interior. Na realidade, sedimentos da área estudada, localizados na margem leste da bacia, são de topo, recobrindo, por \"onlap\", sedimentos mais antigos.It is presented herein a contribution to the stratigraphy and environmental evolution of the Permocarboniferous Itararé Subgroup sediments as developed in the Sorocaba region of the Paraná sedimentary basin, State of São Paulo. Some surface geological sections as well as the detailed geological description of a whole cored well drilled for underground water allowed the stratigraphical subdivision of the local permocarboniferous sediments into informal lithological unities numbered one (the lowest) to four (the upmost). The unity one is essentially made up of arenceous matrix diamictites thought to be derived through reworked glacial beds by water. It rests directly on the crystalline basement, which, in one place, is polished and bearing striae striking N55°w. The unity two is essentially made up of fine clastics, mainly siltstones, thougth to be laid down in subaqueous environments. Its uppermost beds bear marine fossils, Pennsylvanian palynomorphs, agglutinated Foraminifera and Orbiculoidea. These fossiliferous beds lay 180 m above the crystalline basement as present in the above mentioned well drilled for underground water. This unit rests either on beds of the unity one or directly on the crystalline basement. The unity three is essentially arenaceous, resting on the unity two but overlapping it toward the border of the basin where it rests directly on the crystalline basement. This unity is thought to be generated in washing plains, alluvial and fluvio-deltaic environments. The unity is essentially made up of siltstones laid down on the unity three and possibly generated in flood plains. Diamictites and tillites are irregularly scattered either on unity three or unity four. A \"roche moutonnée\" was recognized at km 132 of the road Salto de Pirapora-Pilar do sul (SP-264). It is formed by Precambriam metabasic rock (epidosite) of the São Roque Group. Its polished and striated surface is covered by reworked glacial beds grading upward to finer clastics. It is interpreted as the result of the glacial advance, which generated the unity one. Several wells drilled for underground water as well as electroresistivity geophysical profiles, allowed the recognition of a paleotopography of the Itararé Subgroup, specifically a paleovalley thought to be at least partially pre_Itararé eventually deformed by the Araçoiaba Jurassic-Cretaceous alkaline intrusion. The previous models of sedimentation in this region pointed to a piled us deposition of the lithosomes from border so the border sediments would be the oldest ones. The model here proposed points to an onlap of the sediments toward the border so the eastern arenaceous sediments would be the youngest ones.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPetri, SetembrinoMassoli, Marcos1991-04-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-03112015-152406/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:58Zoai:teses.usp.br:tde-03112015-152406Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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