Participação da resposta inflamatória induzida por Chlamydophila pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae no infarto agudo do miocárdio
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-17122013-155352/ |
Resumo: | Os agentes infecciosos têm sido considerados iniciadores da desestabilização da placa de ateroma. Este mecanismo pode estar relacionado a uma intensificação do processo inflamatório através da interação dos receptores de membrana CD14 e TLR com os microorganismos. Para avaliar esta hipótese, estudou-se a participação da resposta inflamatória induzida por Chlamydophila pneumoniae (Cp) e Mycoplasma pneumoniae (Mp) em indivíduos com infarto agudo do miocárdio (IAM). Avaliou-se também, a possível associação entre polimorfismos dos genes CD14, TLR2, TLR4 e TNFA e a expressão dos genes IL6, TLR2, TLR4 e TNFA em leucócitos do sangue periférico, assim como a sua associação com o IAM. Para isso, foi realizado um estudo caso-controle constituído por pacientes com IAM e por indivíduos sem evidência de doença cardiovascular (grupo controle). As imunoglobulinas IgM e IgG séricas anti-Cp foram detectadas por imunofluorescência indireta. O DNA dos agentes infecciosos foi detectado no sangue periférico pela PCR em tempo real. A genotipagem dos polimorfismos TNFA -308G>A, IL6 -174G>C, CD14 -260C>T, TLR4 (Asp299Gli e Thr39911e) e TLR2 Arg753Gln e a quantificação relativa da expressão gênica nas células sanguíneas foram analisados pela PCR em tempo real. A porcentagem de positividade para DNA de Cp foi de 18,0% e 8,1% nos grupos IAM e controle (p=0,071), respectivamente, (p=0,071). Foram positivos para DNA de Mp, 5,0% e 11,2% dos indivíduos nos grupos IAM e controle, respectivamente (p=0,318). Sete indivíduos (7,1%) do grupo IAM tiveram títulos anti-Cp IgG positivos (1:512) e 3,9% dos indivíduos do grupo controle (p=0,718). A expressão do TLR4 foi significantemente menor no grupo IAM (0,00113±0,00102) comparado ao grupo controle (0,00144±0,000806; p=0,003). As frequências genotípicas e alelicas dos polimorfismos TNFA -308G>A, CD14 -260C>T, TLR4 (Asp299GIi e Thr39911e) e TLR2 Arg753Gln foram similares entre os grupos estudados (p>0,05) sugerindo que esses polimorfismos não estão associados com IAM nesta amostra populacional. No grupo IAM, houve associação entre o genótipo -260CT+TI CD14 com títulos IgG anti-Cp detectados na diluição 1:16 (p=0,042). Da mesma forma, o alelo A do polimorfismo -308G>A TNF-α foi associado com títulos positivos de IgG anti-Cp na diluição 1:512 (p=0,0058). No grupo IAM, pacientes positivos para DNA de Cp tiveram maiores concentrações de fibrinogênio do que pacientes negativos para este agente infeccioso (541,8±161,5mg/dL e 450,5±196,8mg/dL, respectivamente; p=0.043). Os agentes infecciosos Chlamydophila pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae não foram significantemente mais frequentes em indivíduos que tiveram infarto agudo do miocárdio em relação ao grupo controle, porém houve uma associação, no grupo IAM, entre positividade para DNA de C. pneumoniae e concentrações mais elevadas de fibrinogênio. |
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Participação da resposta inflamatória induzida por Chlamydophila pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae no infarto agudo do miocárdioParticipation of the inflammatory response induced by Chlamydophila pneumoniae and Mycoplasma pneumoniae in acute myocardial infarctionExpressão gênicaGene expressionInfarctionInfartoMicroorganismMicroorganismoPolimorfismoPolymorphismOs agentes infecciosos têm sido considerados iniciadores da desestabilização da placa de ateroma. Este mecanismo pode estar relacionado a uma intensificação do processo inflamatório através da interação dos receptores de membrana CD14 e TLR com os microorganismos. Para avaliar esta hipótese, estudou-se a participação da resposta inflamatória induzida por Chlamydophila pneumoniae (Cp) e Mycoplasma pneumoniae (Mp) em indivíduos com infarto agudo do miocárdio (IAM). Avaliou-se também, a possível associação entre polimorfismos dos genes CD14, TLR2, TLR4 e TNFA e a expressão dos genes IL6, TLR2, TLR4 e TNFA em leucócitos do sangue periférico, assim como a sua associação com o IAM. Para isso, foi realizado um estudo caso-controle constituído por pacientes com IAM e por indivíduos sem evidência de doença cardiovascular (grupo controle). As imunoglobulinas IgM e IgG séricas anti-Cp foram detectadas por imunofluorescência indireta. O DNA dos agentes infecciosos foi detectado no sangue periférico pela PCR em tempo real. A genotipagem dos polimorfismos TNFA -308G>A, IL6 -174G>C, CD14 -260C>T, TLR4 (Asp299Gli e Thr39911e) e TLR2 Arg753Gln e a quantificação relativa da expressão gênica nas células sanguíneas foram analisados pela PCR em tempo real. A porcentagem de positividade para DNA de Cp foi de 18,0% e 8,1% nos grupos IAM e controle (p=0,071), respectivamente, (p=0,071). Foram positivos para DNA de Mp, 5,0% e 11,2% dos indivíduos nos grupos IAM e controle, respectivamente (p=0,318). Sete indivíduos (7,1%) do grupo IAM tiveram títulos anti-Cp IgG positivos (1:512) e 3,9% dos indivíduos do grupo controle (p=0,718). A expressão do TLR4 foi significantemente menor no grupo IAM (0,00113±0,00102) comparado ao grupo controle (0,00144±0,000806; p=0,003). As frequências genotípicas e alelicas dos polimorfismos TNFA -308G>A, CD14 -260C>T, TLR4 (Asp299GIi e Thr39911e) e TLR2 Arg753Gln foram similares entre os grupos estudados (p>0,05) sugerindo que esses polimorfismos não estão associados com IAM nesta amostra populacional. No grupo IAM, houve associação entre o genótipo -260CT+TI CD14 com títulos IgG anti-Cp detectados na diluição 1:16 (p=0,042). Da mesma forma, o alelo A do polimorfismo -308G>A TNF-α foi associado com títulos positivos de IgG anti-Cp na diluição 1:512 (p=0,0058). No grupo IAM, pacientes positivos para DNA de Cp tiveram maiores concentrações de fibrinogênio do que pacientes negativos para este agente infeccioso (541,8±161,5mg/dL e 450,5±196,8mg/dL, respectivamente; p=0.043). Os agentes infecciosos Chlamydophila pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae não foram significantemente mais frequentes em indivíduos que tiveram infarto agudo do miocárdio em relação ao grupo controle, porém houve uma associação, no grupo IAM, entre positividade para DNA de C. pneumoniae e concentrações mais elevadas de fibrinogênio.Atheroma plaque instability has been attributed to the presence of some infectious agents. This mechanism may be related with increased stimulus of inflammatory process through interactions of CD14 and TLR with infectious agents. In this present study, it was evaluated the association of the presence of Chlamydophila pneumoniae and Mycoplasma pneumonia with acute myocardial infarction (AMI). A case-control study was conducted with AMI patients and non-AMI individuais as controls. Immunoglobulin G (lgG) and IgM antibodies anti-Chlamydophila pneumoniae were detected by indirect immunifluorescent assay and the Cp DNA and Mp DNA were detected by real time PCR (RT-PCR) in peripheral blood cells. Using the same method, the individuals were genotyped and the gene expressions of TLR2, TLR4, IL-6 e TNF-α were evaluated by RT-qPCR. In AMI patients, Cp DNA and Mp DNA were positive in 18,0% and 5,0% samples, respectively. In controls, 8,1% and 11,2% were positive for Cp DNA and Mp DNA, respectively. TLR4 expression was significantly decreased in AMI patients (0.00113±0.001 02) compared with controls (0.00144±0.000S06; p=0.003). The frequencies of -308G>A TNF-α., -260C>T CD14, Asp299Gli TLR4, Thr39911e TLR4e Arg753Gln TLR2 SNPs in AMI group were similar to those found in controls. On the other hand, In AMI group, the -260CT+TT CD14 genotype was associated with anti-CP IgG antibody titer of 1/16. Likewise, the rare allele of -308G>A TNF-α was associated with anti-CP IgG antibody titer of 1/16. Cp DNA positive patients had high concentration of fibrinogen when compared with negative patients. In conclusion, Cp DNA and Mp DNA positivity were not associated with AMI.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPHirata, Mario HiroyukiLima Neto, Lídio Gonçalves2011-06-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-17122013-155352/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:02Zoai:teses.usp.br:tde-17122013-155352Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Os agentes infecciosos têm sido considerados iniciadores da desestabilização da placa de ateroma. Este mecanismo pode estar relacionado a uma intensificação do processo inflamatório através da interação dos receptores de membrana CD14 e TLR com os microorganismos. Para avaliar esta hipótese, estudou-se a participação da resposta inflamatória induzida por Chlamydophila pneumoniae (Cp) e Mycoplasma pneumoniae (Mp) em indivíduos com infarto agudo do miocárdio (IAM). Avaliou-se também, a possível associação entre polimorfismos dos genes CD14, TLR2, TLR4 e TNFA e a expressão dos genes IL6, TLR2, TLR4 e TNFA em leucócitos do sangue periférico, assim como a sua associação com o IAM. Para isso, foi realizado um estudo caso-controle constituído por pacientes com IAM e por indivíduos sem evidência de doença cardiovascular (grupo controle). As imunoglobulinas IgM e IgG séricas anti-Cp foram detectadas por imunofluorescência indireta. O DNA dos agentes infecciosos foi detectado no sangue periférico pela PCR em tempo real. A genotipagem dos polimorfismos TNFA -308G>A, IL6 -174G>C, CD14 -260C>T, TLR4 (Asp299Gli e Thr39911e) e TLR2 Arg753Gln e a quantificação relativa da expressão gênica nas células sanguíneas foram analisados pela PCR em tempo real. A porcentagem de positividade para DNA de Cp foi de 18,0% e 8,1% nos grupos IAM e controle (p=0,071), respectivamente, (p=0,071). Foram positivos para DNA de Mp, 5,0% e 11,2% dos indivíduos nos grupos IAM e controle, respectivamente (p=0,318). Sete indivíduos (7,1%) do grupo IAM tiveram títulos anti-Cp IgG positivos (1:512) e 3,9% dos indivíduos do grupo controle (p=0,718). A expressão do TLR4 foi significantemente menor no grupo IAM (0,00113±0,00102) comparado ao grupo controle (0,00144±0,000806; p=0,003). As frequências genotípicas e alelicas dos polimorfismos TNFA -308G>A, CD14 -260C>T, TLR4 (Asp299GIi e Thr39911e) e TLR2 Arg753Gln foram similares entre os grupos estudados (p>0,05) sugerindo que esses polimorfismos não estão associados com IAM nesta amostra populacional. No grupo IAM, houve associação entre o genótipo -260CT+TI CD14 com títulos IgG anti-Cp detectados na diluição 1:16 (p=0,042). Da mesma forma, o alelo A do polimorfismo -308G>A TNF-α foi associado com títulos positivos de IgG anti-Cp na diluição 1:512 (p=0,0058). No grupo IAM, pacientes positivos para DNA de Cp tiveram maiores concentrações de fibrinogênio do que pacientes negativos para este agente infeccioso (541,8±161,5mg/dL e 450,5±196,8mg/dL, respectivamente; p=0.043). Os agentes infecciosos Chlamydophila pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae não foram significantemente mais frequentes em indivíduos que tiveram infarto agudo do miocárdio em relação ao grupo controle, porém houve uma associação, no grupo IAM, entre positividade para DNA de C. pneumoniae e concentrações mais elevadas de fibrinogênio. |
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