Para além das grades curriculares: o valor das vivências formativas em empreendedorismo durante a graduação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-07062021-093542/ |
Resumo: | Ao passo que cresce a compreensão sobre a necessidade da inovação tecnológica para o desenvolvimento econômico, cresce também a demanda por agentes melhor preparados para o estímulo à criação de negócios inovadores. A universidade, como um desses agentes, cumpre o papel de fazer avançar a pesquisa acadêmica - que cria bases para as novas oportunidades tecnológicas -, mas também carrega consigo a sua missão original: o ensino. Na missão de ensinar, à universidade é entregue o papel de formar empreendedores e inovadores capazes de levar adiante as inovações tecnológicas criando empresas de alto crescimento e impacto socioeconômico. E como se cumpre hoje essa missão? Em sua maioria, os formatos clássicos de ensino, como tradicionais aulas expositivas, são os vigentes nas pesquisas sobre formação de empreendedores, sendo este o foco de críticas ao ensino formal para empreendedorismo e inovação. Contudo, diferentes espaços de formação também participam dentro dos assim chamados \"muros acadêmicos\", tornando a universidade um agente de formação de empreendedores não somente por meio das salas de aula - e é esta a pauta central deste trabalho. Defende-se aqui a tese de que o conceito de \"ensino de empreendedorismo\", que por definição traz a carga do modelo clássico das salas de aula, se transformou em algo abrangente, no qual o aluno não mais atravessa sua graduação apenas em vivências pedagógicas professor-aluno, mas também em vivências que envolvem múltiplos ambientes formativos, emergindo assim o conceito de \"formação em empreendedorismo\". Mas quais os agentes partícipes dessa formação? Dentre as múltiplas vivências, que vão desde iniciação científica à liderança de atividades em um Centro Acadêmico, quais se mostraram mais participativas na formação de empreendedores brasileiros? Essa é a questão motivadora desta tese, que tem como objetivo identificar o valor de espaços partícipes na formação de empreendedores de startups. Foram coletadas 175 respostas com empreendedores à frente de startups com mais de um ano de existência. A análise de dados utilizou técnicas de análise univariada, análise fatorial por componentes principais e modelagem de equações estruturais. O resultado aponta para agrupamentos de vivências pelas quais empreendedores passaram durante a graduação, além de vivências mais importantes, seja no grau de engajamento de empreendedores, na percepção destes quanto ao papel formativo em sua graduação e até mesmo na associação com desempenho futuro da startup. Desta forma, o trabalho contribui com a teoria ao apresentar o valor das vivências em casos efetivos de criação de empresa, não somente na intenção de empreender, além de trazer resultados específicos, como vivências em detalhes e relações com desempenho. Para a prática, o trabalho apresenta resultados capazes de nortear decisões de gestores universitários em estratégias de estímulo ao empreendedorismo. |
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Para além das grades curriculares: o valor das vivências formativas em empreendedorismo durante a graduaçãoBeyond the classroom: the value of formative entrepreneurship experiences during undergraduate studiesEducação empreendedoraEmpreendedorismoEntrepreneurial universitiesEntrepreneurshipEntrepreneurship educationStartupsStartupsUniversidades empreendedorasAo passo que cresce a compreensão sobre a necessidade da inovação tecnológica para o desenvolvimento econômico, cresce também a demanda por agentes melhor preparados para o estímulo à criação de negócios inovadores. A universidade, como um desses agentes, cumpre o papel de fazer avançar a pesquisa acadêmica - que cria bases para as novas oportunidades tecnológicas -, mas também carrega consigo a sua missão original: o ensino. Na missão de ensinar, à universidade é entregue o papel de formar empreendedores e inovadores capazes de levar adiante as inovações tecnológicas criando empresas de alto crescimento e impacto socioeconômico. E como se cumpre hoje essa missão? Em sua maioria, os formatos clássicos de ensino, como tradicionais aulas expositivas, são os vigentes nas pesquisas sobre formação de empreendedores, sendo este o foco de críticas ao ensino formal para empreendedorismo e inovação. Contudo, diferentes espaços de formação também participam dentro dos assim chamados \"muros acadêmicos\", tornando a universidade um agente de formação de empreendedores não somente por meio das salas de aula - e é esta a pauta central deste trabalho. Defende-se aqui a tese de que o conceito de \"ensino de empreendedorismo\", que por definição traz a carga do modelo clássico das salas de aula, se transformou em algo abrangente, no qual o aluno não mais atravessa sua graduação apenas em vivências pedagógicas professor-aluno, mas também em vivências que envolvem múltiplos ambientes formativos, emergindo assim o conceito de \"formação em empreendedorismo\". Mas quais os agentes partícipes dessa formação? Dentre as múltiplas vivências, que vão desde iniciação científica à liderança de atividades em um Centro Acadêmico, quais se mostraram mais participativas na formação de empreendedores brasileiros? Essa é a questão motivadora desta tese, que tem como objetivo identificar o valor de espaços partícipes na formação de empreendedores de startups. Foram coletadas 175 respostas com empreendedores à frente de startups com mais de um ano de existência. A análise de dados utilizou técnicas de análise univariada, análise fatorial por componentes principais e modelagem de equações estruturais. O resultado aponta para agrupamentos de vivências pelas quais empreendedores passaram durante a graduação, além de vivências mais importantes, seja no grau de engajamento de empreendedores, na percepção destes quanto ao papel formativo em sua graduação e até mesmo na associação com desempenho futuro da startup. Desta forma, o trabalho contribui com a teoria ao apresentar o valor das vivências em casos efetivos de criação de empresa, não somente na intenção de empreender, além de trazer resultados específicos, como vivências em detalhes e relações com desempenho. Para a prática, o trabalho apresenta resultados capazes de nortear decisões de gestores universitários em estratégias de estímulo ao empreendedorismo.As the understanding of the role of technological innovation on economic development grows, so does the demand for preparing better agents for fostering the creation of innovative business. The university, as one of these agents, fulfills the role of advancing academic research - which creates bases for new technological opportunities - but also carries with it its original mission: teaching. In the teaching mission, the university is given the role of forming entrepreneurs and innovators able to carry out technological innovation by creating high-growth companies and economic impact. And how is this mission fulfilled today? For the most part, the classical classroom teaching formats are still used in training potential entrepreneurs, which embodies one of the main current criticisms of formal education for entrepreneurship and innovation. Nevertheless, new forms of support have emerged within the academic walls, especially beyond the classroom setting - and this is the central guideline of this thesis. Here, it is defended the thesis that the concept of \"entrepreneurship education\", which by definition brings the load of the teacher-student classic model, has become more comprehensive, in which the student no longer crosses its undergraduate studies only in classroom experiences, but also in experiences that involve multiple training environments, thus emerging the concept of \"building entrepreneurs\". But which agents are involved in this competence building? Among the many experiences - ranging from laboratories internship to organizing parties when managing a Student Club - which has been more prominent in developing Brazilian entrepreneurs? This constitutes the main research question of this thesis, which aims to identify the value of participating spaces in startup entrepreneurs\' undergraduate studies. 175 responses were collected from founders of startups with more than a year of existence. The data analysis used univariate analysis techniques, factor analysis, and structural equation modeling. The result points to groupings of experiences that entrepreneurs went through during graduation, in addition to more important experiences, whether in the degree of engagement of entrepreneurs, in their perception of the formative role in their graduation, and even in association with the future performance of the startup. In this way, the work contributes to the theory by presenting the value of experiences in effective cases of creating a company, not only with entrepreneurial intentions, in addition to bringing specific results, such as experiences in detail and relationships with performance. For practitioners, this work presents guiding results for university management decisions in strategies to encourage entrepreneurship.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPlonski, Guilherme AryRibeiro, Artur Tavares Vilas Boas2021-04-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-07062021-093542/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-08-12T19:04:02Zoai:teses.usp.br:tde-07062021-093542Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-08-12T19:04:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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