Autoconceito e memória operacional de crianças com fissura labiopalatina não-sindrômica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-06102020-141753/ |
Resumo: | Objetivo: Este estudo teve como objetivo principal verificar a associação entre o autoconceito e a memória operacional de crianças com fissura labiopalatina não-sindrômica (FLPNS). Também foram caracterizados e comparados os níveis de autoconceito e o funcionamento da memória operacional (MO) verbal, visuoespacial, sob a interferência de estímulos com valência emocional, em crianças com e sem FLPNS. Método: Os procedimentos éticos foram realizados. O estudo caracterizou-se como descritivo, transversal, de abordagem quantitativa e qualitativa. Foram formados dois grupos, que totalizaram 103 crianças com idades entre 09 e 10 anos, sendo o grupo alvo composto por 53 crianças com FLPNS (M idade= 120,4 meses; DP=6,26) e o grupo comparativo, por 50 crianças sem FLPNS (M idade=120,2 meses; DP=6,79). Os participantes foram submetidos ao protocolo de avaliação de cada domínio: a MO visuoespacial foi avaliada por meio dos Blocos de Corsi e a MO verbal, por meio do subteste Dígitos do WISC-IV. Para avaliação da interferência de distratores emocionais na MO, foi utilizado um paradigma experimental chamado Tarefa de Memória Operacional Emocional (TMOE). O autoconceito foi avaliado com a Escala do Autoconceito Infantojuvenil EAC-IJ nos domínios pessoal, escolar, familiar e social. Para a análise estatística, foram utilizadas medidas descritivas, para caracterização da amostra, e inferenciais, para comparação das medidas de tendência central. Para a correlação entre as medidas da MO e do autoconceito foi utilizado o teste de correlação de Spearman. O nível de significância adotado foi de 5% (p0,05). Resultados: Não foram verificadas associações significantes entre o desempenho da MO e os níveis do autoconceito. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos em relação à MO verbal e visuoespacial. Na TMOE, o grupo sem FLPNS apresentou os escores mais rebaixados em comparação ao grupo com FLPNS, com maior número de erros, mas tempo de reação equivalente. Ambos os grupos apresentaram declínio no desempenho quando submetidas a distratores com valência negativa. O autoconceito escolar do grupo sem FLPNS também se mostrou rebaixado em relação ao do grupo alvo. Conclusão: Neste estudo, o autoconceito não se mostrou um fator interferente no desempenho da MO. As crianças com FLPNS apresentaram desempenho equivalente ao das crianças sem FLPNS nos componentes da MO. Quando em situações adversas, apresentaram, melhor desempenho. O autoconceito também se mostrou compatível ao da população geral nos domínios familiar, social e pessoal e, maior no domínio escolar. Esses achados não corroboraram as diferenças encontradas em outros estudos, que podem ter sofrido a influência de fatores correlatos, tais como os linguísticos, prejudicados na população com fissura labiopalatina |
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Autoconceito e memória operacional de crianças com fissura labiopalatina não-sindrômicaSelf-concept and working memory of children with non-syndromic cleft lip/palateAutoconceitoCleft lipCleft palateFissura labialFissura palatinaMemória operacionalSelf conceptShort-term memoryObjetivo: Este estudo teve como objetivo principal verificar a associação entre o autoconceito e a memória operacional de crianças com fissura labiopalatina não-sindrômica (FLPNS). Também foram caracterizados e comparados os níveis de autoconceito e o funcionamento da memória operacional (MO) verbal, visuoespacial, sob a interferência de estímulos com valência emocional, em crianças com e sem FLPNS. Método: Os procedimentos éticos foram realizados. O estudo caracterizou-se como descritivo, transversal, de abordagem quantitativa e qualitativa. Foram formados dois grupos, que totalizaram 103 crianças com idades entre 09 e 10 anos, sendo o grupo alvo composto por 53 crianças com FLPNS (M idade= 120,4 meses; DP=6,26) e o grupo comparativo, por 50 crianças sem FLPNS (M idade=120,2 meses; DP=6,79). Os participantes foram submetidos ao protocolo de avaliação de cada domínio: a MO visuoespacial foi avaliada por meio dos Blocos de Corsi e a MO verbal, por meio do subteste Dígitos do WISC-IV. Para avaliação da interferência de distratores emocionais na MO, foi utilizado um paradigma experimental chamado Tarefa de Memória Operacional Emocional (TMOE). O autoconceito foi avaliado com a Escala do Autoconceito Infantojuvenil EAC-IJ nos domínios pessoal, escolar, familiar e social. Para a análise estatística, foram utilizadas medidas descritivas, para caracterização da amostra, e inferenciais, para comparação das medidas de tendência central. Para a correlação entre as medidas da MO e do autoconceito foi utilizado o teste de correlação de Spearman. O nível de significância adotado foi de 5% (p0,05). Resultados: Não foram verificadas associações significantes entre o desempenho da MO e os níveis do autoconceito. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos em relação à MO verbal e visuoespacial. Na TMOE, o grupo sem FLPNS apresentou os escores mais rebaixados em comparação ao grupo com FLPNS, com maior número de erros, mas tempo de reação equivalente. Ambos os grupos apresentaram declínio no desempenho quando submetidas a distratores com valência negativa. O autoconceito escolar do grupo sem FLPNS também se mostrou rebaixado em relação ao do grupo alvo. Conclusão: Neste estudo, o autoconceito não se mostrou um fator interferente no desempenho da MO. As crianças com FLPNS apresentaram desempenho equivalente ao das crianças sem FLPNS nos componentes da MO. Quando em situações adversas, apresentaram, melhor desempenho. O autoconceito também se mostrou compatível ao da população geral nos domínios familiar, social e pessoal e, maior no domínio escolar. Esses achados não corroboraram as diferenças encontradas em outros estudos, que podem ter sofrido a influência de fatores correlatos, tais como os linguísticos, prejudicados na população com fissura labiopalatinaObjective: This study aimed to verify the association between self-concept and working memory (WM) of children with non-syndromic cleft palate (NSCLP). The levels of self-concept and the functioning of verbal, visual and spatial WM and under the interference of emotionally valued stimuli were characterized and compared between children with and without NSCLP. Method: Ethical procedures were performed. The study was characterized as descriptive, transversal and of quantitative and qualitative approach. Two groups were formed, totalizing 103 children aged between 9 and 10 years. The target group consisted of 53 children with NSCLP (M age = 120.4 months; SD = 6.26) and the comparative group of 50 children without NSCLP (M age = 120.2 months, SD = 6.79). Participants were submitted to the evaluation protocol of each domain: visuospatial WM was evaluated through the Corsi Blocks and verbal WM, using the Digits subtest of WISC-IV. To evaluate the interference of emotional distractors in WM, was used an experimental paradigm named Emotional Working Memory Task (EWMT). The self-concept was evaluated using the Children and Adolescents Self-Concept Scale (EAC-IJ) in the personal, school, family and social domains. For the statistical analysis, descriptive measures were used, for characterization of the sample, and inferential, for comparison of measures of central tendency. For the correlation between WM measurements and self-concept, the Spearman correlation test was used. The level of significance was set at 5% (p0.05). Results: There were no significant associations between WM performance and self-concept levels. There was no statistically significant difference between the groups in the verbal and visuospatial WM. In the EMWT, the group without NSCLP had worse performance, with greater number of errors, but an equivalent reaction time. Both groups showed a decline in performance when subjected to distractors with negative valence. The scholar self-concept of the group without NSCLP also declined in relation to that of the target group. Conclusion: In this study, the self-concept was not an interfering factor in WM performance. Children with NSCLP presented an equivalent performance to the children without NSCLP in the WM components. When in adverse situations, they presented better performance. Self-concept was also compatible with that of the general population in the family, social and personal domains, and higher in the school domain. These findings did not corroborate the differences found in other studies, which may have been influenced by correlated factors, such as linguistic ones, that may be impaired in the population with cleft lip and palateBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTabaquim, Maria de Lourdes MerighiBaldin, Mayara dos Santos2018-08-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-06102020-141753/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-06102020-141753Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Objetivo: Este estudo teve como objetivo principal verificar a associação entre o autoconceito e a memória operacional de crianças com fissura labiopalatina não-sindrômica (FLPNS). Também foram caracterizados e comparados os níveis de autoconceito e o funcionamento da memória operacional (MO) verbal, visuoespacial, sob a interferência de estímulos com valência emocional, em crianças com e sem FLPNS. Método: Os procedimentos éticos foram realizados. O estudo caracterizou-se como descritivo, transversal, de abordagem quantitativa e qualitativa. Foram formados dois grupos, que totalizaram 103 crianças com idades entre 09 e 10 anos, sendo o grupo alvo composto por 53 crianças com FLPNS (M idade= 120,4 meses; DP=6,26) e o grupo comparativo, por 50 crianças sem FLPNS (M idade=120,2 meses; DP=6,79). Os participantes foram submetidos ao protocolo de avaliação de cada domínio: a MO visuoespacial foi avaliada por meio dos Blocos de Corsi e a MO verbal, por meio do subteste Dígitos do WISC-IV. Para avaliação da interferência de distratores emocionais na MO, foi utilizado um paradigma experimental chamado Tarefa de Memória Operacional Emocional (TMOE). O autoconceito foi avaliado com a Escala do Autoconceito Infantojuvenil EAC-IJ nos domínios pessoal, escolar, familiar e social. Para a análise estatística, foram utilizadas medidas descritivas, para caracterização da amostra, e inferenciais, para comparação das medidas de tendência central. Para a correlação entre as medidas da MO e do autoconceito foi utilizado o teste de correlação de Spearman. O nível de significância adotado foi de 5% (p0,05). Resultados: Não foram verificadas associações significantes entre o desempenho da MO e os níveis do autoconceito. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos em relação à MO verbal e visuoespacial. Na TMOE, o grupo sem FLPNS apresentou os escores mais rebaixados em comparação ao grupo com FLPNS, com maior número de erros, mas tempo de reação equivalente. Ambos os grupos apresentaram declínio no desempenho quando submetidas a distratores com valência negativa. O autoconceito escolar do grupo sem FLPNS também se mostrou rebaixado em relação ao do grupo alvo. Conclusão: Neste estudo, o autoconceito não se mostrou um fator interferente no desempenho da MO. As crianças com FLPNS apresentaram desempenho equivalente ao das crianças sem FLPNS nos componentes da MO. Quando em situações adversas, apresentaram, melhor desempenho. O autoconceito também se mostrou compatível ao da população geral nos domínios familiar, social e pessoal e, maior no domínio escolar. Esses achados não corroboraram as diferenças encontradas em outros estudos, que podem ter sofrido a influência de fatores correlatos, tais como os linguísticos, prejudicados na população com fissura labiopalatina |
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