SUS - instâncias de negociação entre os gestores: as comissões intergestores e a questão federativa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-20082024-174237/ |
Resumo: | O federalismo propicia um excelente espaço para a solução de conflitos. Adotado no Brasil desde a Constituição de 1891, é apontado por alguns autores como o responsável pela manutenção da integridade territorial do país, além de ter garantido as condições para que a sociedade brasileira atravessasse ondas sucessivas de centralização e descentralização política. O Sistema Único de Saúde - SUS - surge em meio a um processo de redemocratização da sociedade e absorve os seus valores descentralizadores. Entre suas diretrizes, encontra-se a de que deve se configurar num sistema de saúde organizado descentralizadamente, com comando único em cada nível de governo. Esta diretriz está associada à forma federativa de organização do Estado brasileiro. Internamente ao SUS, as Comissões Intergestores constituem-se num espaço institucional em que os três níveis de governo se encontram e procuram formas pactuadas de encaminhar o projeto de implantação e desenvolvimento do sistema de saúde. A qualidade das relações contraídas pelos gestores nesse meio estará influenciada pela cultura federativa e a influenciará. Nosso objetivo é qualificar essas relações. Para tanto, abordamos duas dimensões da autonomia dos entes federativos que pactuam nas Intergestores: a financeira e a administrativa. A composição dos gastos públicos em saúde, a procedência dos seus recursos e o processo concreto de negociação na Intergestores demonstra que a plena caracterização da autonomia dos gestores subnacionais deve ser buscada no fórum de elaboração das normas operacionalizadoras da descentralização, já que o comportamento dos gestores e o volume de recursos a sua disposição não parecem ser limitadores da autonomia preconizada pelos artigos constitucionais. |
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SUS - instâncias de negociação entre os gestores: as comissões intergestores e a questão federativaInstances SUS-trading among managers: the intergovernmental commissions and federal mattersFederalismFederalismoInter Managers CommissionsIntergestoresSUSSUSO federalismo propicia um excelente espaço para a solução de conflitos. Adotado no Brasil desde a Constituição de 1891, é apontado por alguns autores como o responsável pela manutenção da integridade territorial do país, além de ter garantido as condições para que a sociedade brasileira atravessasse ondas sucessivas de centralização e descentralização política. O Sistema Único de Saúde - SUS - surge em meio a um processo de redemocratização da sociedade e absorve os seus valores descentralizadores. Entre suas diretrizes, encontra-se a de que deve se configurar num sistema de saúde organizado descentralizadamente, com comando único em cada nível de governo. Esta diretriz está associada à forma federativa de organização do Estado brasileiro. Internamente ao SUS, as Comissões Intergestores constituem-se num espaço institucional em que os três níveis de governo se encontram e procuram formas pactuadas de encaminhar o projeto de implantação e desenvolvimento do sistema de saúde. A qualidade das relações contraídas pelos gestores nesse meio estará influenciada pela cultura federativa e a influenciará. Nosso objetivo é qualificar essas relações. Para tanto, abordamos duas dimensões da autonomia dos entes federativos que pactuam nas Intergestores: a financeira e a administrativa. A composição dos gastos públicos em saúde, a procedência dos seus recursos e o processo concreto de negociação na Intergestores demonstra que a plena caracterização da autonomia dos gestores subnacionais deve ser buscada no fórum de elaboração das normas operacionalizadoras da descentralização, já que o comportamento dos gestores e o volume de recursos a sua disposição não parecem ser limitadores da autonomia preconizada pelos artigos constitucionais.The federalism provides an excellent timing to solve the conflicts. Adopted in Brazil since the Constitution of 1891, that is named by some authors like the responsible of the maintenance of the territorial integrity of the country, besides it got guaranteed the conditions to the brazilian society crossing successives waves of political centralization and decentralization. The Sistema Único de Saúde - SUS - comes in the middle of a process of redemocratization of the society and on decentralizating values. Among their directives one of those is that the health system must be organized in a decentralizated form, with only one command in each level of government. This directive is associated to the federative organization form of the brazilian State. In the SUS, the inter managers commissions constitute a institutional space that the three government levels meet and in a pactuated form of sending the implantation and development project of the health system. The quality of relations acquired by managers in that, will be influenced by the federative culture and it will influence that. Our objective is qualify this relations. We touched two dimensions of the autonomy of the federatives actors that make a agreement in the inter managers commission: the financial and the administrative. The composition of the health public expenses, the procedence of their features and the concrete process of negotiation in the inter manager commission show that the autonomy whole characterization of subnational managers must be looked for in the elaboration forum of decentralization operating rules, because the managers behaviour and the feature volume available don\'t seem a limitant factor of the autonomy advocated by the constitutionals articles.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPZioni, FabiolaNascimento, Paulo Roberto do2002-05-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-20082024-174237/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-21T22:21:03Zoai:teses.usp.br:tde-20082024-174237Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-21T22:21:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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