Influência das rainhas na infestação do ácaro parasita Varroa destructor em colmeias de abelhas Apis mellifera

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Arthur Henrique Puccetti
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-16012024-090514/
Resumo: A apicultura enfrenta há décadas a Varroatose, patologia apícola causada pelo ácaro Varroa destructor, que gerou, e continua gerando, inúmeros prejuízos na criação de abelhas da espécie Apis mellifera em várias partes do globo. Muitos manejos, produtos, conhecimento técnico e científico já foram produzidos para conter os danos da Varroatose e permitir maior segurança e sustentabilidade na apicultura, mas ainda existem pontos obscuros na relação parasita/hospedeiro que devem ser desvendados na busca por um controle mais eficaz contra a ação do ácaro. No Brasil, diferentemente de países europeus e norte-americanos, as colmeias sobrevivem sem a utilização de acaricídas e/ou outras técnicas de controle do Varroa, isso se deve às características próprias que a abelha africanizada apresenta, como comportamento higiênico mais eficaz e menor volume de alvéolo de cria. O protocolo utilizado pelos pesquisadores brasileiros na década de 80, quando o Varroa iniciou sua atividade parasitária no Brasil, de não utlizar em primeira instância acaricídas para controle do ácaro permitiu o desenvolvimento de resistência nas abelhas contra seu novo parasita, esse fator também corroborou para a grande tolerância da abelha africanizada contra a Varroatose. A ausência da abelha-rainha na colmeia também é um fator que gera diminuição nos níveis de infestação dos ácaros no ninho. Este trabalho apresenta dois experimentos de isolamento de rainhas para controle da infestação acarina. No primeiro experimento, a rainha foi isolada em apenas uma colmeia, dentre duas que formam um sobreninho, ao analisar a cria das abelhas, foi constatado que o nível de infestação diminuiu em algumas colmeias. No segundo experimento, a abelha-rainha foi removida totalmente de uma colmeia formada por uma caixa ninho, ao analisar a cria das abelhas, também houve redução nos níveis de infestação, demonstrando que esta técnica pode ser promissora no controle da Varroatose.
id USP_082e567b2ae20c68b321aff90b94100a
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-16012024-090514
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Influência das rainhas na infestação do ácaro parasita Varroa destructor em colmeias de abelhas Apis melliferaInfluence of queens on the infestation of the parasitic mite Varroa destructor in Apis mellifera beehivesAbelha africanizadaAfricanized beeColmeias sem rainhaQueenless hivesTolerance to Varroa destructorTolerância ao Varroa destructorVarroa destructor in BrazilVarroa destructor no BrasilVarroatoseVarroatosisA apicultura enfrenta há décadas a Varroatose, patologia apícola causada pelo ácaro Varroa destructor, que gerou, e continua gerando, inúmeros prejuízos na criação de abelhas da espécie Apis mellifera em várias partes do globo. Muitos manejos, produtos, conhecimento técnico e científico já foram produzidos para conter os danos da Varroatose e permitir maior segurança e sustentabilidade na apicultura, mas ainda existem pontos obscuros na relação parasita/hospedeiro que devem ser desvendados na busca por um controle mais eficaz contra a ação do ácaro. No Brasil, diferentemente de países europeus e norte-americanos, as colmeias sobrevivem sem a utilização de acaricídas e/ou outras técnicas de controle do Varroa, isso se deve às características próprias que a abelha africanizada apresenta, como comportamento higiênico mais eficaz e menor volume de alvéolo de cria. O protocolo utilizado pelos pesquisadores brasileiros na década de 80, quando o Varroa iniciou sua atividade parasitária no Brasil, de não utlizar em primeira instância acaricídas para controle do ácaro permitiu o desenvolvimento de resistência nas abelhas contra seu novo parasita, esse fator também corroborou para a grande tolerância da abelha africanizada contra a Varroatose. A ausência da abelha-rainha na colmeia também é um fator que gera diminuição nos níveis de infestação dos ácaros no ninho. Este trabalho apresenta dois experimentos de isolamento de rainhas para controle da infestação acarina. No primeiro experimento, a rainha foi isolada em apenas uma colmeia, dentre duas que formam um sobreninho, ao analisar a cria das abelhas, foi constatado que o nível de infestação diminuiu em algumas colmeias. No segundo experimento, a abelha-rainha foi removida totalmente de uma colmeia formada por uma caixa ninho, ao analisar a cria das abelhas, também houve redução nos níveis de infestação, demonstrando que esta técnica pode ser promissora no controle da Varroatose.Beekeeping has been facing Varroatosis for decades, an apicultural pathology caused by the mite Varroa destructor, which has generated, and continues to generate, numerous losses in the breeding of bees of the Apis mellifera species in various parts of the globe. Many managements, products, technical and scientific knowledge, have already been produced to contain the damage of Varroatosis, and allow greater safety and sustainability in beekeeping, but there are still obscure points in the parasite/host relationship that must be unraveled in the search for a greater control of the mite action. In Brazil, unlike European and North American countries, hives survive without the use of acaricides and/or other Varroa control techniques, this is due to the specific characteristics that the africanized bee presents, such as more effective hygienic behavior and lower volume of brood cell. The protocol used by Brazilian researchers in the 80s, when Varroa started its parasitic activity in Brazil, of not using acaricides in the first instance to control the mite, allowed the development of resistance in bees against this new parasite, this factor also corroborated for the great tolerance of the africanized bee against Varroatosis. The absence of the queen bee in the hive is also a factor that generates a decrease in the levels of mite infestation in the nest. This work presents two experiments to isolate queens to control mite infestation. In the first experiment, the queen was isolated in only one hive, among two that form an offspring, when analyzing the brood of the bees it was verified that the level of infestation decreased in some hives. In the second experiment, the queen bee was completely removed from a hive formed by a nest box, when analyzing the bee brood there was also a reduction in infestation levels, demonstrating that this technique can be promising in the control of Varroatosis.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPJong, David deNascimento, Arthur Henrique Puccetti2023-11-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-16012024-090514/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-03-06T12:07:02Zoai:teses.usp.br:tde-16012024-090514Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-03-06T12:07:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Influência das rainhas na infestação do ácaro parasita Varroa destructor em colmeias de abelhas Apis mellifera
Influence of queens on the infestation of the parasitic mite Varroa destructor in Apis mellifera beehives
title Influência das rainhas na infestação do ácaro parasita Varroa destructor em colmeias de abelhas Apis mellifera
spellingShingle Influência das rainhas na infestação do ácaro parasita Varroa destructor em colmeias de abelhas Apis mellifera
Nascimento, Arthur Henrique Puccetti
Abelha africanizada
Africanized bee
Colmeias sem rainha
Queenless hives
Tolerance to Varroa destructor
Tolerância ao Varroa destructor
Varroa destructor in Brazil
Varroa destructor no Brasil
Varroatose
Varroatosis
title_short Influência das rainhas na infestação do ácaro parasita Varroa destructor em colmeias de abelhas Apis mellifera
title_full Influência das rainhas na infestação do ácaro parasita Varroa destructor em colmeias de abelhas Apis mellifera
title_fullStr Influência das rainhas na infestação do ácaro parasita Varroa destructor em colmeias de abelhas Apis mellifera
title_full_unstemmed Influência das rainhas na infestação do ácaro parasita Varroa destructor em colmeias de abelhas Apis mellifera
title_sort Influência das rainhas na infestação do ácaro parasita Varroa destructor em colmeias de abelhas Apis mellifera
author Nascimento, Arthur Henrique Puccetti
author_facet Nascimento, Arthur Henrique Puccetti
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Jong, David de
dc.contributor.author.fl_str_mv Nascimento, Arthur Henrique Puccetti
dc.subject.por.fl_str_mv Abelha africanizada
Africanized bee
Colmeias sem rainha
Queenless hives
Tolerance to Varroa destructor
Tolerância ao Varroa destructor
Varroa destructor in Brazil
Varroa destructor no Brasil
Varroatose
Varroatosis
topic Abelha africanizada
Africanized bee
Colmeias sem rainha
Queenless hives
Tolerance to Varroa destructor
Tolerância ao Varroa destructor
Varroa destructor in Brazil
Varroa destructor no Brasil
Varroatose
Varroatosis
description A apicultura enfrenta há décadas a Varroatose, patologia apícola causada pelo ácaro Varroa destructor, que gerou, e continua gerando, inúmeros prejuízos na criação de abelhas da espécie Apis mellifera em várias partes do globo. Muitos manejos, produtos, conhecimento técnico e científico já foram produzidos para conter os danos da Varroatose e permitir maior segurança e sustentabilidade na apicultura, mas ainda existem pontos obscuros na relação parasita/hospedeiro que devem ser desvendados na busca por um controle mais eficaz contra a ação do ácaro. No Brasil, diferentemente de países europeus e norte-americanos, as colmeias sobrevivem sem a utilização de acaricídas e/ou outras técnicas de controle do Varroa, isso se deve às características próprias que a abelha africanizada apresenta, como comportamento higiênico mais eficaz e menor volume de alvéolo de cria. O protocolo utilizado pelos pesquisadores brasileiros na década de 80, quando o Varroa iniciou sua atividade parasitária no Brasil, de não utlizar em primeira instância acaricídas para controle do ácaro permitiu o desenvolvimento de resistência nas abelhas contra seu novo parasita, esse fator também corroborou para a grande tolerância da abelha africanizada contra a Varroatose. A ausência da abelha-rainha na colmeia também é um fator que gera diminuição nos níveis de infestação dos ácaros no ninho. Este trabalho apresenta dois experimentos de isolamento de rainhas para controle da infestação acarina. No primeiro experimento, a rainha foi isolada em apenas uma colmeia, dentre duas que formam um sobreninho, ao analisar a cria das abelhas, foi constatado que o nível de infestação diminuiu em algumas colmeias. No segundo experimento, a abelha-rainha foi removida totalmente de uma colmeia formada por uma caixa ninho, ao analisar a cria das abelhas, também houve redução nos níveis de infestação, demonstrando que esta técnica pode ser promissora no controle da Varroatose.
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-11-21
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-16012024-090514/
url https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-16012024-090514/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815257012209975296