Avaliação da força do assoalho pélvico, perda urinária e desempenho sexual em mulheres com fibromialgia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-05102017-094416/ |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A fibromialgia (FM) foi definida pelo American College of Rheumatology (ACR) em 1990 como a presença de dor crônica e difusa de origem musculoesquelética nos quatro quadrantes e esqueleto axial associada à presença de pelo menos 11 de 18 tender points. Em 2010 uma revisão dos critérios diagnósticos apontou para outros sintomas, como o sono não reparador, dor de cabeça e depressão. A prevalência dos distúrbios do assoalho pélvico é alta e causa impacto negativo na qualidade de vida das mulheres, entretanto existem poucos estudos com esse enfoque em fibromiálgicas. OBJETIVO: Avaliar a força do assoalho pélvico, perda urinária e desempenho sexual em mulheres com fibromialgia e verificar se existe associação entre a FM e a incontinência urinária (IU). MÉTODO: Foram avaliadas 128 mulheres com idade entre 19 e 65 anos distribuídas em dois grupos, sendo um com diagnóstico médico de fibromialgia (GFM) e outro sem fibromialgia (GS). A avaliação foi realizada em um único encontro e com o mesmo avaliador, na qual foram obtidos dados pessoais e ginecológicos, características da incontinência urinária, avaliação do assoalho pélvico segundo o Esquema PERFECT e perineometria, aplicação do King Health Questionnaire (KHQ) para mulheres incontinentes e do questionário Quociente Sexual - Versão Feminina (QS-F). RESULTADOS: As mulheres GFM apresentaram menor grau de força muscular no esquema PERFECT (p < 0,001) e na perineometria (p=0,04). A IU foi frequente nas fibromiálgicas (p < 0,001). As mulheres do GFM tiveram pior desempenho no KHQ nos domínios Saúde Geral (p < 0,001) e sono/ energia (p < 0,003) e quanto ao escore total do QS-F (p<0,001). CONCLUSÃO: A incontinência urinária é frequente nas mulheres com fibromialgia, e está relacionada com o grau de força dos músculos do assoalho pélvico, afetando negativamente sua qualidade de vida, principalmente no que diz respeito a saúde geral e sono/ energia, afetando ainda seu desempenho sexual. |
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Avaliação da força do assoalho pélvico, perda urinária e desempenho sexual em mulheres com fibromialgiaEvaluation of pelvic floor, urinary loss and sexual performance in women with fibromyalgiaAssoalho pélvicoFibromialgiaFibromyalgiaFisioterapiaIncontinência urináriaPelvic floorPhysical therapy specialtyQualidade de vidaQuality of lifeSexualidadeSexualityUrinary incontinenceINTRODUÇÃO: A fibromialgia (FM) foi definida pelo American College of Rheumatology (ACR) em 1990 como a presença de dor crônica e difusa de origem musculoesquelética nos quatro quadrantes e esqueleto axial associada à presença de pelo menos 11 de 18 tender points. Em 2010 uma revisão dos critérios diagnósticos apontou para outros sintomas, como o sono não reparador, dor de cabeça e depressão. A prevalência dos distúrbios do assoalho pélvico é alta e causa impacto negativo na qualidade de vida das mulheres, entretanto existem poucos estudos com esse enfoque em fibromiálgicas. OBJETIVO: Avaliar a força do assoalho pélvico, perda urinária e desempenho sexual em mulheres com fibromialgia e verificar se existe associação entre a FM e a incontinência urinária (IU). MÉTODO: Foram avaliadas 128 mulheres com idade entre 19 e 65 anos distribuídas em dois grupos, sendo um com diagnóstico médico de fibromialgia (GFM) e outro sem fibromialgia (GS). A avaliação foi realizada em um único encontro e com o mesmo avaliador, na qual foram obtidos dados pessoais e ginecológicos, características da incontinência urinária, avaliação do assoalho pélvico segundo o Esquema PERFECT e perineometria, aplicação do King Health Questionnaire (KHQ) para mulheres incontinentes e do questionário Quociente Sexual - Versão Feminina (QS-F). RESULTADOS: As mulheres GFM apresentaram menor grau de força muscular no esquema PERFECT (p < 0,001) e na perineometria (p=0,04). A IU foi frequente nas fibromiálgicas (p < 0,001). As mulheres do GFM tiveram pior desempenho no KHQ nos domínios Saúde Geral (p < 0,001) e sono/ energia (p < 0,003) e quanto ao escore total do QS-F (p<0,001). CONCLUSÃO: A incontinência urinária é frequente nas mulheres com fibromialgia, e está relacionada com o grau de força dos músculos do assoalho pélvico, afetando negativamente sua qualidade de vida, principalmente no que diz respeito a saúde geral e sono/ energia, afetando ainda seu desempenho sexual.INTRODUCTION: In 1990, fibromyalgia (FM) was defined by the American College of Rheumatology as chronic and widespread pain of musculoskeletal origin in the four quadrants and axial skeleton associated with the presence of 11 of the 18 tender points. The fibromyalgia studies were focused on pain, but a 2010 review of the diagnostic criteria pointed to other symptoms such as non-repairing sleep, headache and depression. The prevalence of pelvic floor disorders is high and has a negative impact on women\'s quality of life, however there are few studies with this focus on women with fibromyalgia. OBJECTIVE: To assess the strength of the pelvic floor, urinary loss and sexual performance in women with fibromyalgia and to verify if there is an association between FM and urinary incontinence (UI). METHOD: A total of 128 women aged 19 to 65 years old were distributed in two groups, one group of 62 that were diagnosed with fibromyalgia (GFM) and one group of 64 that were not (GS). Data were collected in a single meeting with the same evaluator and included personal data, clinical data, and information about urinary tract symptoms, pelvic floor assessment was according to the PERFECT Scheme and perineometry. The King\'s Health Questionnaire was given to women who reported urinary leakage and Sexual Quotient - Female Version questionnaire (QS-F) for sexually active women. RESULTS: GFM women presented lower muscle strength in the PERFECT scheme (p < 0.001) and in perineometry (p=0.04). UI was frequent in GFM (p < 0.001). GFM women had poorer KHQ performance in the General Health (p < 0.001) and Sleep/Energy domains (p < 0.003) and QS-F final score (p < 0.001). CONCLUSION: UI is frequent in women with fibromyalgia and is related to pelvic floor muscle strenght, negatively affecting their quality of life, especially regarding general health and sleep/ energy, also affecting their sexual performanceBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFerreira, Elizabeth Alves GonçalvesFusco, Hellen Cristina Souza de Carvalho2017-07-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-05102017-094416/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:38:18Zoai:teses.usp.br:tde-05102017-094416Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:38:18Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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