Instrumento de avaliação de resultados de grupos realizados pelas equipes de núcleo de apoio à saúde da família na atenção primária à saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Karina Prestupa de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7144/tde-08052019-160803/
Resumo: O objeto deste estudo são os grupos realizados pelas equipes de Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) na Atenção Primária a Saúde (APS) e a avaliação de seus resultados enquanto tecnologia de cuidado e modalidade assistencial prioritária destas equipes ofertada a usuários com condições crônicas de saúde. A sistematização do processo de avaliação pode auxiliar na validação do grupo como tecnologia de cuidado eficaz e capaz de ofertar respostas às necessidades de saúde destes usuários. Objetivos: caracterizar os usuários participantes e os profissionais que coordenam estes grupos; identificar os motivos dos usuários para estarem no grupo e suas expectativas; identificar o perfil e características dos grupos e suas formas de avaliação e/ou instrumentos atualmente aplicados e refletir com os profissionais sobre em que visão de saúde e educação os grupos se apoiam; levantar junto às equipes as dificuldades e possibilidades para a realização de avaliações de resultados dos grupos em seu cotidiano; propor e elaborar um instrumento de avaliação de resultados dos grupos a partir das reflexões emergentes do processo da pesquisa e condizente com a realidade e processos de trabalho das equipes de NASF. Metodologia: trata-se de uma pesquisa-ação, realizada em Unidades Básicas de Saúde (UBS) com Estratégia de Saúde da Família (ESF), no Município de São Paulo. Os sujeitos da pesquisa foram os participantes dos grupos e os profissionais que coordenam os grupos. Para tratamento dos dados foi utilizada a análise temática de conteúdo. Resultados: Os usuários dos grupos eram predominantemente mulheres com faixa etária entre 60 e 70 anos e os aposentados representavam uma parcela de 37,8% do total. A maioria não tinha o ensino médio completo e suas principais ocupações eram na área de serviços e que demandavam menos qualificação. A maioria dos usuários (51%) participava do grupo por um período de tempo entre 1 e 3 anos ou mais, denotando um perfil de grupo aberto e de uso para encontros e socialização. Os principais motivos de participação no grupo foram: necessidade de tratar doenças crônicas; atender à orientação médica; receber apoio e encorajamento para mudança por meio do compartilhamento de experiências; por ser bem tratado e acolhido e encontrar no grupo um espaço de escuta. As expectativas foram, em menor número, adquirir conhecimento, aprender coisas novas e receber orientações para o manejo da condição de saúde e em maior número, para obter a melhora da saúde e qualidade de vida e prevenir complicações. O tempo médio de formação dos coordenadores dos grupos foi de 13,7 anos e a média de tempo de trabalho em equipes de NASF foi de 5,5 anos. As principais linhas de cuidado identificadas nos grupos pesquisados foram: 1.promoção de saúde; 2.alimentação e nutrição; 3.reabilitação física; e 4.saúde mental. Os objetivos destes grupos eram: 1.promover qualidade de vida, promover saúde, controlar e prevenir doenças crônicas, estimular e promover mudança de estilo de vida, estimular a prática de atividade física; 2.promover reeducação alimentar; 3.reduzir a dor crônica e melhorar função para atividades de vida diária; 4.ofertar cuidado em saúde mental, estimular atividade cognitiva, fomentar participação social e em atividades ocupacionais, promover socialização, ampliar rede de apoio, ofertar espaço de aprendizado e convivência, orientar sobre direitos e cidadania. Não havia consenso em relação às formas de avaliação no que se refere ao tipo de instrumento, aplicabilidade, periodicidade e análise dos dados. A visão de saúde em que os profissionais baseiam o grupo transita entre o conceito ampliado de saúde e o da saúde como norma e parcialmente no modelo conceitual dos determinantes sociais da saúde. As vertentes educativas dos grupos se aproximam dos conceitos de educação em saúde e educação e saúde. As principais dificuldades apontadas pelos profissionais para a realização da avaliação de resultados de grupos foram relativas à forma de organização dos processos de trabalho, à habilidade profissional para o manejo em avaliações de grupos, a questões referentes às características dos participantes, e, por fim, a falta de um instrumento que abarque a avaliação de todos os objetivos, contemple as necessidades do grupo e se adeque às questões anteriores, permitindo seu uso e análise posterior dos dados de forma sistematizada. Foi elaborado um instrumento global para avaliar o resultado de todos os grupos nas quatro linhas de cuidado a partir das reflexões e considerações emergentes do processo das oficinas, de modo a responder as necessidades dos profissionais. Os indicadores foram propostos a partir da visão de saúde e educação em que os profissionais embasavam os grupos e levando em conta as expectativas dos participantes. Conclusões: O instrumento propõe a facilitação do processo avaliativo dos grupos nas principais linhas de cuidado dos profissionais do NASF. Contempla os objetivos dos grupos e as expectativas dos usuários. Não esgota o problema, mas configura-se em um ponto de partida para trazer novas respostas e possibilidades para a avaliação de grupos, permitindo a sua revisão e aperfeiçoamento constante.
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Objetivos: caracterizar os usuários participantes e os profissionais que coordenam estes grupos; identificar os motivos dos usuários para estarem no grupo e suas expectativas; identificar o perfil e características dos grupos e suas formas de avaliação e/ou instrumentos atualmente aplicados e refletir com os profissionais sobre em que visão de saúde e educação os grupos se apoiam; levantar junto às equipes as dificuldades e possibilidades para a realização de avaliações de resultados dos grupos em seu cotidiano; propor e elaborar um instrumento de avaliação de resultados dos grupos a partir das reflexões emergentes do processo da pesquisa e condizente com a realidade e processos de trabalho das equipes de NASF. Metodologia: trata-se de uma pesquisa-ação, realizada em Unidades Básicas de Saúde (UBS) com Estratégia de Saúde da Família (ESF), no Município de São Paulo. Os sujeitos da pesquisa foram os participantes dos grupos e os profissionais que coordenam os grupos. Para tratamento dos dados foi utilizada a análise temática de conteúdo. Resultados: Os usuários dos grupos eram predominantemente mulheres com faixa etária entre 60 e 70 anos e os aposentados representavam uma parcela de 37,8% do total. A maioria não tinha o ensino médio completo e suas principais ocupações eram na área de serviços e que demandavam menos qualificação. A maioria dos usuários (51%) participava do grupo por um período de tempo entre 1 e 3 anos ou mais, denotando um perfil de grupo aberto e de uso para encontros e socialização. Os principais motivos de participação no grupo foram: necessidade de tratar doenças crônicas; atender à orientação médica; receber apoio e encorajamento para mudança por meio do compartilhamento de experiências; por ser bem tratado e acolhido e encontrar no grupo um espaço de escuta. As expectativas foram, em menor número, adquirir conhecimento, aprender coisas novas e receber orientações para o manejo da condição de saúde e em maior número, para obter a melhora da saúde e qualidade de vida e prevenir complicações. O tempo médio de formação dos coordenadores dos grupos foi de 13,7 anos e a média de tempo de trabalho em equipes de NASF foi de 5,5 anos. As principais linhas de cuidado identificadas nos grupos pesquisados foram: 1.promoção de saúde; 2.alimentação e nutrição; 3.reabilitação física; e 4.saúde mental. Os objetivos destes grupos eram: 1.promover qualidade de vida, promover saúde, controlar e prevenir doenças crônicas, estimular e promover mudança de estilo de vida, estimular a prática de atividade física; 2.promover reeducação alimentar; 3.reduzir a dor crônica e melhorar função para atividades de vida diária; 4.ofertar cuidado em saúde mental, estimular atividade cognitiva, fomentar participação social e em atividades ocupacionais, promover socialização, ampliar rede de apoio, ofertar espaço de aprendizado e convivência, orientar sobre direitos e cidadania. Não havia consenso em relação às formas de avaliação no que se refere ao tipo de instrumento, aplicabilidade, periodicidade e análise dos dados. A visão de saúde em que os profissionais baseiam o grupo transita entre o conceito ampliado de saúde e o da saúde como norma e parcialmente no modelo conceitual dos determinantes sociais da saúde. As vertentes educativas dos grupos se aproximam dos conceitos de educação em saúde e educação e saúde. As principais dificuldades apontadas pelos profissionais para a realização da avaliação de resultados de grupos foram relativas à forma de organização dos processos de trabalho, à habilidade profissional para o manejo em avaliações de grupos, a questões referentes às características dos participantes, e, por fim, a falta de um instrumento que abarque a avaliação de todos os objetivos, contemple as necessidades do grupo e se adeque às questões anteriores, permitindo seu uso e análise posterior dos dados de forma sistematizada. Foi elaborado um instrumento global para avaliar o resultado de todos os grupos nas quatro linhas de cuidado a partir das reflexões e considerações emergentes do processo das oficinas, de modo a responder as necessidades dos profissionais. Os indicadores foram propostos a partir da visão de saúde e educação em que os profissionais embasavam os grupos e levando em conta as expectativas dos participantes. Conclusões: O instrumento propõe a facilitação do processo avaliativo dos grupos nas principais linhas de cuidado dos profissionais do NASF. Contempla os objetivos dos grupos e as expectativas dos usuários. Não esgota o problema, mas configura-se em um ponto de partida para trazer novas respostas e possibilidades para a avaliação de grupos, permitindo a sua revisão e aperfeiçoamento constante.The object of this study are the groups conducted by the teams of the Family Health Support Center (Núcleo de Apoio a Saúde da Família - NASF) in Primary Health Care (PHC) and the evaluation of its results as a care technology and priority assistance mode of these teams offered to users with chronic health conditions. The systematization of the evaluation process to verify whether the objectives of the groups are being reached could assist in the validation of the group as a technology of effective care and be able to offer answers to the health needs of these users. Objectives: characterize the participating users and the professionals who coordinate these groups; identify users\' reasons for being in the group and their expectations; identify the profile and characteristics of the groups and their evaluation forms and/or instruments currently applied and reflect with the professionals about what idea of health and education the groups support; list, with help from the teams, the difficulties and possibilities for carrying out group results in their everyday reality; propose and develop an instrument to assess results of the groups from the reflections that emerge from the research process and consistent with the reality and work processes of the teams of NASF. Methodology: this is an action research, carried out in Basic Health Units - BHU (Unidades Básicas de Saúde - UBS) with the Family Health Strategy (FHS) in the Municipality of Sao Paulo. The research subjects were the participants of the groups and the professionals who coordinate the groups. Thematic content analysis was used for processing the data. Results: Users group were predominantly women, aged between 60 and 70 years-old and the retirees accounted for 37.8% of the total. The majority had not graduated from high school and their main occupations were in service areas and that required less qualification. The majority of users (51%) were in the group for a period of time between 1 and 3 years or more, denoting an open group profile and its use for meetings and socialization. The main reasons of participation in the group were: need to treat chronic diseases; to fill the medical advice; to receive support and encouragement to change through sharing of experiences; to be well treated and welcomed, and to find in the group a space for being heard. The expectations have been, in lesser number, to acquire knowledge, to learn new things and receive guidance for the management of health conditions, and in higher numbers, to improve health and quality of life and prevent complications. The average training time of the coordinators of the groups was 13.7 years and the average time working in NASF teams was 5.5 years. The main identified lines of care in the surveyed groups were: 1.health promotion; 2.food and nutrition; 3.physical rehabilitation; and 4.mental health. The objectives of these groups were: 1.to promote quality of life, to promote health, to control and prevent chronic diseases, to stimulate and promote lifestyle change, to encourage the practice of physical activity; 2. to promote nutritional education; 3.reduce chronic pain and improve function for every-day activities; 4.to offer mental health care, to stimulate cognitive activity, to promote social participation and in occupational activities, promoting socialization, expanding support network, to offer space for learning and living together, offer guidance about rights and citizenship. There was no consensus as to the forms of assessment regarding type of instrument, applicability, periodicity and data analysis. The health vision in which the professionals base the group transits between the \"extended concept of health and \"health as a norm, and partially on \"conceptual model of the social determinants of health. The educational aspects of the groups approach the concepts of \"health education and \"education and health. The main difficulties pointed out by the professionals to analyze the group\'s results were related to the structure of organization of the work processes, to the professional skill in managing group evaluations, to issues relating to the characteristics of the participants, and, finally, the lack of an instrument that encompasses the evaluation of all objectives, contemplating the needs of the group and adapting to earlier questions, allowing for its use and further data analysis in a systematic way. A global instrument was designed to assess the results of all groups in the four lines of care from the reflections and considerations that emerged from the workshops processes, in order to meet the needs of professionals. The indicators were considered from the understanding of health and education that the professionals had on the groups and taking into account the expectations of the participants. Conclusions: The instrument proposes the facilitation of the evaluation process of the groups in the main lines of care of NASF professionals. Covers the groups objectives and the expectations of the users. It does not extinguish the problem, but sets a starting point to bring new answers and possibilities for the group assessment, allowing its revision and improvement.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPChiesa, Anna MariaSousa, Karina Prestupa de2018-06-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7144/tde-08052019-160803/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-06-07T17:57:06Zoai:teses.usp.br:tde-08052019-160803Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-06-07T17:57:06Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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Objetivos: caracterizar os usuários participantes e os profissionais que coordenam estes grupos; identificar os motivos dos usuários para estarem no grupo e suas expectativas; identificar o perfil e características dos grupos e suas formas de avaliação e/ou instrumentos atualmente aplicados e refletir com os profissionais sobre em que visão de saúde e educação os grupos se apoiam; levantar junto às equipes as dificuldades e possibilidades para a realização de avaliações de resultados dos grupos em seu cotidiano; propor e elaborar um instrumento de avaliação de resultados dos grupos a partir das reflexões emergentes do processo da pesquisa e condizente com a realidade e processos de trabalho das equipes de NASF. Metodologia: trata-se de uma pesquisa-ação, realizada em Unidades Básicas de Saúde (UBS) com Estratégia de Saúde da Família (ESF), no Município de São Paulo. Os sujeitos da pesquisa foram os participantes dos grupos e os profissionais que coordenam os grupos. Para tratamento dos dados foi utilizada a análise temática de conteúdo. Resultados: Os usuários dos grupos eram predominantemente mulheres com faixa etária entre 60 e 70 anos e os aposentados representavam uma parcela de 37,8% do total. A maioria não tinha o ensino médio completo e suas principais ocupações eram na área de serviços e que demandavam menos qualificação. A maioria dos usuários (51%) participava do grupo por um período de tempo entre 1 e 3 anos ou mais, denotando um perfil de grupo aberto e de uso para encontros e socialização. Os principais motivos de participação no grupo foram: necessidade de tratar doenças crônicas; atender à orientação médica; receber apoio e encorajamento para mudança por meio do compartilhamento de experiências; por ser bem tratado e acolhido e encontrar no grupo um espaço de escuta. As expectativas foram, em menor número, adquirir conhecimento, aprender coisas novas e receber orientações para o manejo da condição de saúde e em maior número, para obter a melhora da saúde e qualidade de vida e prevenir complicações. O tempo médio de formação dos coordenadores dos grupos foi de 13,7 anos e a média de tempo de trabalho em equipes de NASF foi de 5,5 anos. As principais linhas de cuidado identificadas nos grupos pesquisados foram: 1.promoção de saúde; 2.alimentação e nutrição; 3.reabilitação física; e 4.saúde mental. Os objetivos destes grupos eram: 1.promover qualidade de vida, promover saúde, controlar e prevenir doenças crônicas, estimular e promover mudança de estilo de vida, estimular a prática de atividade física; 2.promover reeducação alimentar; 3.reduzir a dor crônica e melhorar função para atividades de vida diária; 4.ofertar cuidado em saúde mental, estimular atividade cognitiva, fomentar participação social e em atividades ocupacionais, promover socialização, ampliar rede de apoio, ofertar espaço de aprendizado e convivência, orientar sobre direitos e cidadania. Não havia consenso em relação às formas de avaliação no que se refere ao tipo de instrumento, aplicabilidade, periodicidade e análise dos dados. A visão de saúde em que os profissionais baseiam o grupo transita entre o conceito ampliado de saúde e o da saúde como norma e parcialmente no modelo conceitual dos determinantes sociais da saúde. As vertentes educativas dos grupos se aproximam dos conceitos de educação em saúde e educação e saúde. As principais dificuldades apontadas pelos profissionais para a realização da avaliação de resultados de grupos foram relativas à forma de organização dos processos de trabalho, à habilidade profissional para o manejo em avaliações de grupos, a questões referentes às características dos participantes, e, por fim, a falta de um instrumento que abarque a avaliação de todos os objetivos, contemple as necessidades do grupo e se adeque às questões anteriores, permitindo seu uso e análise posterior dos dados de forma sistematizada. Foi elaborado um instrumento global para avaliar o resultado de todos os grupos nas quatro linhas de cuidado a partir das reflexões e considerações emergentes do processo das oficinas, de modo a responder as necessidades dos profissionais. Os indicadores foram propostos a partir da visão de saúde e educação em que os profissionais embasavam os grupos e levando em conta as expectativas dos participantes. Conclusões: O instrumento propõe a facilitação do processo avaliativo dos grupos nas principais linhas de cuidado dos profissionais do NASF. Contempla os objetivos dos grupos e as expectativas dos usuários. Não esgota o problema, mas configura-se em um ponto de partida para trazer novas respostas e possibilidades para a avaliação de grupos, permitindo a sua revisão e aperfeiçoamento constante.
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