Overdentures mandibulares retidas por mini-implantes: acompanhamento de 2 anos de um ensaio clínico randomizado
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-01092017-084544/ |
Resumo: | O tratamento com mini-implantes tem sido utilizado para retenção de overdentures por possuir menor custo, menor desconforto pós-operatório e proporcionar adequada reabilitação da estética, função e fonação. Este ensaio clínico randomizado, com acompanhamento de 2 anos, foi realizado com o intuito de comparar a qualidade de vida associada à saúde bucal (QVSB), satisfação do paciente, bem como as taxas de sucesso de implantes e overdentures, retidas por implantes ou mini-implantes. Na fase inicial, a amostra foi composta de 120 indivíduos edêntulos que foram alocados aleatoriamente em três grupos de acordo com o tratamento recebido: (GI) quatro mini-implantes, (GII) dois mini-implantes, ou (GIII) dois implantes regulares. Durante o acompanhamento de 1 e 2 anos, a amostra foi reduzida para 106 e 96 participantes, respectivamente. A QVSB, mensurada pelo questionário OHIP-EDENT, e a satisfação (aferida por questões específicas respondidas em EVA 100mm) foram avaliadas antes da intervenção e após o período de acompanhamento. Outra variável utilizada para verificar a efetividade do tratamento foi a taxa de sucesso de implantes e overdentures, que foi obtida por meio de parâmetros clínicos e sobrevivência dos implantes. Os grupos foram comparados por meio de Equações de Estimação Generalizadas (EEG) (α=0,05), e teste post hoc de Bonferroni. Após análise da diferença entre as médias dos escores obtidos para QVSB e satisfação, verificou-se diferença significante, entre grupos tratados e tempo, apenas para a segunda variável. Assim, a modalidade de tratamento não interferiu na qualidade de vida dos participantes após 1 e 2 anos. Para este período, a satisfação foi maior para o grupo I (GI: 1ano - Δ61 mm, 2 anos - Δ55 mm), embora o grupo II (GII: 1 ano - Δ52 mm, 2 anos - Δ 45 mm) apresentasse valores intermediários e o grupo 3 (GIII: 1 ano 32 mm, 2 anos - 31 mm), valores aceitáveis dentro do tratamento. A taxa de sobrevivência dos implantes foi maior para o grupo de implantes regulares: GI (n=152): 88,8%; GII (n=84): 82,1% e GIII (n=80): 97,5%. Para os critérios de sucesso, os únicos parâmetros a apresentarem diferenças entre os grupos foram dor (maior frequência, GIII) e sangramento à sondagem (maior frequência, GI), apenas no 2º ano. Índice de placa, sangramento e profundidade de sondagem aumentaram com o tempo, sendo que GI e GII atingiram menor média. Conclui-se que o tratamento com overdenture, independente do tipo de implantes, teve impacto positivo na QVSB, enquanto a satisfação foi maior no grupo de quatro mini-implantes. Além disso, overdentures retidas por mini-implantes ou implantes regulares atingiram sucesso clínico em 2 anos. |
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Overdentures mandibulares retidas por mini-implantes: acompanhamento de 2 anos de um ensaio clínico randomizadoMini-implant-retained mandibular overdentures: 2-year follow-up a randomized trialMandibular overdentures; Mini implant; Quality of life; SatisfactionMini-implante dentário; Overdentures mandibulares; Qualidade de vida; SatisfaçãoO tratamento com mini-implantes tem sido utilizado para retenção de overdentures por possuir menor custo, menor desconforto pós-operatório e proporcionar adequada reabilitação da estética, função e fonação. Este ensaio clínico randomizado, com acompanhamento de 2 anos, foi realizado com o intuito de comparar a qualidade de vida associada à saúde bucal (QVSB), satisfação do paciente, bem como as taxas de sucesso de implantes e overdentures, retidas por implantes ou mini-implantes. Na fase inicial, a amostra foi composta de 120 indivíduos edêntulos que foram alocados aleatoriamente em três grupos de acordo com o tratamento recebido: (GI) quatro mini-implantes, (GII) dois mini-implantes, ou (GIII) dois implantes regulares. Durante o acompanhamento de 1 e 2 anos, a amostra foi reduzida para 106 e 96 participantes, respectivamente. A QVSB, mensurada pelo questionário OHIP-EDENT, e a satisfação (aferida por questões específicas respondidas em EVA 100mm) foram avaliadas antes da intervenção e após o período de acompanhamento. Outra variável utilizada para verificar a efetividade do tratamento foi a taxa de sucesso de implantes e overdentures, que foi obtida por meio de parâmetros clínicos e sobrevivência dos implantes. Os grupos foram comparados por meio de Equações de Estimação Generalizadas (EEG) (α=0,05), e teste post hoc de Bonferroni. Após análise da diferença entre as médias dos escores obtidos para QVSB e satisfação, verificou-se diferença significante, entre grupos tratados e tempo, apenas para a segunda variável. Assim, a modalidade de tratamento não interferiu na qualidade de vida dos participantes após 1 e 2 anos. Para este período, a satisfação foi maior para o grupo I (GI: 1ano - Δ61 mm, 2 anos - Δ55 mm), embora o grupo II (GII: 1 ano - Δ52 mm, 2 anos - Δ 45 mm) apresentasse valores intermediários e o grupo 3 (GIII: 1 ano 32 mm, 2 anos - 31 mm), valores aceitáveis dentro do tratamento. A taxa de sobrevivência dos implantes foi maior para o grupo de implantes regulares: GI (n=152): 88,8%; GII (n=84): 82,1% e GIII (n=80): 97,5%. Para os critérios de sucesso, os únicos parâmetros a apresentarem diferenças entre os grupos foram dor (maior frequência, GIII) e sangramento à sondagem (maior frequência, GI), apenas no 2º ano. Índice de placa, sangramento e profundidade de sondagem aumentaram com o tempo, sendo que GI e GII atingiram menor média. Conclui-se que o tratamento com overdenture, independente do tipo de implantes, teve impacto positivo na QVSB, enquanto a satisfação foi maior no grupo de quatro mini-implantes. Além disso, overdentures retidas por mini-implantes ou implantes regulares atingiram sucesso clínico em 2 anos.Mandibular overdentures retained by mini implants have provide a good retention and lower cost, postoperative discomfort in rehabilitation of aesthetics, function and phonation. This study aimed to follow up a 2-year randomized clinical trial to compare the quality of life associated with oral health (QVSB), patient satisfaction, as well as the success rates of implants and overdentures after the installation Of mini-implants (two or four) or two conventional implants. In the initial phase, the sample consisted of 120 edentulous individuals were randomly allocated into three groups according to the treatment received: (GI) four mini-implants, (GII) two mini-implants, or (GIII) two regular implants. During follow-up of 1 and 2 years the sample was reduced to 106 and 96 participants, respectively. The QVSB, measured by the OHIP-EDENT questionnaire, and satisfaction (measured by specific questions answered in EVA 100mm) were evaluated before the intervention and after the follow-up period. Another variable used to verify the effectiveness of the treatment was the success rate of implants and overdentures, which was obtained through clinical parameters and implant survival. The groups were compared using Generalized Estimation Equations (EEG) (α= 0.05), and post hoc Bonferroni test. After analyzing the difference between the means of the scores obtained for QVSB and satisfaction, a significant difference was observed between treated groups and time, only for the second variable. Thus, the treatment modality did not interfere in the participants\' quality of life after 1 and 2 years. For this period, the satisfaction was highest for the groups of four mini-implants (GI: 1 year - Δ61 mm, 2 years - Δ 55 mm), although the two mini-implants (GII: 1 year - Δ52 mm, 2 years - Δ 45 mm) presented intermediate values and the groups of regular implants (GIII: 1 year - 32 mm, 2 years - 31 mm) had acceptable values within the treatment. The survival rate of the implants was higher for the group of conventional implants: GI (n = 152): 88.8%; GII (n = 84): 82.1% and GIII (n = 80): 97.5%. For the success criteria, the only parameters to present differences between the groups in the second year were pain and bleeding. The first occurred more frequently in the GIII while the second occurred in the GI. Peri-implant parameters (IP, SS, PS) increased with time and groups of mini-implants reached lower mean. It was concluded that overdenture treatment, regardless of the type of implant, has a positive impact on QVSB, while satisfaction was higher in the group of four mini-implants. In addition, overdentures retained by mini-implants or regular implants have achieved clinical success in 2 years.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSilva, Cláudia Helena Lovato daSouza, Raphael Freitas deCrizóstomo, Luciana Costa2017-07-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-01092017-084544/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-10-03T01:45:28Zoai:teses.usp.br:tde-01092017-084544Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-10-03T01:45:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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