Avaliação da resistência de união do sistema de pino de fibra de vidro ajustável em conduto radicular oval tratado endodonticamente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Guilherme Nilson Alves dos
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-02122022-143424/
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a resistência de união (RU) à dentina do sistema de pino de fibra de vidro ajustável em canal radicular oval tratado endodonticamente em comparação aos pinos de fibra de vidro convencionais. Raízes de caninos superiores foram escaneadas por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico para seleção de 20 dentes com canais radiculares ovais. Foi realizado o preparo biomecânico com instrumento Reciproc R50 e obturação pela técnica de condensação lateral com cimento AH Plus e guta-percha. As raízes foram distribuídas em dois grupos (n=10) de acordo com o protocolo restaurador: com pinos de fibra de vidro pré-fabricados convencionais (PFV) (Exacto, Angelus, Londrina, Brasil) e com sistema de pino de fibra de vidro ajustável ao conduto radicular (SAP) (Exacto, Angelus, Londrina, Brasil). Os pinos foram cimentados com cimento RelyX U200 de acordo com as recomendações do fabricante. Após a cimentação as raízes foram armazenadas por sete dias e então seccionadas transversalmente em slices de 1 mm de espessura, obtendo-se três slices de cada terço da raiz restaurada com o pino de fibra de vidro. Os dois primeiros slices de cada terço foram avaliados por meio do teste de push-out, com velocidade de 0,5 mm/min, e posterior análise do padrão de falha, totalizando seis slices por raiz. Assim, 20 slices de cada terço foram submetidos ao teste de push-out, sendo 10 slices selecionados aleatoriamente para avaliação inicial e 10 avaliados após 6 meses. Os slices mais apicais de cada terço foram submetidos à análise da interface adesiva em microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os dados de RU foram comparados entre grupos utilizando o teste de análise de variância com pós-teste de Tukey, os resultados do padrão de falha foram expressos em porcentagem e comparados entre grupos por meio do teste de Friedman e os dados da adaptação do material na interface adesiva foram avaliados por meio de regressão linear. Os resultados evidenciaram maior RU no momento inicial para o SAP (10,39 ± 3,53) comparado ao PFV (6,33 ± 2,08) (p<0,01). Após 6 meses, houve redução estatisticamente significativa da RU para ambos os grupos avaliados (p<0,001), no entanto, sem diferença estatisticamente significativa entre os mesmos (p>0,05). Em relação ao tipo de falha, observou-se maior percentual de falhas adesivas e coesivas à dentina após a cimentação dos pinos, e maior percentual de falhas adesivas à dentina após 6 meses, para ambos os grupos. A análise da interface adesiva por MEV mostrou que no momento da cimentação observou-se predomínio de justaposição entre o cimento resinoso e a dentina radicular tanto para o SAP quanto para o PFV. Após 6 meses, observou-se áreas de desadaptação com gaps menores que 1 µm para o grupo SAP, enquanto que no grupo PFV os gaps e lacunas foram maiores que 10 µm (p=0,000). Concluiu-se que o sistema de pino fibra de vidro ajustável ao conduto radicular apresentou maior resistência de união e adaptação à dentina radicular que o pino de fibra de vidro convencional.
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As raízes foram distribuídas em dois grupos (n=10) de acordo com o protocolo restaurador: com pinos de fibra de vidro pré-fabricados convencionais (PFV) (Exacto, Angelus, Londrina, Brasil) e com sistema de pino de fibra de vidro ajustável ao conduto radicular (SAP) (Exacto, Angelus, Londrina, Brasil). Os pinos foram cimentados com cimento RelyX U200 de acordo com as recomendações do fabricante. Após a cimentação as raízes foram armazenadas por sete dias e então seccionadas transversalmente em slices de 1 mm de espessura, obtendo-se três slices de cada terço da raiz restaurada com o pino de fibra de vidro. Os dois primeiros slices de cada terço foram avaliados por meio do teste de push-out, com velocidade de 0,5 mm/min, e posterior análise do padrão de falha, totalizando seis slices por raiz. Assim, 20 slices de cada terço foram submetidos ao teste de push-out, sendo 10 slices selecionados aleatoriamente para avaliação inicial e 10 avaliados após 6 meses. Os slices mais apicais de cada terço foram submetidos à análise da interface adesiva em microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os dados de RU foram comparados entre grupos utilizando o teste de análise de variância com pós-teste de Tukey, os resultados do padrão de falha foram expressos em porcentagem e comparados entre grupos por meio do teste de Friedman e os dados da adaptação do material na interface adesiva foram avaliados por meio de regressão linear. Os resultados evidenciaram maior RU no momento inicial para o SAP (10,39 ± 3,53) comparado ao PFV (6,33 ± 2,08) (p<0,01). Após 6 meses, houve redução estatisticamente significativa da RU para ambos os grupos avaliados (p<0,001), no entanto, sem diferença estatisticamente significativa entre os mesmos (p>0,05). Em relação ao tipo de falha, observou-se maior percentual de falhas adesivas e coesivas à dentina após a cimentação dos pinos, e maior percentual de falhas adesivas à dentina após 6 meses, para ambos os grupos. A análise da interface adesiva por MEV mostrou que no momento da cimentação observou-se predomínio de justaposição entre o cimento resinoso e a dentina radicular tanto para o SAP quanto para o PFV. Após 6 meses, observou-se áreas de desadaptação com gaps menores que 1 µm para o grupo SAP, enquanto que no grupo PFV os gaps e lacunas foram maiores que 10 µm (p=0,000). Concluiu-se que o sistema de pino fibra de vidro ajustável ao conduto radicular apresentou maior resistência de união e adaptação à dentina radicular que o pino de fibra de vidro convencional.The aim of the present study was to evaluate the bond strength (BS) to dentin of the adjustable fiberglass post system in an endodontically treated oval root canal compared to conventional fiberglass posts. Upper canine roots were scanned using cone beam computed tomography to select 20 teeth with oval root canals. Biomechanical preparation was performed with a Reciproc R50 instrument and obturation using the lateral condensation technique with AH Plus cement and gutta-percha. The roots were divided into two groups (n=10) according to the restorative protocol: with conventional prefabricated fiberglass posts (PFP) (Exacto, Angelus, Londrina, Brazil) and with Single Adjustable Post System (SAP) (Exacto, Angelus, Londrina, Brazil). The posts were cemented with RelyX U200 cement according to the manufacturer\'s recommendations. After cementation, the roots were stored for seven days and then transversally sectioned into 1 mm thick slices, obtaining three slices of each third of the root restored with the fiberglass post. The first two slices of each third were evaluated using the push-out test, with a speed of 0.5 mm/min, and subsequent analysis of the failure pattern, totaling six slices per root; and the most apical slices of each third were submitted to analysis of the adhesive interface in scanning electron microscopy (SEM). Thus, 20 slices of each third were submitted to the push-out test, with 10 slices randomly selected for immediate evaluation and 10 evaluated after 6 months. The BS data were compared between groups using the analysis of variance test with Tukey\'s post-test, the failure pattern results were expressed in percentage and compared between groups using the Friedman test and the material adaptation data in the adhesive interface were evaluated using linear regression. The results showed higher BS at the initial moment for SAP (10.39 ± 3.53) compared to PFP (6.33 ± 2.08) (p<0.01). After 6 months, there was a statistically significant reduction in BS for both groups evaluated (p<0.001), however, with no statistically significant difference between them (p>0.05). Regarding the type of failure, there was a higher percentage of adhesive and cohesive failures to dentin after post cementation, and a higher percentage of adhesive failures to dentin after 6 months, for both groups. The analysis of the adhesive interface by SEM showed that at the time of cementation there was a predominance of juxtaposition between resin cement and root dentin for both SAP and PFP. After 6 months, it was possible to notice areas of maladaptation with gaps smaller than 1 µm for the SAP group, while in the PFP group it was possible to observe gaps and gaps larger than 10 µm (p=0.000). The fiberglass post system presents greater bond strength and adaptation to root dentin to the root canal than the conventional fiberglass post.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSousa Neto, Manoel Damião deSantos, Guilherme Nilson Alves dos2022-03-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-02122022-143424/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-12-08T12:37:54Zoai:teses.usp.br:tde-02122022-143424Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-12-08T12:37:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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