Variabilidade genética e endogamia em quatro populações de milho (Zea mays L.)

• Autor(a) principal: Packer, Dirceu
• Data de Publicação: 1998
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20210104-163708/
• topic: ENDOGAMIA; MILHO; POPULAÇOES VEGETAIS; VARIAÇÃO GENÉTICA EM PLANTAS

As populações de milho IAC TAIÚBA ÓLEO (+), EMGOPA 504 (E 504), EMGOPA 505 (E 505) e EG0-19 Cl foram avaliadas com o objetivo de aprimorar o conhecimento da estrutura genética de cada uma delas ao nível intrapopulacional e ao mesmo tempo iniciar um programa de seleção para alto teor de óleo nos grãos. Para isso, foram obtidas diversas progênies S1 e de irmãos germanos nas populações, além do cruzamento interpopulacional IAC T AIÚBA ÓLEO (+) x EG0-19 C1. A avaliação foi realizada utilizando-se o delineamento de blocos casualizados com três repetições, em Anhembi-SP, durante o ano agrícola de 1996/97, medindo-se os seguintes caracteres: peso de grãos, peso de espigas, número de espigas, diâmetro da espiga, comprimento da espiga, altura da planta, altura da espiga, número de ramificações do pendão e teor de óleo nos grãos. A caracteristica peso de espigas também foi avaliada em Rio Verde-GO, e a testemunha utilizada nos ensaios foi o hibrido triplo comercial G-85. A população E 504 apresentou maiores médias de produtividade (para médias de progênies de IG) em comparação à média da testemunha, com valores percentuais de 94,6% para peso de grãos e de 102,7 e 96,5% para peso de espigas, nos experimentos em Anhembi-SP e Rio Verde-GO, respectivamente. Para outros caracteres, as populações com médias mais expressivas superaram o valor da média da testemunha, com exceção ao caráter diâmetro da espiga; o maior teor de óleo nos grãos foi verificado na população EG0-19 Cl (7,6%), Apesar da excelente quantidade de óleo dessa população, sua produção foi considerada satisfatória, inferior apenas à população E 504. Com relação à depressão por endogamia, medida pela diferença entre as médias das progênies (ms1 - m IG), foram detectados os maiores valores dos caracteres, em porcentagem, nas populações: peso de grãos (EG0-19 Cl: 43,0%), peso de espigas em Anhembi-SP (EG0-19 CI: 40,4%), peso de espigas em Rio Verde-GO (E 504: 34, 7% ), número de espigas (EG0-19 C 1: 17, 9% ), diâmetro da espiga (EG0-19 C 1: 8,6 %), comprimento da espiga (EG0-19 Cl: 9,9%), altura da planta (EG0-19 CI: 16,6%), altura da espiga (EG0-19 CI: 20,4%), número de ramificações do pendão (IAC TAIÚBA ÓLEO (+): 16,9%). Portanto, a população EG0-19 Cl revelou ser a mais sensível em processos endogâmicos para quase todos os caracteres, ao passo que a variedade E 505 praticamente não apresentou depressão por endogamia. Ressaltou-se entretanto, que as estimativas de μ+ a (média da contribuição das linhas homozigóticas) e d ( contribuição dos heterozigotos) não são consistentes na comparação do potencial de extração de linhagens superiores nas populações. Para as estimativas de produção de σ2A (g/planta)2 , verificaram-se baixos valores em média, observando-se as seguintes amplitudes para peso de grãos: 35,0 (EG0-19 C1 IG) a 105,4 (E 504 IG) e peso de espigas em Anhembi-SP: 48,7 (EG0-19 C1 IG) a 162,4 (E 504 S1). Em termos das médias de progênies, pode-se concluir que, para o caráter produção, a população E 504 apresenta maior variabilidade disponível para programas de melhoramento, seguida pelas populações EG0-19 C1, E 505 e IAC TAIÚBA ÓLEO (+). Para os demais caracteres, onde considerou-se ausência de variância de dominância, observaram-se, com frequência, valores superiores da variância genética aditiva nas progênies S1 em relação às progênies de IG.