Bioecologia do ectoparasito Habrobracon hebetor (say, 1836) (Hymenoptera: Braconidae) em Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) (Lepidoptera: Pyralidae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Serra, Henrique Jose Porto
Data de Publicação: 1992
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20191218-141603/
Resumo: Foram realizados estudos relacionados à bioecologia de Habrobracon hebetor (Say, 1836), objetivando a obtenção de dados básicos que facilitem medidas de controle em criações de Anagasta kuehniella (Zeller, 1879), visando a produção de Trichogramma spp. Os estudos foram realizados no Laboratório de Biologia do Departamento de Entomologia da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP) (Piracicaba, SP). Os experimentos de biologia e parasitismo de H. hebetor foram conduzidos em câmaras climatizadas do tipo B.O.D., reguladas a temperaturas constantes, com umidade relativa de 60 ± 10% e fotofase de 14 horas. O ritmo de oviposição do inseto foi estudado em laboratório com temperatura de 25 ± 2°c, UR de 70 ± 20% e fotofase de 14 horas. Houve uma relação inversa entre a duração do desenvolvimento de H. hebetor e a elevação de temperatura, em todas as fases de seu ciclo. A temperatura de 32°C foi a mais adequada para criação do parasitóide, sendo que a viabilidade da fase larval foi reduzida a 18°C. O limite térmico inferior de desenvolvimento de H. hebetor foi de 13,9°C, com uma constante térmica de 150,8 graus dia. Verificou-se uma relação inversa entre a longevidade do adulto de H. hebetor e a temperatura, na faixa térmica de 18 a 32°C, para insetos em presença e ausência do hospedeiro. O parasitismo aumentou a longevidade do inseto. A temperatura afetou igualmente os sexos, pois a relação sexual foi constante nas 6 condições estudadas. A 25°C, a fêmea de H. hebetor colocou, em média, 231 ovos, sendo o ritmo de postura constante ao longo da vida do parasitóide. A paralisação do hospedeiro por H. hebetor deu-se principalmente em temperaturas superiores a 8°C, sendo que a oviposição somente ocorreu em temperaturas maiores que 14°C, indicando que a sala de criação de A. kuehniella seja mantida a 14°C para evitar a infestação pelo ectoparasito. A condição ótima para parasitismo foi 30°C, sendo que a faixa de temperatura favorável foi mais ampla para paralisação do que para parasitismo. A paralisação por H. hebetor foi semelhante nas lagartas de A. kuehniella de 4º e 5º instares, tendo sido o parasitismo significativamente maior naquelas de 5º instar. Não houve correlação entre a determinação teórica do número de indivíduos de H. hebetor que pode desenvolver-se em uma lagarta de A. kuehniella e a determinação real, resultante da ação do parasitóide.
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Os experimentos de biologia e parasitismo de H. hebetor foram conduzidos em câmaras climatizadas do tipo B.O.D., reguladas a temperaturas constantes, com umidade relativa de 60 ± 10% e fotofase de 14 horas. O ritmo de oviposição do inseto foi estudado em laboratório com temperatura de 25 ± 2°c, UR de 70 ± 20% e fotofase de 14 horas. Houve uma relação inversa entre a duração do desenvolvimento de H. hebetor e a elevação de temperatura, em todas as fases de seu ciclo. A temperatura de 32°C foi a mais adequada para criação do parasitóide, sendo que a viabilidade da fase larval foi reduzida a 18°C. O limite térmico inferior de desenvolvimento de H. hebetor foi de 13,9°C, com uma constante térmica de 150,8 graus dia. Verificou-se uma relação inversa entre a longevidade do adulto de H. hebetor e a temperatura, na faixa térmica de 18 a 32°C, para insetos em presença e ausência do hospedeiro. O parasitismo aumentou a longevidade do inseto. A temperatura afetou igualmente os sexos, pois a relação sexual foi constante nas 6 condições estudadas. A 25°C, a fêmea de H. hebetor colocou, em média, 231 ovos, sendo o ritmo de postura constante ao longo da vida do parasitóide. A paralisação do hospedeiro por H. hebetor deu-se principalmente em temperaturas superiores a 8°C, sendo que a oviposição somente ocorreu em temperaturas maiores que 14°C, indicando que a sala de criação de A. kuehniella seja mantida a 14°C para evitar a infestação pelo ectoparasito. A condição ótima para parasitismo foi 30°C, sendo que a faixa de temperatura favorável foi mais ampla para paralisação do que para parasitismo. A paralisação por H. hebetor foi semelhante nas lagartas de A. kuehniella de 4º e 5º instares, tendo sido o parasitismo significativamente maior naquelas de 5º instar. Não houve correlação entre a determinação teórica do número de indivíduos de H. hebetor que pode desenvolver-se em uma lagarta de A. kuehniella e a determinação real, resultante da ação do parasitóide.Studies on the bioecology of Habrobracon hebetor (Say, 1836) were carried out in order to provide basic data that would allow control actions in mass rearing of Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) for the production of Trichogramma spp. The studies were carried out in the Laboratory of Biology of the Department of Entomology, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz'' (ESALQ), Universidade de São Paulo (USP) (Piracicaba, SP, Brazil). The experiments on biology and parasitism of H. hebetor were conducted in incubators regulated at constant temperatures with relative humidity of 60 ± 10% and 14 hour photophase. The egg laying rhythm of the insect was studied in a laboratory with 25 ± 2°C temperature, 70 ± 20% RH and 14 hour photophase. An inverse relationship between duration of development of H. hebetor and temperature raise was obtained, for all stages of its life cycle. The most suitable temperature for rearing the parasitoid was 32°C; a reduction in the survival of the larval stage was observed at 18°C. The threshold of temperature of H. hebetor was 13.9°C and the thermal requirements were 150.8 degree-days. There was an inverse relationship between the duration of the adult H. hebetor and temperature within the 18 - 32°c range, both for insects in the presence or absence of the host. Parasitization increased the insect life-span. Temperature equally affected both sexes since the sex ratio remained constant in the 6 conditions studied. At 25°C the female H. hebetor layed an average of 231 eggs and the egg laying rhythm was constant along the parasitoid's life. Host paralysis by H. hebetor ocurred mainly in temperatures above 8°C and oviposition only ocurred in temperatures above 14°c, thus indicating that the rearing roam for A. kuehniella be maintained at 14°C to prevent infestation by the ectoparasite. The optimal condition for parasitism was observed at 30°C and the most adequate temperature range was wider for paralysis than for parasitism. A. kuehniella caterpillars in the 4th and 5th instars were similarly paralyzed by H. hebetor, parasitism being significantly higher for those in the 5th instar. There was no correlation between the theoretical determination of the number of H. hebetor individuals that can develop upon one A. kuehniella caterpillar, and the real determination, resulting from the action of the parasitoid.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPParra, José Roberto PostaliSerra, Henrique Jose Porto1992-02-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20191218-141603/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-12-19T21:58:02Zoai:teses.usp.br:tde-20191218-141603Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-12-19T21:58:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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