Mapas: entre narrativas pela dominação e dissertativas pela contestação
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-24022017-150348/ |
Resumo: | A emergência de práticas engajadas a utilizar os mapas como instrumento de contestação, como é o caso da metodologia de mapeamento participativo, aliada a efervescência teórica em torno de fazer a crítica aos mapas, sobretudo a partir de Brian Harley, constitui a cartografia crítica. Os mapas participativos surgem como proposta para fortalecer a defesa de comunidades tradicionais em contexto de conflito territorial. Assim, uma infinidade de experiências e técnicas é desenvolvida com a proposta de contrapor representações cartográficas hegemônicas. Enquanto isso, no plano teórico, os mapas tem o caráter de documento científico neutro questionado e são situados em meio a relações de poder. Historicamente, os mapas foram e ainda são utilizados em estratégias de dominação e existem diversas situações que justificam tal afirmação. Além disso, os mapas também são instrumentos de contestação e aparecem como contraponto às distintas estratégias hegemônicas de poder. Esta pesquisa teve como objetivo discutir o caráter político desta relação e fortalecer a produção de mapas que possam ser um contraponto ao status quo. Foi realizada revisão bibliográfica para fundamentar a crítica em torno dos mapas e referendar a organização e análise do momento empírico da pesquisa que consistiu em uma experiência formativa em cartografia crítica e mapeamento participativo, realizada junto a jovens estudantes de escola pública da periferia de São Paulo. Como resultado, 09 oficinas foram desenvolvidas, sistematizadas e avaliadas, sendo passíveis de replicação em outros espaços. Fomentar novos atores para a cena cartográfica é fazer oposição a discursos cartográficos dominantes e a escola é um espaço estratégico para tal promoção. |
id |
USP_0c4a2ed262495e5377b3a85a0a8265b4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:teses.usp.br:tde-24022017-150348 |
network_acronym_str |
USP |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository_id_str |
2721 |
spelling |
Mapas: entre narrativas pela dominação e dissertativas pela contestaçãoMaps: Between narratives for domination and essay towards contestationCartografia críticaCartografia crítica na escolaCritical cartographyCritical cartography at schoolGeography educationMapeamento participativoParticipatory mappingA emergência de práticas engajadas a utilizar os mapas como instrumento de contestação, como é o caso da metodologia de mapeamento participativo, aliada a efervescência teórica em torno de fazer a crítica aos mapas, sobretudo a partir de Brian Harley, constitui a cartografia crítica. Os mapas participativos surgem como proposta para fortalecer a defesa de comunidades tradicionais em contexto de conflito territorial. Assim, uma infinidade de experiências e técnicas é desenvolvida com a proposta de contrapor representações cartográficas hegemônicas. Enquanto isso, no plano teórico, os mapas tem o caráter de documento científico neutro questionado e são situados em meio a relações de poder. Historicamente, os mapas foram e ainda são utilizados em estratégias de dominação e existem diversas situações que justificam tal afirmação. Além disso, os mapas também são instrumentos de contestação e aparecem como contraponto às distintas estratégias hegemônicas de poder. Esta pesquisa teve como objetivo discutir o caráter político desta relação e fortalecer a produção de mapas que possam ser um contraponto ao status quo. Foi realizada revisão bibliográfica para fundamentar a crítica em torno dos mapas e referendar a organização e análise do momento empírico da pesquisa que consistiu em uma experiência formativa em cartografia crítica e mapeamento participativo, realizada junto a jovens estudantes de escola pública da periferia de São Paulo. Como resultado, 09 oficinas foram desenvolvidas, sistematizadas e avaliadas, sendo passíveis de replicação em outros espaços. Fomentar novos atores para a cena cartográfica é fazer oposição a discursos cartográficos dominantes e a escola é um espaço estratégico para tal promoção.The emergence of practices engaged to use maps as instruments of contestation, such as the participatory mapping methodology, combined with theoretical effervescence on criticizing maps, especially from Brian Harley, is critical cartography. Participatory maps come up as a proposal to strengthen the defense of traditional communities, in the context of territorial conflict. Thus, a multitude of experiences and techniques is developed with the purpose of counter hegemonic cartographic representations. Meanwhile, in the theoretical scenario, maps have its character of neutral scientific document questioned and situated in the midst of power relations. Historically, maps were and still are used in strategies of domination and there are several situations that justify such a claim. In addition, the maps are also contesting instruments and appear as a counterpoint to the different hegemonic strategies of power. This research aimed to discuss the political nature of this relationship, and to strengthen the production of maps that can be a counterpoint to the status quo. The scientific literature was reviewed to support the criticism around maps and to endorse the empirical research organization and analysis which consisted of a formative experience in critical and participatory mapping, carried out with young public school students from the outskirts of São Paulo. As a result, nine workshops were developed, systematized and evaluated, being capable of replication in other areas. To promote new players into the mapping scene is to confront and make opposition to the dominant cartographic discourse and the school is a strategic space for such actions.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAlmeida, Regina Araujo deFernandes, Wellington de Oliveira2016-11-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-24022017-150348/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:34:08Zoai:teses.usp.br:tde-24022017-150348Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:34:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Mapas: entre narrativas pela dominação e dissertativas pela contestação Maps: Between narratives for domination and essay towards contestation |
title |
Mapas: entre narrativas pela dominação e dissertativas pela contestação |
spellingShingle |
Mapas: entre narrativas pela dominação e dissertativas pela contestação Fernandes, Wellington de Oliveira Cartografia crítica Cartografia crítica na escola Critical cartography Critical cartography at school Geography education Mapeamento participativo Participatory mapping |
title_short |
Mapas: entre narrativas pela dominação e dissertativas pela contestação |
title_full |
Mapas: entre narrativas pela dominação e dissertativas pela contestação |
title_fullStr |
Mapas: entre narrativas pela dominação e dissertativas pela contestação |
title_full_unstemmed |
Mapas: entre narrativas pela dominação e dissertativas pela contestação |
title_sort |
Mapas: entre narrativas pela dominação e dissertativas pela contestação |
author |
Fernandes, Wellington de Oliveira |
author_facet |
Fernandes, Wellington de Oliveira |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Almeida, Regina Araujo de |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Fernandes, Wellington de Oliveira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cartografia crítica Cartografia crítica na escola Critical cartography Critical cartography at school Geography education Mapeamento participativo Participatory mapping |
topic |
Cartografia crítica Cartografia crítica na escola Critical cartography Critical cartography at school Geography education Mapeamento participativo Participatory mapping |
description |
A emergência de práticas engajadas a utilizar os mapas como instrumento de contestação, como é o caso da metodologia de mapeamento participativo, aliada a efervescência teórica em torno de fazer a crítica aos mapas, sobretudo a partir de Brian Harley, constitui a cartografia crítica. Os mapas participativos surgem como proposta para fortalecer a defesa de comunidades tradicionais em contexto de conflito territorial. Assim, uma infinidade de experiências e técnicas é desenvolvida com a proposta de contrapor representações cartográficas hegemônicas. Enquanto isso, no plano teórico, os mapas tem o caráter de documento científico neutro questionado e são situados em meio a relações de poder. Historicamente, os mapas foram e ainda são utilizados em estratégias de dominação e existem diversas situações que justificam tal afirmação. Além disso, os mapas também são instrumentos de contestação e aparecem como contraponto às distintas estratégias hegemônicas de poder. Esta pesquisa teve como objetivo discutir o caráter político desta relação e fortalecer a produção de mapas que possam ser um contraponto ao status quo. Foi realizada revisão bibliográfica para fundamentar a crítica em torno dos mapas e referendar a organização e análise do momento empírico da pesquisa que consistiu em uma experiência formativa em cartografia crítica e mapeamento participativo, realizada junto a jovens estudantes de escola pública da periferia de São Paulo. Como resultado, 09 oficinas foram desenvolvidas, sistematizadas e avaliadas, sendo passíveis de replicação em outros espaços. Fomentar novos atores para a cena cartográfica é fazer oposição a discursos cartográficos dominantes e a escola é um espaço estratégico para tal promoção. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-11-18 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-24022017-150348/ |
url |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-24022017-150348/ |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
|
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
|
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br |
_version_ |
1815257384104230912 |